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27/07/2006 - 00h00

Confira a íntegra do bate-papo com os correspondentes da Folha direto do Oriente Médio

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da Folha Online

Confira abaixo a íntegra do bate-papo com os jornalistas Marcelo Ninio, enviado especial ao Líbano, e Michel Gawendo, colaborador em Israel. Ninio falou diretamente de Beirute, Líbano, onde cobre os ataques de Israel. Gawendo participou do chat de Tzfat, região ao norte de Israel que vem sendo constantemente bombardeada pelo Hizbollah. O texto abaixo reproduz a forma como os participantes digitaram. Participaram do bate-papo 735 pessoas.

Bem-vindo ao Bate-papo com Convidados do UOL. Converse agora com os jornalistas Marcelo Ninio, enviado especial ao Líbano, e Michel Gawendo, colaborador em Israel, sobre o agravamento da crise no Oriente Médio. Ninio vai falar diretamente de Beirute, onde cobre os ataques de Israel. Gawendo vai participar de Tzfat, região ao norte de Israel que foi fortemente bombardeada pelo Hizbollah. Para enviar sua pergunta, selecione os nomes dos convidados no menu de participantes. É o primeiro da lista.

(02:59:05) Edinei SC fala para Marcelo Ninio: Boa tarde Marcelo

(02:59:31) Marcelo Ninio: Boa tarde a todos

(02:59:33) Marcelo Ninio: Boa tarde a todos

Folha Imagem
O jornalista Marcelo Ninio
O jornalista Marcelo Ninio

(02:59:48) JORNALISTA PUC fala para Marcelo Ninio: Tenho uma dúvida sobre as fazendas de Sheeba. Israel desocupou o Líbano em 2000, mas o Hezbollah afirma que esta área não foi desocupada e justifica muitos do seus ataques graças a ela. Esta informação é verdadeira? Gostaria de alguns esclarecimentos neste ponto.

Divulgação
O jornalista Michel Gawendo
O jornalista Michel Gawendo

(03:00:05) MichelGawendo: Boa tarde

(03:00:29) JORNALISTA PUC fala para MichelGawendo: Fala-se muito do lobby judaico nos EUA. Podemos falar da existência de um lobby árabe no mundo, graças ao poder econômico do petróleo?

AP
Médicos atendem mulher ferida em ataque aéreo de Israel em Tiro, no Líbano (ESQ); equipe de resgate carrega morto em ataque do Hizbollah em Haifa (DIR)
Médicos atendem mulher ferida em ataque aéreo de Israel em Tiro, no Líbano (ESQ); equipe de resgate carrega morto em ataque do Hizbollah em Haifa (DIR)

(03:01:39) Marcelo Ninio: Segundo a ONU, o território é da Síria, portanto não haveria justificativa para a reivindicação do Hizbollah. No entanto, a Síria diz que o território é libanês, o que reforça o argumento do Hizbollah

(03:01:57) MichelGawendo: JornalistaPUC: Sim, sem dúvida que o poder econômico do petróleo mantém organizações e pessoas que defendem seus interesses, que vão mundo além dos países árabes

(03:01:57) Luis-RJ fala para Marcelo Ninio: Marcelo, é verdade que o Hezbolá proibiu libaneses de abandonarem cidades do sul do Libano (para usá-los como escudos humanos)?

(03:02:16) kafta fala para MichelGawendo: Michel, em 2004, Israel trocou prisioneiros libaneses por restos mortais de soldados israelenses. O massacre de agora se justifica?

(03:03:42) MichelGawendo: kafta: a sua pergunta tem conteúdo político, e eu não represento governos, nem grupos. Pessoalmente, acho que nenhum ato de violência se justifica.

(03:03:59) José Armando fala para MichelGawendo: Olá, Michel. Você acha que esses números de mortes são oficiais? Para quantidade de ataques, a carnificina parecer ser muito maior.

(03:04:08) Marcelo Ninio: A afirmação de que civis estão sendo usados como escudos humanos é do Exército israelense. Não há informação confirmada aqui no Líbano de que isso seja verdade. O Hizbollah argumenta que Israel ataca deliberadamente áreas civis. Um dos motivos de haver tantas baixas civis é certamente o caráter do grupo xiita, que mistura atividades militares com civis

(03:04:13) Guimax fala para Marcelo Ninio: O presidente do Irã disse recentimente que uma tempestade se aproxima do oriente médio. Se o conflito não parar imediatamente Israel pode ser atacado pelos seus vizinhos árabes?

