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26/02/2004
-
04h51
CÍNTIA CARDOSO
da Folha de S.Paulo em Nova York
O jornal americano "The Washington Post" reformulou suas diretrizes sobre o uso de informações confidenciais e de declarações de entrevistados pelo veículo. A principal alteração diz respeito à forma de publicação das declarações de pessoas ouvidas pelos repórteres, em especial daquelas obtidas com informantes que não querem ser identificados --as fontes confidenciais.
Quando um jornalista quiser citar uma dessas fontes, ao menos um editor responsável deve ter conhecimento da identidade para decidir se deve ou não ser usada.
Segundo o editor-executivo Leonard Downie Jr., informações de fonte não identificada podem ser usadas desde que haja alguma descrição do autor, como "alto funcionário da Casa Branca" ou "integrante da cúpula do FBI".
Entrevistas feitas "off the record", sem identificação da fonte, não devem ser usadas pelo jornal.
Há ainda outro caso, de fonte com conhecimento profundo em uma área que não queira se identificar. Nesse caso, a informação poderá ser usada, sem que nenhuma pessoa específica seja citada. Segundo Downie, "Garganta Profunda é o exemplo clássico desse tipo de fonte".
O editor-executivo refere-se à fonte que, no começo dos anos 70, deu informações ao "Post" sobre o caso Watergate. Os repórteres revelaram que a equipe da campanha da reeleição do presidente Richard Nixon (1969-74) tentou espionar a oposição democrata e levantou dinheiro de forma ilegal. O caso provocou a renúncia de Nixon, que mentiu e procurou fraudar a opinião pública.
Acredita-se que "Garganta Profunda" até hoje não identificado, integrasse o alto escalão da Casa Branca. O caso deu origem ao livro "Todos os Homens do Presidente", de Carl Bernstein e Bob Woodward --os repórteres do caso Watergate--, e ao filme de mesmo nome, de 1976, com Dustin Hoffman e Robert Redford.
A decisão do "Post" sobre as fontes foi motivada pelo escândalo com Jayson Blair, ex-repórter do diário "The New York Times". Em maio de 2003, Blair deixou o "Times" após a descoberta de que ele falsificara e plagiara informações em reportagens.
"Post" altera normas para citar suas fontes
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da Folha de S.Paulo em Nova York
O jornal americano "The Washington Post" reformulou suas diretrizes sobre o uso de informações confidenciais e de declarações de entrevistados pelo veículo. A principal alteração diz respeito à forma de publicação das declarações de pessoas ouvidas pelos repórteres, em especial daquelas obtidas com informantes que não querem ser identificados --as fontes confidenciais.
Quando um jornalista quiser citar uma dessas fontes, ao menos um editor responsável deve ter conhecimento da identidade para decidir se deve ou não ser usada.
Segundo o editor-executivo Leonard Downie Jr., informações de fonte não identificada podem ser usadas desde que haja alguma descrição do autor, como "alto funcionário da Casa Branca" ou "integrante da cúpula do FBI".
Entrevistas feitas "off the record", sem identificação da fonte, não devem ser usadas pelo jornal.
Há ainda outro caso, de fonte com conhecimento profundo em uma área que não queira se identificar. Nesse caso, a informação poderá ser usada, sem que nenhuma pessoa específica seja citada. Segundo Downie, "Garganta Profunda é o exemplo clássico desse tipo de fonte".
O editor-executivo refere-se à fonte que, no começo dos anos 70, deu informações ao "Post" sobre o caso Watergate. Os repórteres revelaram que a equipe da campanha da reeleição do presidente Richard Nixon (1969-74) tentou espionar a oposição democrata e levantou dinheiro de forma ilegal. O caso provocou a renúncia de Nixon, que mentiu e procurou fraudar a opinião pública.
Acredita-se que "Garganta Profunda" até hoje não identificado, integrasse o alto escalão da Casa Branca. O caso deu origem ao livro "Todos os Homens do Presidente", de Carl Bernstein e Bob Woodward --os repórteres do caso Watergate--, e ao filme de mesmo nome, de 1976, com Dustin Hoffman e Robert Redford.
A decisão do "Post" sobre as fontes foi motivada pelo escândalo com Jayson Blair, ex-repórter do diário "The New York Times". Em maio de 2003, Blair deixou o "Times" após a descoberta de que ele falsificara e plagiara informações em reportagens.
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