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16/02/2010 - 12h07

Economia ofusca brilho do aniversário de Kim Jong-il na Coreia do Norte

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JACK KIM
da Reuters, em Seul (Coreia do Sul)

A Coreia do Norte celebrou nesta terça-feira os 68 anos do ditador Kim Jong-il com uma apresentação de nado sincronizado para glorificar o "pai benevolente" do recluso regime comunista --que tem feito aberturas para um diálogo de desnuclearização com os americanos em busca de ajuda econômica.

Com a saúde frágil, Kim tenta preparar a sucessão na única dinastia comunista da Ásia, mas enfrenta um dos períodos mais difíceis do seu governo devido a medidas econômicas que provocaram uma rara reação popular no país.

Reuters
Norte-coreanos dançam em um dos eventos para celebrar o aniversário de 68 anos do ditador Kim Jong-il; crise ofuscou festa
Norte-coreanos dançam em um dos eventos para celebrar o aniversário de 68 anos do ditador Kim Jong-il; crise ofuscou festa

Ele está pressionado a retomar as negociações multilaterais de desarmamento, abandonadas há um ano, nas quais a Coreia do Norte poderia obter benefícios políticos e econômicos em troca de desistir de ter um arsenal nuclear.

O país está sob sanções da ONU (Organização das Nações Unidas) por causa de um teste nuclear em 2009, e sofre também com uma fracassada reforma monetária que quase paralisou o comércio no ano passado.

Durante as celebrações, Kim foi saudado como sendo o "comandante inigualavelmente brilhante da presente era".

De acordo com a agência estatal de notícias KCNA, o número 2 do regime, Kim Yong-nam, também "salientou a necessidade de colocar um fim às relações hostis (com) os EUA por meio de diálogo e negociações."

Kim Jong-il está no poder há quase 16 anos, período em que o país passou por uma onda de fome que teria matado 1 milhão dos 22 milhões de norte-coreanos.

Ele sobreviveu ainda ao isolamento provocado por sua atitude em relação a questões nucleares, mas uma revalorização da moeda local implementada no final de 2009 mostrou fissuras na sua liderança.

A medida agravou a inflação, dificultou o acesso dos mais pobres a mantimentos básicos e, segundo a agência sul-coreana de espionagem, gerou manifestações populares em um dos Estados mais autoritários do mundo.

"O público tem vinculado as novas dificuldades ao governo central. Isso não significa que o governo esteja prestes a desabar, mas o conflito entre o público e o governo vai aumentar muito", disse Park Hyeong-jung, especialista em Coreia do Norte no Instituto para a Reunificação Nacional, da Coreia do Sul.

Na opinião de Park, o mais importante é que essa nova fase redefiniu a relação entre Kim e seu povo, e serve de alerta sobre o limite até o qual se pode submeter uma população já tão sofrida.

 

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