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01/02/2004
-
21h15
da France Presse, em Washington
A segurança foi reforçada nos aeroportos americanos, e dez vôos procedentes da França e do Reino Unido foram cancelados hoje, diante do medo de a rede terrorista Al Qaeda conseguir colocar armas biológicas ou químicas em aviões comerciais.
Uma fonte do Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos que pediu para não ser identificada disse que há "informações sérias" sobre ameaças que os EUA estão compartilhando com outros governos, inclusive com a França e o Reino Unido.
A fonte falou que não há previsões para aumentar o nível de alerta no país, que está 'elevado' desde 9 de janeiro.
O jornal "The Washington Post", citando funcionários da administração sem dar nomes, afirmou hoje que os vôos foram cancelados, em parte, por informações da inteligência segundo as quais a Al Qaeda está tentando colocar um agente químico ou biológico em aviões ou transportar uma bomba radiológica em um avião de carga.
Vôos
Três companhias aéreas --Air France, British Airways e Continental Airways-- decidiram cancelar seus vôos transatlânticos programados para hoje e amanhã por "razões de segurança".
A Continental Airlines cancelou um vôo hoje que sairia de Washington com destino a Houston (Texas, sul) devido a ameaças de ataques, informou o Departamento de Segurança.
Houve informação específica de ameaça contra este vôo, disse um responsável do departamento, pedindo para não ter seu nome divulgado.
Esta informação foi repassada à companhia aérea, que decidiu cancelar a viagem, acrescentou.
Um porta-voz da Continental Airlines disse que o vôo cancelado sairia do aeroporto internacional Dulles de Washington às 17h44 local (20h44 Brasília), para chegar três horas depois ao aeroporto intercontinental Bush em Houston.
Governo
Em Washington, líderes do Congresso disseram hoje que o cancelamento dos vôos foi uma medida adequada por causa do risco existente para a segurança americana.
"Não se pode ignorar quando se tem informação ou dados da inteligência no sentido de que algum indivíduo ou grupo esteja querendo sabotar ou assumir o controle de um avião", disse o senador Trent Lott de Mississippi, ao canal Fox News.
O senador democrata Jay Rockefeller de Virginia Ocidental (este) disse ao canal que tais ameaças são difíceis de serem neutralizadas, inclusive sob as atuais normas de segurança.
"Em parte, o problema está no fato de a carga não ser inspecionada e, em parte, o problema são as armas biológicas, que ninguém realmente sabe o que fazer com elas", afirmou Rockefeller, o líder democrata no Comitê de inteligência do Senado.
Medo
Washington, Londres e Paris ficaram em estado de alerta durante o Natal e o Ano Novo, cancelando nove vôos com destino aos Estados Unidos, por medo de um atentado como o de 11 de setembro de 2001 em Nova York e Washington, que mataram 3.000 pessoas.
Desde o ano passado, os Estados Unidos exigem a presença de agentes armados em determinados vôos que chegam ao território americano. Além disso, Washington enviou agentes para o México encarregados de inspecionar passageiros e cargas com destino aos aeroportos americanos. A Aeromexico também cancelou dois vôos.
Nos dias 24 e 25 de dezembro, o governo francês cancelou seus vôos da Air France, entre Los Angeles e Paris, a pedido do governo americano.
Washington deu nomes de suspeitos que poderiam seqüestrar aviões da companhia para explodi-los contra alvos nos EUA. Porém, os nomes encontrados nas listas de passageiros eram somente semelhantes aos dos suspeitos de pertencerem à Al Qaeda.
Cerca de 122 milhões de pessoas passaram pelos aeroportos dos Estados Unidos desde os atentados de 11 de Setembro até 30 de setembro de 2002, segundo estatísticas do governo.
Dez vôos para os EUA são cancelados por questões de segurança
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A segurança foi reforçada nos aeroportos americanos, e dez vôos procedentes da França e do Reino Unido foram cancelados hoje, diante do medo de a rede terrorista Al Qaeda conseguir colocar armas biológicas ou químicas em aviões comerciais.
Uma fonte do Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos que pediu para não ser identificada disse que há "informações sérias" sobre ameaças que os EUA estão compartilhando com outros governos, inclusive com a França e o Reino Unido.
A fonte falou que não há previsões para aumentar o nível de alerta no país, que está 'elevado' desde 9 de janeiro.
O jornal "The Washington Post", citando funcionários da administração sem dar nomes, afirmou hoje que os vôos foram cancelados, em parte, por informações da inteligência segundo as quais a Al Qaeda está tentando colocar um agente químico ou biológico em aviões ou transportar uma bomba radiológica em um avião de carga.
Vôos
Três companhias aéreas --Air France, British Airways e Continental Airways-- decidiram cancelar seus vôos transatlânticos programados para hoje e amanhã por "razões de segurança".
A Continental Airlines cancelou um vôo hoje que sairia de Washington com destino a Houston (Texas, sul) devido a ameaças de ataques, informou o Departamento de Segurança.
Houve informação específica de ameaça contra este vôo, disse um responsável do departamento, pedindo para não ter seu nome divulgado.
Esta informação foi repassada à companhia aérea, que decidiu cancelar a viagem, acrescentou.
Um porta-voz da Continental Airlines disse que o vôo cancelado sairia do aeroporto internacional Dulles de Washington às 17h44 local (20h44 Brasília), para chegar três horas depois ao aeroporto intercontinental Bush em Houston.
Governo
Em Washington, líderes do Congresso disseram hoje que o cancelamento dos vôos foi uma medida adequada por causa do risco existente para a segurança americana.
"Não se pode ignorar quando se tem informação ou dados da inteligência no sentido de que algum indivíduo ou grupo esteja querendo sabotar ou assumir o controle de um avião", disse o senador Trent Lott de Mississippi, ao canal Fox News.
O senador democrata Jay Rockefeller de Virginia Ocidental (este) disse ao canal que tais ameaças são difíceis de serem neutralizadas, inclusive sob as atuais normas de segurança.
"Em parte, o problema está no fato de a carga não ser inspecionada e, em parte, o problema são as armas biológicas, que ninguém realmente sabe o que fazer com elas", afirmou Rockefeller, o líder democrata no Comitê de inteligência do Senado.
Medo
Washington, Londres e Paris ficaram em estado de alerta durante o Natal e o Ano Novo, cancelando nove vôos com destino aos Estados Unidos, por medo de um atentado como o de 11 de setembro de 2001 em Nova York e Washington, que mataram 3.000 pessoas.
Desde o ano passado, os Estados Unidos exigem a presença de agentes armados em determinados vôos que chegam ao território americano. Além disso, Washington enviou agentes para o México encarregados de inspecionar passageiros e cargas com destino aos aeroportos americanos. A Aeromexico também cancelou dois vôos.
Nos dias 24 e 25 de dezembro, o governo francês cancelou seus vôos da Air France, entre Los Angeles e Paris, a pedido do governo americano.
Washington deu nomes de suspeitos que poderiam seqüestrar aviões da companhia para explodi-los contra alvos nos EUA. Porém, os nomes encontrados nas listas de passageiros eram somente semelhantes aos dos suspeitos de pertencerem à Al Qaeda.
Cerca de 122 milhões de pessoas passaram pelos aeroportos dos Estados Unidos desde os atentados de 11 de Setembro até 30 de setembro de 2002, segundo estatísticas do governo.
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