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13/03/2004
-
05h47
da Associated Press
A indústria de turismo européia teme que os atentados terroristas em Madri afastem viajantes do continente, em especial os norte-americanos.
As conseqüências dos ataques de anteontem para o turismo internacional e, especialmente, europeu dominaram as discussões ontem na Feira Internacional de Turismo, que acontece em Berlim (Alemanha) e reúne 10 mil profissionais de cerca de 180 países.
A Espanha é o segundo principal destino de viajantes do mundo, atrás apenas da França.
Antes, os EUA atraíam mais turistas estrangeiros do que a Espanha, mas houve uma forte queda por conta dos atentados de 11 de setembro de 2001, do maior rigor na concessão de vistos e das medidas de segurança aplicadas nos aeroportos americanos.
"Será difícil falarmos sobre os ataques [em Madri]. Teremos de dizer: "Essa não é a verdadeira Espanha'", disse Daniel Navarro, da Comissão de Turismo de Huelva, uma das regiões da Espanha.
"É claro que a procura por viagens para Madri cairá nos próximos meses. Mas esperamos que as viagens para o restante da Espanha não sejam tão afetadas", afirmou Klaus Laepple.
A aposta dos profissionais da área é de que o ataque a Madri, centro do poder político do país, preservará o fluxo para outras atrações do país, como a Andaluzia (sul da Espanha).
"Os atentados têm a ver com a política. É possível que haja uma queda no turismo, mas temos esperança de que isso não vai acontecer", disse Roser Cedo, representante da Catalunha, cuja capital é Barcelona, a segunda cidade mais importante do país.
Se ficar comprovado que os ataques foram realizados pela rede Al Qaeda, crescerá a possibilidade de que o turismo europeu, antes relativamente preservado, seja atingido.
Apesar das ameaças, ainda não há provas concretas de que a Al Qaeda tenha atingido a Europa até agora. Ontem, Itália, Portugal, França e Grécia adotaram medidas especiais de segurança.
Desde o 11 de Setembro, o temor de ataques terroristas atingiu a indústria de turismo em todo o mundo. Os atentados em Bali (2002) e Jacarta (2003), na Indonésia, reforçaram a crise.
Além disso, também contribuíram para a crise a epidemia de Sars (síndrome respiratória aguda grave) e, em menor grau, a recente gripe do frango, ambas surgidas na Ásia nos últimos dois anos.
Exatamente no momento em que os profissionais de turismo estavam esperançosos de que os problemas seriam superados, os atentados em Madri voltam a preocupar.
"Muitas pessoas começavam a se sentir menos preocupadas em viajar. Havia uma sensação de que o pior já havia passado", disse Mike Pina, porta-voz da Associação da Indústria de Viagens dos EUA. "Isso deixará as pessoas novamente nervosas."
Entre os turistas norte-americanos, a Espanha é o quinto país europeu mais visitado, atraindo apenas 4% dos 23 milhões de turistas do país que viajam para o exterior a cada ano.
"Isso poderia acontecer em qualquer lugar. A Espanha é bonita e não tenho medo", disse a alemã Rebecca Arndt, que pretende viajar para a Costa Brava, no sul do país, em duas semanas.
Indústria de turismo européia teme uma nova crise
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A indústria de turismo européia teme que os atentados terroristas em Madri afastem viajantes do continente, em especial os norte-americanos.
As conseqüências dos ataques de anteontem para o turismo internacional e, especialmente, europeu dominaram as discussões ontem na Feira Internacional de Turismo, que acontece em Berlim (Alemanha) e reúne 10 mil profissionais de cerca de 180 países.
A Espanha é o segundo principal destino de viajantes do mundo, atrás apenas da França.
Antes, os EUA atraíam mais turistas estrangeiros do que a Espanha, mas houve uma forte queda por conta dos atentados de 11 de setembro de 2001, do maior rigor na concessão de vistos e das medidas de segurança aplicadas nos aeroportos americanos.
"Será difícil falarmos sobre os ataques [em Madri]. Teremos de dizer: "Essa não é a verdadeira Espanha'", disse Daniel Navarro, da Comissão de Turismo de Huelva, uma das regiões da Espanha.
"É claro que a procura por viagens para Madri cairá nos próximos meses. Mas esperamos que as viagens para o restante da Espanha não sejam tão afetadas", afirmou Klaus Laepple.
A aposta dos profissionais da área é de que o ataque a Madri, centro do poder político do país, preservará o fluxo para outras atrações do país, como a Andaluzia (sul da Espanha).
"Os atentados têm a ver com a política. É possível que haja uma queda no turismo, mas temos esperança de que isso não vai acontecer", disse Roser Cedo, representante da Catalunha, cuja capital é Barcelona, a segunda cidade mais importante do país.
Se ficar comprovado que os ataques foram realizados pela rede Al Qaeda, crescerá a possibilidade de que o turismo europeu, antes relativamente preservado, seja atingido.
Apesar das ameaças, ainda não há provas concretas de que a Al Qaeda tenha atingido a Europa até agora. Ontem, Itália, Portugal, França e Grécia adotaram medidas especiais de segurança.
Desde o 11 de Setembro, o temor de ataques terroristas atingiu a indústria de turismo em todo o mundo. Os atentados em Bali (2002) e Jacarta (2003), na Indonésia, reforçaram a crise.
Além disso, também contribuíram para a crise a epidemia de Sars (síndrome respiratória aguda grave) e, em menor grau, a recente gripe do frango, ambas surgidas na Ásia nos últimos dois anos.
Exatamente no momento em que os profissionais de turismo estavam esperançosos de que os problemas seriam superados, os atentados em Madri voltam a preocupar.
"Muitas pessoas começavam a se sentir menos preocupadas em viajar. Havia uma sensação de que o pior já havia passado", disse Mike Pina, porta-voz da Associação da Indústria de Viagens dos EUA. "Isso deixará as pessoas novamente nervosas."
Entre os turistas norte-americanos, a Espanha é o quinto país europeu mais visitado, atraindo apenas 4% dos 23 milhões de turistas do país que viajam para o exterior a cada ano.
"Isso poderia acontecer em qualquer lugar. A Espanha é bonita e não tenho medo", disse a alemã Rebecca Arndt, que pretende viajar para a Costa Brava, no sul do país, em duas semanas.
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