(03:05:17) Marcelo Ninio: Guimax, esse é um temor de todos na região e, suponho, no mundo, de que o conflito se amplie. POr enquanto não há indicação de que outros países se envolvam, além da retórica

(03:05:25) José Armando fala para Marcelo Ninio: Boa tarde, Marcelo. Como é o esquema de cobrtura do conflito. Existe uma estrutura para comportar os jornalistas, ou vocês estão por conta e risco?

(03:06:04) MichelGawendo: José Armando: acho que os números oficiais são bem próximos do real. Muitos civis fugiram das regiões atacadas. O único número desconhecido é o de guerrilheiros do Hizbollah mortos. O grupo não divulga

(03:06:16) Ivan fala para MichelGawendo: Michel, gostaria de saber se o hezbollah esta utilizando outros modelos de foguetes ate agora ou somente os katyusha? jah usaram algum rajaf-9 por ex?

(03:07:58) Marcelo Ninio: Boa tarde, José Armando. Não há nenhuma garantia para os jornalistas que estão nas áreas de combate mais intenso, como o sul do Líbano. Em Beirute, onde estou no momento, os ataques têm se restringido ao sul da capital, onde ficam os redutos do Hizbollah. Mas é óbvio que os jornalistas evitam os horários de ataques, que geralmente acontecem de madrugada e de menhã cedo

(03:07:58) Marcelo Ninio: Boa tarde, José Armando. Não há nenhuma garantia para os jornalistas que estão nas áreas de combate mais intenso, como o sul do Líbano. Em Beirute, onde estou no momento, os ataques têm se restringido ao sul da capital, onde ficam os redutos do Hizbollah. Mas é óbvio que os jornalistas evitam os horários de ataques, que geralmente acontecem de madrugada e de menhã cedo

(03:08:04) paty fala para MichelGawendo: michel, existe um culto à guerra no consciente coletivo em Israel?

(03:08:13) José Armando fala para Marcelo Ninio: Hoje os EUA disseram para a ONU para intervir. Isso pode deixar o conflito ainda mais tenso?

(03:08:58) MichelGawendo: Ivan: eu vi foguetes russos da família katyusha e fajr, de fabricação iraniana e chinesa. O Zilzal, de alcance maior, ainda não foi usado. No campo de batalha, o Hizbollah usa Sagger antitanque

(03:09:15) Marcelo Ninio: Não, acho que intervenção da ONU ou de qualquer parte considerada neutra pode ajudar na obtenção de um cessar-fogo

(03:09:27) Helio fala para Marcelo Ninio: É verdade que os países árabes tem muita influencia na Onu já que eles estão em grande gratidade e peso na organização?

(03:10:50) MichelGawendo: paty: Israel é um país militarizado, que já passou por guerras. O Exército é considerado uma necessidade.

(03:10:55) Du Leblon fala para MichelGawendo: Em relação ao norte do Líbano.. o mesmo já foi afetado? Tomei conhecimento através de amigos que foram para as cidades nas montanhas que a vida nas mesmas não foi alterada, inclusive a agitada vida noturna como restaurantes e boates continua efevervescendo ans montanhas durante o verão libânes.. até que ponto isso é verdade?

(03:11:49) Marcelo Ninio: Hélio, os países tem influência numérica na Assembléia Geral, mas as principais resoluções são tomadas no Conselho de Segurança, no qual os EUA têm usado seu poder de veto em favor de Israel. Ainda assim, o peso árabe acaba tendo influência na elaboração de condenações a Israel e na intensificação da retórica

(03:12:03) MichelGawendo: DuLeblon: o Ninio pode responder. Em Israel, abaixo de Haifa, a vida continua normal.

(03:12:19) zeze pergunta para Marcelo Ninio: ha perspectivas de eliminar os ativistas do hisbollah?

(03:12:34) lili fala para MichelGawendo: Michel, será que vai demorar muito para terminarmos esse conflito? Eu entendo por tudo que li que a guerra é entre o mundo ocidental e o terrorismo. O que vc acha?

(03:13:41) Marcelo Ninio: Du Leblon, a vida foi afetada em todo o país, mas é claro que no sul a situação é muito pior. Em algumas localidades ainda há vida noturna, mas até nelas o ritmo foi muito alterado

(03:14:59) MichelGawendo: lili: por enquanto não há sinais de cessar-fogo. Entendo que um dos elementos desta guerra é o conflito entre ocidente e terrorismo, mas apenas um deles. Religião, territórios são exemplos de outros.

