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28/02/2004
-
11h04
da France Presse, em Pequim
Ainda não foi desta vez que Estados Unidos e Coréia do Norte chegaram a um acordo sobre o programa nuclear deste país asiático.
A segunda rodada de negociações sobre a questão, realizada em Pequim (China) terminou sem solução para a crise iniciada em outubro de 2002.
Participaram desta negociação as duas Coréias, China, Japão, Estados Unidos e Rússia.
Representantes dos seis países anunciaram que o assunto voltará a ser discutido numa terceira rodada de negociações, que acontecerá entre abril e junho.
Segundo o chefe da delegação sul-coreana nas negociações de Pequim, Lee Soo-hyuck, os seis países presentes chegaram ao princípio de um acordo sobre o desarmamento nuclear da Península Coreana. "Este consenso se tornará a base das negociações futuras."
Mesmo sem resultados concretos, as partes envolvidas avaliam que houve progressos. Para os americanos, as negociações até superaram as expectativas, declarou o chefe da delegação americana, o secretário de Estado adjunto, James Kelly.
"Superaram nossas expectativas em vários aspectos importantes. Foram bem-sucedidas, pois facilitaram uma aproximação do nosso objetivo de desativar completamente, de forma comprovada e irreversível o programa nuclear norte-coreano", explicou Kelly.
O chanceler chinês, Li Zhaoxing, se mostrou menos otimista, apesar de valorizar os avanços desta segunda etapa de negociações. "As diferenças persistem, inclusive algumas graves", reconheceu o ministro chinês durante o discurso de encerramento das reuniões.
"A questão nuclear na Península Coreana contém contradições históricas e contemporâneas que se misturam. Em minha opinião, as conquistas foram obtidas com grandes esforços e devem ser valorizadas, já que esta rodada de discussões começou com uma falta de confiança mútua entre as principais partes e suas diferenças aumentavam", explicou Li.
O chefe da delegação russa em Pequim, Alexander Lossiukov, afirmou que "o principal resultado da segunda rodada de negociações dos seis países foi a decisão de criar um grupo de trabalho" sobre a solução do problema nuclear.
Apesar das declarações americanas positivas no final das negociações, os Estados Unidos e a Coréia do Norte se negaram a abandonar suas posições.
Washington pede ao regime de Kim Jong-Il que reconheça que possui um programa de enriquecimento de urânio. Pyongyang, por sua vez, diz que não tem.
A Coréia do Norte também condenou neste sábado as manobras militares conjuntas de Estados Unidos e Coréia do Sul na sua fronteira, no último dia das negociações em Pequim sobre o programa nuclear norte-coreano.
Segundo Pyongyang, estas manobras são um 'escândalo que provoca preocupação em todo o mundo'.
A agência oficial norte-coreana KCNA destacou que manobras denominadas "Iron Artep", para avaliar o grau de preparação dos soldados americanos e sul-coreanos, começaram no final de semana passado e prosseguirão até o dia 5 de março.
Um porta-voz do Exército americano disse que as operações fazem parte de um exercício bienal, sem qualquer relação com as negociações de Pequim.
Coréia nega programa nuclear
A Coréia do Norte afirma que não possui um programa de enriquecimento de urânio e não negociou esta substância com o Paquistão, negando assim as informações dos Estados Unidos, declarou hoje em Pequim o chefe da delegação de Pyongyang, Kim Kye-gwan.
Coréia do Norte, Irã e Iraque foram classificados pelo presidente Bush, em janeiro de 2002, como 'eixos do mal'.
À época, Bush também advertiu que esses países poderiam ser alvos da guerra antiterrorista se continuassem produzindo armas de destruição em massa e apoiando o terrorismo.
Os EUA contam com o apoio de Pequim para tentar negociar o fim do programa nuclear da Coréia do Norte.
No ano passado, o presidente Bush rejeitou a proposta feita pela Coréia do Norte de congelar o seu programa nuclear em troca de ajuda na área energética e da retirada do país da lista de Estados que apóiam o terrorismo.
Segundo Bush, o objetivo dos EUA não é o congelamento, mas sim o desmantelamento do programa norte-coreano.
