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Ministro de Mianmar diz que Suu Kyi será libertada; partido duvida
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da Folha Online
Um ministro da Junta Militar que governa Mianmar afirmou que a líder pró-democracia Aung San Suu Kyi, que cumpre prisão domiciliar, será libertada em novembro, disseram nesta segunda-feira testemunhas.
O partido de Suu Kyi, a Liga Nacional para a Democracia, minimizou os relatos e disse duvidar do gesto, após a recente condenação da prêmio Nobel da Paz a mais 18 meses de prisão domiciliar --o suficiente para impedi-la de participar das eleições marcadas para este ano.
O ministro de Interior, major general Maung Oo, disse em um encontro, em 21 de janeiro, com autoridades locais que Suu Kyi seria libertada em novembro, depois das eleições parlamentares --as primeiras em duas décadas no país.
A informação não pode ser verificada de maneira independente, mas três pessoas que estavam no encontro disseram à agência de notícias Reuters que Maung fez o comentário diante de uma audiência de centenas de pessoas em Kyaukpadaung, uma cidade a cerca de 565 km da antiga capital Yangun.
Suu Kyi, que passou 14 dos últimos 20 anos presa, foi sentenciada a outros 18 meses de prisão domiciliar em agosto passado por receber um americano que nadou até sua casa sem convite --a sentença levantou dúvidas sobre quão honestas serão as eleições.
O incidente ocorreu em maio de 2009, pouco antes do fim da pena domiciliar de Suu Kyi. A pena acabaria em novembro.
A eleição deste ano seria a primeira desde 1990, quando a Liga Nacional para a Democracia venceu por ampla margem. A Junta Militar se recusa a reconhecer a vitória.
Maung Oo disse ainda que o vice-presidente da Liga, Tin Oo, seria libertado em 13 de fevereiro e que o governo buscaria uma economia de mercado ao estilo internacional após eleições "livres e justas" --o que incluiria reduzir as restrições à importação de carros.
Tin Oo, 82, ex-ministro da Defesa e general aposentado, está na prisão ou em prisão domiciliar há mais de uma década.
Dúvida
Nyan Win, porta-voz da Liga, disse que o comentário de Maung Oo "não é nada novo ou extraordinário".
"Se os relatos da mídia estão corretos, as esperanças de uma libertação antecipada de Suu Kyi sob ordem executiva foram frustradas", disse Nyan, advogado de Suu Kyi.
Ativistas do partido reclamam que a constituição que estabeleceu as eleições não foi democrática e nem justa. Ela inclui medidas para barrar democratas no poder e garantir que os militares controlem o país.
O partido ainda não decidiu se participará das eleições, que ainda não têm data marcada.
Com Associated Press e Reuters
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