(03:14:59) Marcelo Ninio: Zeze, acho muito difícil eliminar completamente o Hizbollah, pois além de um grupo militar, ele tem uma grande rede de assistência social e é um partido político que conta com grande apoio da população xiita do país

(03:15:05) Centauro fala para Marcelo Ninio: Há um clima de união em torno do Hisbolah por parte da população libanesa? Você percebe o risco iminente da entrada da Síria neste conflito?

(03:15:17) dirceu fala para MichelGawendo: Michel, a impressão que tenho, não é de conflito, mas de massacre, tamanha a disparidade das forças envolvidas. Como o governo de Israel justifica para seu povo, o assassinato de civis, notadamente crianças e agora até de observadores da Onu?

(03:17:09) Marcelo Ninio: Centauro, o apoio ao Hizbollah entre os xiitas, que já era grande, aumentou. Nas demais comunidades há uma sensação de que o mais importante é resistir à agressão estrangeira, o que certamente acaba também se traduzindo em apoio ao Hizbollah, que está na linha de frente dessa resistência

(03:18:02) MichelGawendo: dirceu: a percepção em Israel é de que o Hizbollah também é responsável pelas mortes de civis no Líbanos, por envolver a população no conflito. O governo de Israel repete que não tem intenção de matar civis, mas que neste tipo de conflito que está sendo travado, muitas vítimas são inocentes.

(03:18:02) Luiz Maia fala para Marcelo Ninio: Marcelo, Israel disse estar enfrentando um grupo organizado, e não como o Hamas. Vocês têm alguma informação de como ocorrem esses combates entre tanques e soldados israelenses contra a milícia do Hezbolah?

(03:18:09) Observador fala para MichelGawendo: Porque as matérias divulgadas pela mídia são tão parciais, sempre favoráveis à Israel? Até o assassinato dos observadores da ONU e de brasileiros foi minimizada pelos ilustres jornalistas...

(03:19:38) MichelGawendo: Observador: não tenho a mesma impressão que você. O julgamento de tendências na mídia é muito subjetivo.

(03:19:59) JORNALISTA PUC fala para MichelGawendo: Podemos considerar que um processo de paz entre israelesens, palestinos e o Líbano deveria ser mais amplo, envolvendo todo o mundo árabe?

(03:20:05) Marcelo Ninio: Luiz, os combates da infantaria até agora foram relativamente limitados, embora as baixas de Israel estejam aumentando. Como os combatentes do Hizbollah conhecem bem o terreno montanhoso e praticam uma guerra de guerrilha, conseguem algumas vitórias, mesmo diante de todo o poder bélico de Israel

(03:20:05) Abdo fala para Marcelo Ninio: Marcelo a população de Beirute consegue levar uma vida normal ou o país está paralisado?

(03:21:46) Marcelo Ninio: Abdo, a vida em Beirute não está normal, mas também não está paralisada. Nos primeiros dias a capital era uma cidade deserta, mas hoje já há muitas lojas abertas e as pessoas já saem mais. No sul de Beirute, no entanto, a situação é muito mais grave

(03:21:58) Alfred fala para Marcelo Ninio: Boa tarde Marcelo.A guerrilha libanesa Hizbollah está dando um 'hard time' para o Exército de Israel não é?

(03:22:12) MichelGawendo: JornalistaPUC: a idéia de um processo de paz amplo foi levantada algumas vezes nas últimas semanas. Mas não vejo possibilidade agora. Líbano e Israel talvez possam viver em paz fria, mas acho difícil um acordo entre Israel e Síria.

(03:22:44) Mike fala para MichelGawendo: Michel, como esta a situaçao exata na area de Tszat?? qts vezes por dia vcs ouvem a sirene?? eu estive no golan, numa base, por isso q to perguntando. e outra duvida, ouvi boatos de israel q o IDF está reabrindo bases no Golan e mandando tropas e muitos armamentos....vc tem alguma noticia sobre isso?

(03:23:30) Marcelo Ninio: Boa tarde, Alfred. Sem dúvida. Uma operação militar que deveria ser limitada e que já dura mais de duas semanas não indica facilidade.

