Coreia do Norte anuncia que vai libertar americano detido ao entrar no país

A Coreia do Norte informou que decidiu libertar um missionário americano detido depois de cruzar a fronteira do país para chamar a atenção para questões de direitos humanos.

Robert Park atravessou o congelado rio Tumen, entre a Coreia do Norte e a China, no dia de Natal com cartas pedindo ao ditador norte-coreano Kim Jong Il para fechar os campos para presos políticos do país e renunciar ao poder.

A oficial KCNA (Agência Central de Notícias da Coreia no Norte) noticiou nesta sexta-feira (noite de quinta-feira no Brasil) que o país "decidiu tolerantemente perdoar e libertá-lo, levando em consideração a sua admissão e sincero arrependimento de seus atos errados".

No ano passado, duas jornalistas americanas de origem asiática foram detidas na fronteira norte-coreana com a China e condenadas a 12 anos de trabalhos forçados. Elas trabalhavam na filmagem de um documentário sobre o tráfico de mulheres. Ambas foram soltas graças a esforços diplomáticos americanos, com apoio do ex-presidente Bill Clinton (1993-2001), que chegou a viajar para se reunir com o líder norte-coreano.

Há anos, os EUA pressionam a Coreia do Norte a abandonar o programa nuclear, com avanços e recuos do regime comunista, que no ano passado detonou sua segunda bomba nuclear em um teste subterrâneo e utiliza o programa como moeda de troca para concessões do Ocidente e forma de se fortalecer internamente em um país empobrecido e assolado pela fome.

Com Associated Presse e Efe