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23/08/2000
-
10h35
da Reuters
em Murmansk (Rússia)
As bandeiras foram baixadas a meio pau e programas de entretenimento foram suspensos hoje em toda a Rússia, em memória dos 118 marinheiros que morreram no submarino nuclear Kursk em acidente no dia 12 de agosto.
O presidente russo, Vladimir Putin, que declarou dia de luto, voltou a Moscou após enfrentar a insatisfação dos familiares dos tripulantes na base naval de Vidyayevo, de onde o Kursk saiu para sua última missão.
Criticado por sua postura relaxada frente ao desastre e por não ter conseguido fazer com que os militares russos agissem rapidamente na semana em que ainda havia esperanças de salvar alguns dos tripulantes do submarino, Putin esforçou-se algumas vezes para se fazer ouvir enquanto falava com os familiares.
"Quando os teremos de volta, vivos ou mortos? Responda como presidente", gritou uma mulher, referindo-se aos corpos dos marinheiros, em imagens da rede de TV "RTR".
"Eu responderei o quanto sei", disse Putin, vestindo preto e parecendo triste. O resto de suas declarações não puderam ser ouvidas devido ao barulho da multidão e à baixa qualidade do som.
Os meios de comunicação russos que tiveram autorização para ir a Vidyayevo afirmaram que a reunião de seis horas - um encontro inédito entre cidadãos comuns e o presidente - terminou bem depois da meia-noite.
Putin deveria viajar até a região onde o Kursk naufragou, no mar de Barents (norte da Rússia), no dia 12 de agosto. As causas do acidente ainda não explicadas. As equipes de resgate trabalham com as hipóteses de explosão ou colisão com outra embarcação. Em ambas, o Kursk teria sua proa (parte frontal do submarino) danificada, o que permitiu a entrada de água e o seu afundamento.
Os parentes dos marinheiros, porém, afirmaram que a cerimônia deveria ser adiada até a retirada dos corpos da embarcação, encalhada a 108 metros de profundidade.
O presidente aparentemente concordou com a suspensão das cerimônias fúnebres em Vidyayevo. As estações de rádio e TV do país, porém, cancelaram seus programas de entretenimento em respeito aos mortos.
Leia mais sobre o acidente com o submarino russo
Análise: Kremlin tenta salvar um novo naufrágio, o da imagem política de Putin
Leia comentário de Clóvis Rossi
na Pensata
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Rússia homenageia mortos do submarino Kursk
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As bandeiras foram baixadas a meio pau e programas de entretenimento foram suspensos hoje em toda a Rússia, em memória dos 118 marinheiros que morreram no submarino nuclear Kursk em acidente no dia 12 de agosto.
O presidente russo, Vladimir Putin, que declarou dia de luto, voltou a Moscou após enfrentar a insatisfação dos familiares dos tripulantes na base naval de Vidyayevo, de onde o Kursk saiu para sua última missão.
Criticado por sua postura relaxada frente ao desastre e por não ter conseguido fazer com que os militares russos agissem rapidamente na semana em que ainda havia esperanças de salvar alguns dos tripulantes do submarino, Putin esforçou-se algumas vezes para se fazer ouvir enquanto falava com os familiares.
"Quando os teremos de volta, vivos ou mortos? Responda como presidente", gritou uma mulher, referindo-se aos corpos dos marinheiros, em imagens da rede de TV "RTR".
"Eu responderei o quanto sei", disse Putin, vestindo preto e parecendo triste. O resto de suas declarações não puderam ser ouvidas devido ao barulho da multidão e à baixa qualidade do som.
Os meios de comunicação russos que tiveram autorização para ir a Vidyayevo afirmaram que a reunião de seis horas - um encontro inédito entre cidadãos comuns e o presidente - terminou bem depois da meia-noite.
Putin deveria viajar até a região onde o Kursk naufragou, no mar de Barents (norte da Rússia), no dia 12 de agosto. As causas do acidente ainda não explicadas. As equipes de resgate trabalham com as hipóteses de explosão ou colisão com outra embarcação. Em ambas, o Kursk teria sua proa (parte frontal do submarino) danificada, o que permitiu a entrada de água e o seu afundamento.
Os parentes dos marinheiros, porém, afirmaram que a cerimônia deveria ser adiada até a retirada dos corpos da embarcação, encalhada a 108 metros de profundidade.
O presidente aparentemente concordou com a suspensão das cerimônias fúnebres em Vidyayevo. As estações de rádio e TV do país, porém, cancelaram seus programas de entretenimento em respeito aos mortos.
Leia mais sobre o acidente com o submarino russo
Análise: Kremlin tenta salvar um novo naufrágio, o da imagem política de Putin
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