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11/03/2004 - 08h20

Total de mortos em explosões contra trens em Madri chega a 131

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da Folha Online

Fortes explosões contra vagões de trens em Madri (capital da Espanha) causaram até o momento 131 mortos e deixaram cerca de 400 feridos, segundo informações oficiais do governo. "Isso é um 'massacre'", disse Eduardo Zaplana, porta-voz do governo espanhol.

Os ataques, que aconteceram a três dias das eleições gerais, no domingo (14), foram atribuídos pelo governo espanhol ao grupo terrorista ETA (Pátria Basca e Liberdade).

Mais de 400 pessoas foram removidas a hospitais. Explosões em série, ocorridas entre 7h35 e 7h55 (entre 3h35 e 3h55, no horário de Brasília), causaram um "massacre" no interior de três trens que transportavam passageiros provenientes de Alcalá de Henares e Guadalajara. As estações atingidas foram Atocha, El Pozo e Santa Eugenia.

Até o momento nenhum grupo reivindicou a autoria das explosões --três em estações de trem ocorridos quase simultaneamente e uma outra ocorrida pouco mais tarde.

Zaplana disse que as explosões podem ter sido realizadas pelo ETA.

O grupo basco ETA, que luta por um Estado independente, já causou a morte de 850 pessoas desde 1968.

Pessoas queimadas e com os corpos cobertos por sangue foram vistas sendo socorridas no local por equipes de resgate, pela polícia, trabalhadores e pedestres.

"Existem dezenas de vítimas... Os assassinos tentam semear o terrorismo e o caos. Isto é uma ação criminosa do ETA", disse Zaplana à rádio Cadena Ser.

Imagens de TV mostram vagão atingido na estação de Atocha
Al Qaeda

O ministro das Relações Exteriores do Reino Unido, Jack Straw, disse que o governo britânico estava muito abalado com os ataques. "Esta atrocidade é uma repugnante ação contra os princípios democráticos da Europa", disse.

Straw negou-se a comentar a possibilidade de a rede terrorista Al Qaeda, de Osama bin Laden, estar por trás dos ataques --a rede costuma realizar ataques simultâneos como os ocorridos hoje na Espanha e os que atingiram instituições britânicas na Turquia, em novembro.

O Reino Unido e a Espanha foram os dois principais aliados dos Estados Unidos na investida militar contra o Iraque.

O Partido Popular (centro-direita), do atual premiê espanhol, José María Aznar, é favorito para vencer as eleições de domingo, mas não deve obter maioria no Parlamento, segundo pesquisas. Aznar, no poder desde 1996, não é candidato à reeleição.

Com agências internacionais

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