(03:23:41) Igor2 fala para MichelGawendo: Por que a dificuldade tão grande de se criar um corredor humanitário para a retirada dos estrangeiros do Libano, já que estes nada têm a ver com o conflito?

(03:24:04) Luis-RJ fala para Marcelo Ninio: Marcelo, você acha que o Hezbolá, apoiado pelo Irã, é muito mais mortífero do que qualquer país árabe suprido pela URSS durante a guerra fria?

(03:24:52) MichelGawendo: Mike: o governo de Israel decidiu hoje convocar mais reservistas, mas sem mudar a estratégia no sul do Líbano. Aqui na região de Tzfat, a 10 km da fronteira, a sirene foi acionada cerca de 15 vezes hoje. Estou ouvindo o som de artilharia e de bombardeios no sul do Líbano

(03:26:12) Marcelo Ninio: É difícil comparar uma guerra entre Estados e entre um Estado e uma milícia, Luis. Mas sem dúvida o Hizbollah tem se mostrado bastante preparado

(03:26:27) MichelGawendo: Igor2: o cenário de qualquer guerra é caótico, por isso a dificuldade de criação de corredores humanitários. Mas pelo o que vi, a maioria dos estrangeiros conseguiu sair do Líbano. Depende muito da atuação de seus governos.

(03:26:33) Paz fala para Marcelo Ninio: Olá Marcelo. Voce considera realmente q o Hezbollah é um grupo terrorista? Ou vc acha q isso td pode ser uma manobra dos EUA para derrubar o crescimento do hezbollah e implantar um governo fantoche?

(03:26:55) estudante de ri fala para MichelGawendo: Michel, a Al Qaeda deu uma declaração hoje dizendo que "não ficará de braços cruzados" em relação aos ataques israelenses na Faixa de Gaza e no Líbano. A entrada deste grupo terrorista seria possível, agravando ainda mais a guerra, ou se trata apenas de um blefe para que Israel busque um acordo de paz?

(03:27:42) Marcelo Ninio: Paz, boa tarde. O Hizbollah cometeu ataques contra civis nos anos 80, mas hoje sua atuação tem características de uma guerrilha.

(03:28:06) Dahyl fala para Marcelo Ninio: Marcelo, boa tarde. Gostaria de saber de que lado a opinão pública do Líbano está no meio desse massacre, se existem alguns que culpam o Hizbollah pelo que está acontecendo.

(03:28:51) MichelGawendo: estudante de ri: a Al Qaeda é séria em suas declarações. O grupo é movido pelo ódio religioso, e suas afirmações não são pacifistas. Neste ponto, discordo do Ninio, acho que o Hizbollah é sim uma organização terrorista, com braços sociais e políticos.

(03:29:14) m_m fala para MichelGawendo: como é estar muito perto de uma artilharia em ação?

(03:29:14) David fala para MichelGawendo: Michel, você acha que este conflito durará ainda muito tempo? Será que foi bom Israel ter saído do Líbano em 2000, deixando o Hezbolah crescer?

(03:29:42) Marcelo Ninio: Dahyl, o foco da mídia no Líbano, assim como do público, está nos ataques que o país vem sofrendo. Mas há muita gente que, apesar de considerar desproporcional e injustificada a ação israelense, culpa o Hizbollah por deflagrar essa guerra

(03:30:07) 121_matheus fala para Marcelo Ninio: Marcelo,voce acha que a interferencia dos EUA poderia configurar um quadro de maior instabilidade do que a jah existente,com uma possivel reaçao ate mesmo do Ira,onde o Hezbollah tem sua "base"??

(03:30:33) MichelGawendo: m_m: é barulhento e é melhor usar protetores nos ouvidos.

(03:30:55) Sharon fala para MichelGawendo: Há muito tempo a população de Israel não apóia uma guerra, como agora. A morte dos soldados israelenses e o ataque à ONU estão abalando esse apoio ou ainda não?

(03:31:44) Marcelo Ninio: Matheus, isso depende do tipo de intervenção americdana. Se ela fosse baseada em uma mediação que fosse considerada equlibrada pelos dois lados, poderia ajudar a resolver a crise

(03:31:50) Cássio Ribeiro fala para Marcelo Ninio: Apenas completando o raciocínio do Sr. Marcelo Ninio, mesmo que os EUA tenham uma postura partidária favorável à Israel, a China que constitui uma nação com poder de voto no Conselho de Segurança tem um posicionamento contrário ao de Israel e favorável ao fim imediato da guerra. Vide a questão dos trabalhadores da ONU que foram atingidos recentemente. Creio que haviam chineses entre as quatro vítimas.

