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16/03/2004 - 05h22

Coalizão exorta Madri a manter tropa no Iraque

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da Folha de S.Paulo

A decisão do recém-eleito governo espanhol de retirar seus 1.300 soldados do Iraque levou os países da coalizão liderada pelos EUA a reafirmar seu compromisso com a aliança e a exortar a permanência espanhola, classificando-a como "crucial". Madri será o primeiro aliado de Washington a abandonar a coalizão.

O atual premiê espanhol, José María Aznar, apóia os EUA em sua guerra ao terror, mas os atentados que mataram ao menos 200 pessoas em Madri na última quinta-feira reverteram a tendência de voto e levaram a oposição à vitória. O futuro premiê, o socialista José Luis Rodríguez Zapatero, prometeu retirar suas tropas do Iraque até 30 de junho, quando o país reconquistará a soberania.

O presidente dos EUA, George W.Bush telefonou a Zapatero para parabenizá-lo pela vitória, mas, segundo o porta-voz da Casa Branca, Scott McClellan, os dois não debateram a retirada. Coube a outros representantes da coalizão comentar a questão.

"Os espanhóis estão se comportando heroicamente e são cruciais para o nosso trabalho aqui", disse o porta-voz da coalizão, Dan Senor. Segundo ele, dependem da Casa Branca e do Departamento de Estado as "negociações sobre o status da Espanha na coalizão".

A Polônia, que lidera 9.000 soldados de uma força multinacional no sul do Iraque, pediu que Madri revisse sua decisão. Ainda assim, Varsóvia se prontificou a assumir o comando da brigada Plus Ultra, que congrega tropas centro-americanas e hoje está sob batuta espanhola.

"Se ocorrer a retirada, estaremos prontos para assumir a liderança desse setor", disse o embaixador polonês na Otan, Jerzy Nowak. O premiê Leszek Miller também reiterou a adesão polonesa. "[Rever posições] seria o mesmo que admitir que os terroristas estão certos e são mais fortes do que todo o mundo civilizado", disse.

Compromisso semelhante foi feito por Itália, Holanda e República Dominicana. Analistas crêem que a decisão espanhola também não mudará a posição de países cuja população se opôs à guerra, como Reino Unido e Japão, mas cujos governos se mantêm alinhados a Washington.

Desde que Madri enviou tropas a Diwaniyah (sul), em agosto passado, 11 espanhóis morreram no Iraque. No incidente mais grave, em novembro, sete agentes da inteligência foram mortos em uma emboscada na região.

Ontem, um ataque da insurgência em Mossul (norte) matou três civis americanos que trabalhavam para uma ONG e feriu dois.

Com agências internacionais

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