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28/01/2004
-
19h38
da France Presse, em Buenos Aires
"Existem provas concretas" de corrupção contra o ex-presidente argentino Carlos Menem (1989-99), que levaram a Suíça a promover uma investigação contra ele, afirmou hoje o ministro argentino da Justiça, Gustavo Beliz.
"A Suíça abriu uma investigação contra Menem, seu ex-secretário Ramon Hernandez, e contra uma pessoa chamada Hector 'Lechuga' [alface] Fernandez. Além disso, existem 18 demandas de magistrados argentinos sobre irregularidades e dinheiro sujo na Suíça", informou Beliz à imprensa.
Uma juíza de Genebra, Christine Junod, declarou à edição de hoje do jornal "La Nación" que havia iniciado uma investigação contra Menem por suposta lavagem de dinheiro na Suíça.
As investigações foram promovidas pelas autoridades federais suíças, a partir de informações do Departamento dos assuntos monetários segundo as quais um banco local havia assinalado movimentações "estranhas" numa conta ligada ao ex-presidente argentino, segundo "La Nación".
Lista
O ex-dirigente peronista neoliberal integra uma lista de cerca de 12 líderes políticos de todo o mundo objetos de investigações na Suíça por supostos casos de lavagem de dinheiro e corrupção.
Fazem parte da lista, além de Menem, o ex-chefe dos serviços secretos peruanos Vladimiro Montesinos e o ex-ditador haitiano François Duvallier, entre outros.
De acordo com Beliz, o juiz argentino especialista em questões econômicas Julio Speroni "resolveu viajar à Suíça" para investigar as supostas contas de Menem neste país.
Temas
A juíza Junod disse ao "La Nación" que a investigação sobre Menem é dividida em três temas: o primeiro se refere às declarações de um ex-agente dos serviços secretos iranianos. Ele acusou o ex-presidente argentino de ter recebido US$ 10 milhões para ocultar uma suposta participação do Irã no atentado de 1994 contra a organização judia argentina Amia, que havia deixado 15 mortos.
"O segundo ponto se refere às demandas da Argentina ligadas ao tráfico ilegal de armas", informou Junod, citando vendas irregulares de armas à Croácia e ao Equador, crime pelo qual Menem havia sido condenado à prisão domiciliar durante 167 dias em 2001.
A terceira questão corresponde "à investigação aberta em Genebra por suposta lavagem de dinheiro". O ex-presidente "já foi informado" da abertura desta investigação, afirmou a juíza.
Conta
Junod confirmou aos jornalistas de "La Nación" a existência de uma conta de Menem na Suíça com mais de US$ 600 mil.
O próprio Menem havia admitido à rede de televisão CNN que tinha uma conta não declarada na Suíça, mas havia afirmado que esta estava no nome de sua ex-mulher, Zulema Yoma, e sua filha Zulema Eva.
No entanto, as duas mulheres alegaram desconhecer a existência desta conta.
Menem, que pode ser condenado a 15 anos de prisão se a acusação de lavagem de dinheiro for comprovada, passa a maior parte de seu tempo no Chile, com sua esposa Cecilia Bolocco e seu filho Maximo Saul, nascido em novembro passado.
Há "provas concretas" de corrupção contra Menem, diz ministro
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"Existem provas concretas" de corrupção contra o ex-presidente argentino Carlos Menem (1989-99), que levaram a Suíça a promover uma investigação contra ele, afirmou hoje o ministro argentino da Justiça, Gustavo Beliz.
"A Suíça abriu uma investigação contra Menem, seu ex-secretário Ramon Hernandez, e contra uma pessoa chamada Hector 'Lechuga' [alface] Fernandez. Além disso, existem 18 demandas de magistrados argentinos sobre irregularidades e dinheiro sujo na Suíça", informou Beliz à imprensa.
Uma juíza de Genebra, Christine Junod, declarou à edição de hoje do jornal "La Nación" que havia iniciado uma investigação contra Menem por suposta lavagem de dinheiro na Suíça.
As investigações foram promovidas pelas autoridades federais suíças, a partir de informações do Departamento dos assuntos monetários segundo as quais um banco local havia assinalado movimentações "estranhas" numa conta ligada ao ex-presidente argentino, segundo "La Nación".
Lista
O ex-dirigente peronista neoliberal integra uma lista de cerca de 12 líderes políticos de todo o mundo objetos de investigações na Suíça por supostos casos de lavagem de dinheiro e corrupção.
Fazem parte da lista, além de Menem, o ex-chefe dos serviços secretos peruanos Vladimiro Montesinos e o ex-ditador haitiano François Duvallier, entre outros.
De acordo com Beliz, o juiz argentino especialista em questões econômicas Julio Speroni "resolveu viajar à Suíça" para investigar as supostas contas de Menem neste país.
Temas
A juíza Junod disse ao "La Nación" que a investigação sobre Menem é dividida em três temas: o primeiro se refere às declarações de um ex-agente dos serviços secretos iranianos. Ele acusou o ex-presidente argentino de ter recebido US$ 10 milhões para ocultar uma suposta participação do Irã no atentado de 1994 contra a organização judia argentina Amia, que havia deixado 15 mortos.
"O segundo ponto se refere às demandas da Argentina ligadas ao tráfico ilegal de armas", informou Junod, citando vendas irregulares de armas à Croácia e ao Equador, crime pelo qual Menem havia sido condenado à prisão domiciliar durante 167 dias em 2001.
A terceira questão corresponde "à investigação aberta em Genebra por suposta lavagem de dinheiro". O ex-presidente "já foi informado" da abertura desta investigação, afirmou a juíza.
Conta
Junod confirmou aos jornalistas de "La Nación" a existência de uma conta de Menem na Suíça com mais de US$ 600 mil.
O próprio Menem havia admitido à rede de televisão CNN que tinha uma conta não declarada na Suíça, mas havia afirmado que esta estava no nome de sua ex-mulher, Zulema Yoma, e sua filha Zulema Eva.
No entanto, as duas mulheres alegaram desconhecer a existência desta conta.
Menem, que pode ser condenado a 15 anos de prisão se a acusação de lavagem de dinheiro for comprovada, passa a maior parte de seu tempo no Chile, com sua esposa Cecilia Bolocco e seu filho Maximo Saul, nascido em novembro passado.
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