(03:32:33) MichelGawendo: Sharon: o consenso em Israel ainda é grande, mas 250 mil pessoas saíram de casa para fugir das bombas. As críticas vêm dos problemas internos, e não das ações exteriores.

(03:32:43) Código fala para MichelGawendo: eu gostaria de saber qual a real possibilidade de um Holocausto atômico em Jerusalém? e do início de uma possivel III guerra mundial?

(03:33:26) raquel fala para Marcelo Ninio: Como é que as familias do Libano estão fazendo para tentar se manter o mais seguras possivel desse conflito?

(03:34:35) MichelGawendo: Código: não acredito em Holocausto atômico. Mas sim na 3a guerra mundial, mas em formato distinto das 2 primeiras.

(03:35:02) Marcelo Ninio: Raquel, quem pode deixa as áreas atingidas pelos ataques, cujo principal foco é o sul do Líbano. Mas a integração das atividades militares do Hizbollah à sua ação civil tem tornado a vida dessas pessoas muito arriscada

(03:35:14) JORNALISTA PUC fala para MichelGawendo: Muitos falam que ação israelense foi desproporcional. O que seria uma retaliação proporcional?

(03:35:26) primo da rua bage fala para Marcelo Ninio: marcelo, em noticiarios e atraves da net, sabe-se de uma parcela da sociedade israelense que e contra o conflito que se trava na fronteira norte do pais. demonstram isso atraves de manifestacoes publicas. e no libano ou paises arabes conhce-se algum tipo de repudio a hizboalah? nao a no mundo arabe aqueles que enxergeum o mal que estes terroristas causam a este pais?

(03:37:33) Marcelo Ninio: Primo da rua bage, há repúdio ao Hizbollah, mas ele não é manifestado publicamente com freqüência. primeiro, porque a maioria da população acha que o momento é de união contra Israel. Segundo, por medo de retaliação do Hizbollah, que afinal de contas é o grupo armado mais poderoso do país

(03:37:41) MichelGawendo: JORNALISTAPUC: Desde 2000, quando encerrou a ocupação do sul do Líbano, vinha reagindo com ataques localizados a bases do Hizbollah. Segundo o governo de Israel, a reação é proporcional ao tamanho da ameaça do Hizbollah para o Oriente Médio.

(03:37:58) Raphael fala para Marcelo Ninio: Olá, gostaria de saber qual está sendo a repercussão acerca dos assassinatos que israel cometeu contra os agentes da ONU que estavam no libano

(03:38:09) Yanes H fala para MichelGawendo: Pelo que se vê em entre linhas: o terror é financiado por dinheiro ofertado pelas comunidades do mundo e este dinheiro é desviado para treinar e fornecer aramas ao terror. Se estancar isto, não é um meio de parar?

(03:39:15) Marcelo Ninio: Olá Raphael. A repercussão aqui no Líbano foi enorme, assim como no resto mundo. A diferença é que aqui a maioria acha que Israel agiu de forma deliberada, enquanto no resto do mundo, suponho, as opiniões estão mais divididas.

(03:39:51) Luiz Maia fala para Marcelo Ninio: Apareceram imagens de iranianos embarcando para lutar ao lado do Hizbollah. Há indícios de que pessoas de outros países estejam engrossando a fileira do Hezbollah?

(03:40:03) Marcelo Ninio: Luiz Maia,

(03:40:06) MichelGawendo: YanesH: sem dúvida. O corte do financiamento é uma das maneiras de combater o terror. Mas isso é difícil, porque grupos radicais têm muitos caminhos para conseguir dinheiro, legais e ilegais.

(03:40:51) Marcelo Ninio: Luiz Maia, essas informações também circulam aqui, mas não há provas ainda de participacão estrangeira

(03:40:51) bibiano fala para MichelGawendo: gostaria de saber se voçes tem o numero de brasileiros mortos nesse conflito?:

(03:41:01) Angelo_Real fala para Marcelo Ninio: e entre os sunitas e os cristãos como está a situação?! Existe risco de guerra civil no pós guerra?!

(03:42:01) MichelGawendo: bibiano: são 8 brasileiros mortos no Libano. Em Israel não há registro.

