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12/03/2004 - 11h30

Líderes árabes condenam terrorismo na Espanha

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da France Presse, no Cairo

Líderes árabes condenaram o terrorismo depois dos atentados em Madri, mas evitaram falar sobre os prováveis responsáveis pelos ataques que deixaram 198 mortos e mais de 1.400 feridos.

O presidente do Egito, Hosni Mubarak, dirigiu uma mensagem de condolências ao rei da Espanha, Juan Carlos, no qual condena "a violência e o terrorismo sob todas as suas formas" e lhe transmitiu as condolências do governo e do povo egípcio.

Ontem à noite, o secretário-geral da Liga Árabe, Amr Mussa, declarou-se "abalado" pelos atentados em Madri e os classificou de "atos terroristas destinados a matar civis". Ele expressou suas condolências às famílias das vítimas.

O dirigente líbio, Muammar Gaddafi, ligou para o premiê José María Aznar para transmitir-lhes sua condenação aos atentados de Madri e comunicar-lhe suas condolências.

O primeiro-ministro libanês, Rafic Hariri, condenou com firmeza os atentados e pediu para tomar medidas enérgicas para contra-atacar esse tipo de "ação criminosa".

"As declarações de denúncia e condenação não bastam para contra-atacar essas ações criminais contrárias a todos os valores morais e religiosos", afirmou, em um comunicado. Também pediu aos países do mundo "que atuem para erradicar esse fenômeno terrorista que atingiu sem distinção, em vários lugares, e que visa semear o pânico matando o máximo de inocentes".

Em Damasco, o presidente sírio, Bashar al Assad, apresentou suas condolências ao rei da Espanha e condenou os atos terroristas. "Sentimos uma profunda dor depois das informações sobre os atos criminosos cometidos nas estações de Madri, que mataram dezenas de inocentes", afirmou, em uma mensagem reproduzida pela agência de notícias oficial Sana.

O rei da Jordânia, Abddullah 2º, denunciou a série de "atentados terroristas que matam civis inocentes", em uma mensagem de condolências dirigida ao rei da Espanha, Juan Carlos, segundo a agência de notícias jordaniana Petra.

Os jornais libaneses dedicaram a primeira página de suas edições de hoje à tragédia, informando, mas sem comentar, as pistas investigadas sobre a autoria dos ataques.

"O 11 de Setembro espanhol: Os bascos ou a Al Qaeda?", diz a manchete do jornal de grande tiragem "An Nahar". O jornal árabe "Al-Hayat" classifica os fatos de "pior catástrofe desde os atentados de 11 de setembro em Nova York". "O terrorismo atinge Madri", escreveu o jornal "Al Mostaqbal". "A Espanha comovida ante o pior ato de terrorismo da história da Europa", enfatizou o jornal "As Safir", segundo o qual "o ETA é o primeiro acusado".

No Egito, os jornais governamentais "Al Ahram", "Al Akhbar" e "Al Gohmuria" evocaram uma eventual responsabilidade da rede Al Qaeda, citando um comunicado reivindicando o atentado, enviado ao jornal londrino "Al Qods Al Arabi". Mas enfatizam que as autoridades espanholas continuam investigando a hipótese do movimento separatista basco.

Para o jornal "Al Messa": "A polícia espanhola afirma que é o ETA que está por trás do atentado e o jornal 'Al Qods' diz que é a Al Qaeda", afirma em sua primeira página.

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