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06/03/2004 - 11h32

Bush e Kerry começam maratona para disputar Casa Branca

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PATRICK ANIDJAR
da France Presse, em Washington

O senador democrata John Kerry e o presidente republicano George W. Bush, que aspira à reeleição, iniciaram uma maratona de oito meses, durante os quais tentarão convencer os votantes americanos sobre sua capacidade para governá-los.

Bush, por enquanto, não deixou transparecer em público seus sentimentos com relação à campanha para as eleições de 2 de novembro. Kerry, por sua vez, evocou esta semana "os longos meses de desafios" que o esperam.

"Não temos ilusões em relação à máquina de ataque republicana, considerando o que nossos adversários fizeram no passado e o que podem tentar fazer no futuro", afirmou.

Nesta corrida, o ânimo e a resistência contarão tanto como a capacidade de driblar as cotoveladas e areias movediças com as quais os estrategistas de seus adversários tentarão descarrilá-los.

Desde a largada, Kerry, desportivo e atlético aos seus 60 anos, encara com agressividade Bush, de 57, um apreciador de jogos estratégicos.

O presidente se encontra em uma situação delicada, de acordo com as últimas pesquisas, segundo as quais perderia para o senador pelo estado de Massachusetts se as eleições fossem realizadas agora.

Há meses Bush vem sendo atacado pelos democratas, que citam as dificuldades da economia, a pequena criação de empregos, as baixas no Iraque e as jamais encontradas armas de destruição em massa que o presidente não cansava de citar como justificativa para a guerra.

E a isso se soma o fato de que a campanha publicitária lançada quinta-feira em uns quinze estados considerados difíceis pelos republicanos começou com o pé esquerdo: as famílias das vítimas dos atentados de 11 de setembro de 2001 protestaram pelo uso de imagens da tragédia na propaganda.

Entretanto, para a campanha, Bush conta com US$ 104 milhões que o ajudarão a recuperar o fôlego, se fraquejar ante seu adversário.

Kerry, por sua vez, não tem mais do que US$ 2,4 milhões, embora tenha captado a atenção do eleitorado durante as primárias democratas, que lhe deram a vitória em 27 de 30 estados, abrindo-lhe o caminho para a convenção partidária que o proclamará oficialmente candidato em julho.

"É absurdo ter uma campanha pela Presidência tão longa", afirmou o politólogo Richard Semiatin, da Universidade Americana de Washington.

Isto se deve, segundo explicou, a que "a equipe de Bush tem dinheiro e não quer esperar para mostrar à opinião pública uma imagem positiva de seu candidato" que neutralize as críticas democratas.

Mas uma saída tão antecipada representa riscos. "Pode acontecer que a população fique saturada com tudo este assunto muito antes da chegada de novembro", afirmou por sua vez Tim Bledsoe, da Universidade de Michigan.
 

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