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18/03/2004
-
09h26
da France Presse, em Viena
Uma ONG (organização não-governamental) européia provocou uma polêmica nesta quarta-feira, em Viena (Áustria), acusando a política repressiva das Nações Unidas contra o tráfico de drogas de favorecer o financiamento do terrorismo internacional.
Membros do Network of European Fondations (NEF) --uma organização européia que se propõe a promover novas idéias na luta contra as drogas-- disseram que proibindo e reprimindo o comércio das drogas, as Nações Unidas criam de fato um mercado negro muito rentável para os traficantes, geralmente vinculado às organizações terroristas.
"Este regime (de proibição) alimenta o terrorismo, pois lhe dá os meios financeiros, e prejudica a segurança internacional", declarou um membro da NEF, Sir Keith Morris, ex-embaixador do Reino Unido na Colômbia, durante uma entrevista à imprensa.
Morris falou à margem da 47ª sessão da Comissão da ONU sobre os entorpecentes, ao término de um simpósio organizado pelo Conselho de Senlis, um grupo de reflexão criado em 2002 pela NEF.
"O sistema não funciona, mas não é questionado na ONU, é um tabu", disse.
O diretor da Agência das Nações Unidas contra as drogas e o crime (UNODC), Antonio Maria Costa, citou depois dos atentados de Madri, na quinta-feira passada (11), os vínculos existentes entre o crime organizado, principalmente o narcotráfico, e as organizações terroristas.
Na terça-feira (16), Costa firmou um acordo de cooperação entre a UNODC e a organização européia de polícia, Europol, na luta contra o terrorismo.
Política antidroga da ONU alimenta terrorismo, diz ONG
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Uma ONG (organização não-governamental) européia provocou uma polêmica nesta quarta-feira, em Viena (Áustria), acusando a política repressiva das Nações Unidas contra o tráfico de drogas de favorecer o financiamento do terrorismo internacional.
Membros do Network of European Fondations (NEF) --uma organização européia que se propõe a promover novas idéias na luta contra as drogas-- disseram que proibindo e reprimindo o comércio das drogas, as Nações Unidas criam de fato um mercado negro muito rentável para os traficantes, geralmente vinculado às organizações terroristas.
"Este regime (de proibição) alimenta o terrorismo, pois lhe dá os meios financeiros, e prejudica a segurança internacional", declarou um membro da NEF, Sir Keith Morris, ex-embaixador do Reino Unido na Colômbia, durante uma entrevista à imprensa.
Morris falou à margem da 47ª sessão da Comissão da ONU sobre os entorpecentes, ao término de um simpósio organizado pelo Conselho de Senlis, um grupo de reflexão criado em 2002 pela NEF.
"O sistema não funciona, mas não é questionado na ONU, é um tabu", disse.
O diretor da Agência das Nações Unidas contra as drogas e o crime (UNODC), Antonio Maria Costa, citou depois dos atentados de Madri, na quinta-feira passada (11), os vínculos existentes entre o crime organizado, principalmente o narcotráfico, e as organizações terroristas.
Na terça-feira (16), Costa firmou um acordo de cooperação entre a UNODC e a organização européia de polícia, Europol, na luta contra o terrorismo.
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