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04/02/2010 - 10h15

Crise põe em dúvida "futuro político" de Chávez, avaliam EUA

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da Folha de S. Paulo

Para o governo Barack Obama, problemas internos na Venezuela como racionamento de energia e água, a inflação crescente e alta da violência no país levantam dúvidas sobre o "futuro político a longo prazo" do presidente Hugo Chávez.

A avaliação consta do relatório anual sobre ameaças aos EUA apresentado na terça-feira pelo diretor nacional de Inteligência, Dennis Blair, à Comissão de Inteligência do Senado.

É o primeiro documento do tipo produzido pelo governo Obama --o de fevereiro de 2009 havia sido preparado pela gestão George W. Bush.

Com relação à América Latina, o texto segue as linhas gerais do documento anterior, com críticas ao venezuelano, que lidera "uma força regional anti-EUA" e deseja "debilitar" os governos moderados e pró-Washington da América Latina. Um exemplo disso é que segue dando apoio encoberto a grupos insurgentes como as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia).

O texto apresentado por Blair afirma que as "medidas repressivas, a alta da das taxas de crime, a inflação crescente, racionamentos de água e luz, e uma importante desvalorização da moeda levantam questões sobre seu futuro político a longo prazo". Critica ainda medidas do governo para "assediar e deter" opositores, inclusive as ameaças de abrir processos de corrupção contra eles e a decisão de fechar ou suspender meios de comunicação.

Brasil e eleições

A respeito do Brasil, o texto é elogioso, mas lista rusgas recentes. Diz que o país, "exemplo de êxito" e "parceiro valioso" para a promoção da democracia e estabilidade na região, tem tornado "públicas importantes diferenças entre nós". Lista: aquecimento global, acordo militar Washington-Bogotá e a "nossa maneira de lidar com a crise em Honduras".

À diferença das eleições de 2002, quando Washington manifestou dúvidas quanto às políticas de um futuro governo petista, o texto tranquiliza os congressistas sobre a votação. Diz que nossa "democracia competitiva" é menos vulnerável a "populismos" e que o vitorioso na disputa pelo Planalto, seja quem for, "provavelmente manterá políticas responsáveis pró-crescimento".

O narcotráfico e o crime organizado são apontados como ameaças à região --México, América Central e Brasil são citados. A escalada de violência, porém, não deve desestabilizar o Estado mexicano, diz o texto.

Na sessão no Senado, a atenção se voltou para o contencioso EUA-China. Sem citar Pequim, o texto diz que "os recentes ataques ao Google" acenderam o alarme de Washington para o risco de ciberataques. Blair disse que o país não está preparado para a ameaça.

 

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