Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
23/01/2010 - 00h21

Tadic propõe a Pristina retomar negociações após opinião de Haia

Publicidade

da Efe

O presidente da Bósnia, Boris Tadic, ofereceu hoje às autoridades do Kosovo voltar à mesa de negociação logo que for divulgada a opinião da Corte Internacional de Justiça (CIJ) sobre a legalidade da declaração unilateral de independência de Pristina.

Tadic disse em discurso diante do Conselho de Segurança da ONU que o único caminho para uma solução definitiva ao status do território balcânico passa pela negociação.

"Uma vez saibamos a opinião da CIJ, se abrirá uma oportunidade para dar um passo adiante. Acreditamos que o diálogo é a maneira mais efetiva de alcançar uma solução sustentável, uma solução mutuamente aceitável e viável", afirmou o líder, quem insistiu na soberania sérvia do território.

Tadic acredita que 2010 será "o ano das soluções", no qual sérvios e kosovares resolverão as diferenças que levaram Pristina a declarar a independência em 2008.

Os juízes da CIJ, com sede em Haia, fecharam em 11 de dezembro a rodada de audiências sobre a legalidade da independência kosovar e levarão alguns meses para emitir sua opinião de caráter consultivo e juridicamente não é vinculativo.

O ministro de Exteriores kosovar, Skender Hyseni, assegurou em seu discurso que Pristina está disposta a melhorar as relações com Belgrado.

"A independência do Kosovo é irreversível, e assim seguirá sendo. Não só pelo bem do Kosovo, mas pelo da estabilidade e da paz regional, à qual a independência kosovar contribuiu", afirmou em seu discurso o representante de Pristina.

Hyseni reiterou que a Sérvia é o único dos países vizinhos do território que não reconheceu a declaração de independência, e acusou Belgrado de interferir nas relações entre as autoridades kosovares e as localidades de maioria sérvia do norte do território.

"Não podemos nem devemos esquecer os crimes contra a humanidade que a Sérvia infligiu à população kosovar. Isso não pode voltar a ocorrer", acrescentou.

A situação nas comunidades do norte do Kosovo, que não reconhecem o Governo de Pristina, é o principal ponto de contenção no território balcânico, advertiu o enviado especial da ONU no Kosovo, Lamberto Zannier.

"Com o passar dos anos aprendemos que a situação no norte do Kosovo requer um esforço e um diálogo constante com as diferentes comunidades, e de continuas consultas e coordenação com todas as partes", acrescentou.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu em 15 de janeiro às autoridades da Sérvia e do Kosovo que deixem de lado a disputa sobre o status do território balcânico e colaborem em assuntos de interesse regional.

Em um relatório ao Conselho de Segurança, o principal responsável das Nações Unidas indicou que a situação de segurança é de "calma relativa, mas potencialmente frágil".

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página