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19/01/2004
-
20h07
da France Presse, em Nova York
O secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan, quer dispor de elementos suplementares antes de decidir sobre o envio de uma missão para tratar da organização de eleições no Iraque, como lhe foi pedido pela coalizão presente no país e o Conselho de Governo provisório iraquiano.
"Concordamos sobre o fato de que são necessárias discussões técnicas mais amplas", declarou Annan hoje, depois de manter uma reunião com os líderes iraquianos e o administrador civil americano no Iraque, Paul Bremer.
Organizada por Annan para esclarecer o papel da ONU (Organização das Nações Unidas) na perspectiva da transferência de poderes aos iraquianos, prevista para 30 de junho, a reunião permitiu que os Estados Unidos defendessem a volta da ONU ao Iraque, no dia seguinte a um sangrento atentado em Bagdá, o qual demonstrou a grande oposição que a ocupação americana ainda encontra no Iraque.
A ONU, que não aprovou essa intervenção americana, deixou o Iraque depois de sofrer dois atentados, em agosto e setembro passados. Estes ataques causaram 23 mortos, entre eles o representante especial da organização no Iraque, o brasileiro Sérgio Vieira de Mello.
O retorno da ONU ao país árabe se tornou questão urgente para a coalizão liderada pelos EUA que ocupa o país, a qual enfrenta a insatisfação xiita sobre as modalidades de transferência do poder e precisa do apoio das Nações Unidas para resolver a crise.
Eleições
O grande aiatolá Ali Sistani, o mais importante dignitário xiita do país, insiste que a Assembléia Nacional transitória, que deve ser estabelecida antes do dia 31 de maio, seja designada por eleições gerais. Milhares de xiitas protestaram neste sentido hoje em Bagdá.
O acordo assinado em 15 de novembro passado, que define as modalidades da transferência de soberania até o final de 2005, estipula, ao contrário, que os membros da Assembléia serão eleitos de forma indireta.
Considerando impossível a organização de eleições dentro do prazo previsto, os americanos pediram à ONU para enviar uma missão ao Iraque para tentar resolver o assunto, "explicando os motivos pelos quais seria impossível organizar uma eleição e discutir alternativas", declarou o presidente do Conselho de Governo provisório iraquiano, Adnan Pachachi.
Bremer declarou-se contente com a análise da questão feita por Annan, acrescentando que discussões técnicas mais amplas serão conduzidas a partir de agora.
A ONU não foi associada ao acordo do 15 de novembro, concluído entre a coalizão e o executivo iraquiano.
Papel da ONU
Os americanos terão ainda mais dificuldades para convencer a ONU, já preocupada com as questões de segurança, por causa do sangrento atentado que matou 24 pessoas ontem, em Bagdá.
"Reafirmamos nossa intenção de garantir todo o apoio possível à segurança dos funcionários da ONU", declarou Bremer.
De fato, todos os presentes na reunião evocaram um 'amplo consenso" sobre a importância do futuro papel da ONU no Iraque.
"Existe um amplo consenso sobre o fato de que a ONU deverá assumir um papel importante (...) Também participaremos na reconstrução, nas tarefas humanitárias e de promoção do respeito dos direitos humanos", afirmou Annan.
"O único objetivo da ONU é ajudar o povo iraquiano", disse o secretário geral.
Uma pesquisa realizada depois dos atentados de agosto e setembro passados mostrou que muitos iraquianos não confiavam nas Nações Unidas, em virtude do papel desempenhado pela organização para manter as sanções internacionais durante o governo de Saddam Hussein.
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O secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan, quer dispor de elementos suplementares antes de decidir sobre o envio de uma missão para tratar da organização de eleições no Iraque, como lhe foi pedido pela coalizão presente no país e o Conselho de Governo provisório iraquiano.
"Concordamos sobre o fato de que são necessárias discussões técnicas mais amplas", declarou Annan hoje, depois de manter uma reunião com os líderes iraquianos e o administrador civil americano no Iraque, Paul Bremer.
Organizada por Annan para esclarecer o papel da ONU (Organização das Nações Unidas) na perspectiva da transferência de poderes aos iraquianos, prevista para 30 de junho, a reunião permitiu que os Estados Unidos defendessem a volta da ONU ao Iraque, no dia seguinte a um sangrento atentado em Bagdá, o qual demonstrou a grande oposição que a ocupação americana ainda encontra no Iraque.
A ONU, que não aprovou essa intervenção americana, deixou o Iraque depois de sofrer dois atentados, em agosto e setembro passados. Estes ataques causaram 23 mortos, entre eles o representante especial da organização no Iraque, o brasileiro Sérgio Vieira de Mello.
O retorno da ONU ao país árabe se tornou questão urgente para a coalizão liderada pelos EUA que ocupa o país, a qual enfrenta a insatisfação xiita sobre as modalidades de transferência do poder e precisa do apoio das Nações Unidas para resolver a crise.
Eleições
O grande aiatolá Ali Sistani, o mais importante dignitário xiita do país, insiste que a Assembléia Nacional transitória, que deve ser estabelecida antes do dia 31 de maio, seja designada por eleições gerais. Milhares de xiitas protestaram neste sentido hoje em Bagdá.
O acordo assinado em 15 de novembro passado, que define as modalidades da transferência de soberania até o final de 2005, estipula, ao contrário, que os membros da Assembléia serão eleitos de forma indireta.
Considerando impossível a organização de eleições dentro do prazo previsto, os americanos pediram à ONU para enviar uma missão ao Iraque para tentar resolver o assunto, "explicando os motivos pelos quais seria impossível organizar uma eleição e discutir alternativas", declarou o presidente do Conselho de Governo provisório iraquiano, Adnan Pachachi.
Bremer declarou-se contente com a análise da questão feita por Annan, acrescentando que discussões técnicas mais amplas serão conduzidas a partir de agora.
A ONU não foi associada ao acordo do 15 de novembro, concluído entre a coalizão e o executivo iraquiano.
Papel da ONU
Os americanos terão ainda mais dificuldades para convencer a ONU, já preocupada com as questões de segurança, por causa do sangrento atentado que matou 24 pessoas ontem, em Bagdá.
"Reafirmamos nossa intenção de garantir todo o apoio possível à segurança dos funcionários da ONU", declarou Bremer.
De fato, todos os presentes na reunião evocaram um 'amplo consenso" sobre a importância do futuro papel da ONU no Iraque.
"Existe um amplo consenso sobre o fato de que a ONU deverá assumir um papel importante (...) Também participaremos na reconstrução, nas tarefas humanitárias e de promoção do respeito dos direitos humanos", afirmou Annan.
"O único objetivo da ONU é ajudar o povo iraquiano", disse o secretário geral.
Uma pesquisa realizada depois dos atentados de agosto e setembro passados mostrou que muitos iraquianos não confiavam nas Nações Unidas, em virtude do papel desempenhado pela organização para manter as sanções internacionais durante o governo de Saddam Hussein.
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