Programa nuclear da Coréia do Norte terá terceira rodada de negociação
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Ainda não foi desta vez que Estados Unidos e Coréia do Norte chegaram a um acordo sobre o programa nuclear deste país asiático.
A segunda rodada de negociações sobre a questão, realizada em Pequim (China) terminou sem solução para a crise iniciada em outubro de 2002.
Participaram desta negociação as duas Coréias, China, Japão, Estados Unidos e Rússia.
Representantes dos seis países anunciaram que o assunto voltará a ser discutido numa terceira rodada de negociações, que acontecerá entre abril e junho.
Segundo o chefe da delegação sul-coreana nas negociações de Pequim, Lee Soo-hyuck, os seis países presentes chegaram ao princípio de um acordo sobre o desarmamento nuclear da Península Coreana. "Este consenso se tornará a base das negociações futuras."
Mesmo sem resultados concretos, as partes envolvidas avaliam que houve progressos. Para os americanos, as negociações até superaram as expectativas, declarou o chefe da delegação americana, o secretário de Estado adjunto, James Kelly.
"Superaram nossas expectativas em vários aspectos importantes. Foram bem-sucedidas, pois facilitaram uma aproximação do nosso objetivo de desativar completamente, de forma comprovada e irreversível o programa nuclear norte-coreano", explicou Kelly.
O chanceler chinês, Li Zhaoxing, se mostrou menos otimista, apesar de valorizar os avanços desta segunda etapa de negociações. "As diferenças persistem, inclusive algumas graves", reconheceu o ministro chinês durante o discurso de encerramento das reuniões.
"A questão nuclear na Península Coreana contém contradições históricas e contemporâneas que se misturam. Em minha opinião, as conquistas foram obtidas com grandes esforços e devem ser valorizadas, já que esta rodada de discussões começou com uma falta de confiança mútua entre as principais partes e suas diferenças aumentavam", explicou Li.
O chefe da delegação russa em Pequim, Alexander Lossiukov, afirmou que "o principal resultado da segunda rodada de negociações dos seis países foi a decisão de criar um grupo de trabalho" sobre a solução do problema nuclear.
Apesar das declarações americanas positivas no final das negociações, os Estados Unidos e a Coréia do Norte se negaram a abandonar suas posições.
Washington pede ao regime de Kim Jong-Il que reconheça que possui um programa de enriquecimento de urânio. Pyongyang, por sua vez, diz que não tem.
A Coréia do Norte também condenou neste sábado as manobras militares conjuntas de Estados Unidos e Coréia do Sul na sua fronteira, no último dia das negociações em Pequim sobre o programa nuclear norte-coreano.
Segundo Pyongyang, estas manobras são um 'escândalo que provoca preocupação em todo o mundo'.
A agência oficial norte-coreana KCNA destacou que manobras denominadas "Iron Artep", para avaliar o grau de preparação dos soldados americanos e sul-coreanos, começaram no final de semana passado e prosseguirão até o dia 5 de março.
Um porta-voz do Exército americano disse que as operações fazem parte de um exercício bienal, sem qualquer relação com as negociações de Pequim.
Coréia nega programa nuclear
A Coréia do Norte afirma que não possui um programa de enriquecimento de urânio e não negociou esta substância com o Paquistão, negando assim as informações dos Estados Unidos, declarou hoje em Pequim o chefe da delegação de Pyongyang, Kim Kye-gwan.
Coréia do Norte, Irã e Iraque foram classificados pelo presidente Bush, em janeiro de 2002, como 'eixos do mal'.
À época, Bush também advertiu que esses países poderiam ser alvos da guerra antiterrorista se continuassem produzindo armas de destruição em massa e apoiando o terrorismo.
Os EUA contam com o apoio de Pequim para tentar negociar o fim do programa nuclear da Coréia do Norte.
No ano passado, o presidente Bush rejeitou a proposta feita pela Coréia do Norte de congelar o seu programa nuclear em troca de ajuda na área energética e da retirada do país da lista de Estados que apóiam o terrorismo.
Segundo Bush, o objetivo dos EUA não é o congelamento, mas sim o desmantelamento do programa norte-coreano.
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