(03:42:12) Marcelo Ninio: Angelo, o equilibrio político-religioso aqui é muito frágil, portanto o risco de guerra civil torna-se latente num momento de conflito como esse. Por enquanto, porém, acho ele pouco provável

(03:42:18) JORNALISTA PUC fala para MichelGawendo: O Hezbollah e o Hamas fizeram ataques coordenados? Isto faria parte de uma união dos árabes extremistas da região pelo fim de Israel?

(03:42:46) BOLASET pergunta para Marcelo Ninio: Você não acha que a morte de civis por parte de Israel no Líbano, não é devido o Hisbolar se infiltrar na população, ao invés de ir para o campo de Batalha?

(03:43:26) MichelGawendo: JORNALISTAPUC: Hamas e Hizbollah têm agendas conjuntas, mas também interesses regionais e particulares. Israel afirma que o Hizbollah ajuda no treinamento e no financiamento do Hamas, mas não há provas.

(03:43:55) Marcelo Ninio: BOLASET, pela característica do grupo, o campo de batalha do Hizbollah são as cidades onde atua politicamente. Por isso é difícil separar população civil de combatentes e por esse motivo também há tantas mortes de civis

(03:44:19) Moshe fala para MichelGawendo: Há dias atras vimos pela televisao um grande objeto em chamas caindo nos ceus de Beirute,o Mounir Safatly,da globo,imediatamente informou ser um aviao israelense,depois li na internet que era um missil Zilzal? Era ou nao?

(03:45:04) Nena fala para Marcelo Ninio: Porque algumas pessoas insistem em continuar nas zonas de conflito? a impressao que se tem é que elas temem mais sair de suas casas do que ficar a merce dos bombardeios...... até que ponto isso é verdade?

(03:45:19) MichelGawendo: Moshe: não era um avião israelense. O Exército de Israel disse que foi um míssil Zilzal, ou outro de longo alcance, atingido antes de ser lançado.

(03:46:01) Paz fala para MichelGawendo: Me explica o seguinte. Entao qualquer grupo que se opor ao EUA e Israel é considerado terrorista? porque pelo que eu saiba O Hezbollah foi criado para defender o Libano de invasoes e massacres injustificáveis e pelo fato do libano ter um exercito muito fraco.

(03:47:19) MichelGawendo: PAZ: Não. Nem odos os grupos adversários dos Estados Unidos e de Israel são terroristas. Mas alguns são.

(03:47:19) estudante de ri fala para Marcelo Ninio: Marcelo, uma zona-tampão neutra, controlada por agentes internacionais, nos moldes mackinderianos, seria uma boa solução para o conflito, ou seria apenas uma medida paliativa, visando ao fim imediato e protelando a paz??

(03:47:37) Rose fala para MichelGawendo: O Hizbollah ainda é formado apenas por jovens?

(03:47:49) Marcelo Ninio: Nena, muitas pessoas saíram das áreas de conflito, o númerod e deslocados pelo país chega a quase um milhão. Quem ficou é por solidariedade ou por dificuldade em se deslocar

(03:48:46) MichelGawendo: Rose: os soldados do Hizbollah são jovens, mas a liderança militar, a rede social e política, não.

(03:48:46) Junnior River fala para Marcelo Ninio: É satisfatória a ação do Governo Brasileiro no atendimento ao Patriotas que estão no Líbano?

(03:48:46) Marcelo Ninio: estudante de ri, é uma solução paliativa, mas no momento é a melhor que existe para interromper os combates

(03:48:46) atenta pergunta para MichelGawendo: quais os grupos adversários dos EUA e Israel que não são considerados terroristas?

(03:51:12) Marcelo Ninio: Junnior River, a julgar pelas queixas de brasileiros que buscaram a ajuda do Embaixada, a ação não foi tão satisfatória. Mas é bom lembrar as dificuldades em montar uma operação como essa. Entre os problemas encontrados estava a falta de ônibus e o seu alto pre;co, já que muitos outros países tentaram retirar seus cidadãos do país

(03:51:45) MichelGawendo: atenta: uma das principais dificuldades da guerra moderna é definir 'terrorismo'. Partidos políticos não são terroristas. O governo do Brasil é adversário político dos EUA e de Israel, mas não é terrorista, por exemplo.

(03:51:51) Argentino 38 fala para Marcelo Ninio: O povo de Israel, esta na sua maioria de que lado?..acha que os ataques estão justificados ou não?

(03:52:02) JORNALISTA PUC fala para MichelGawendo: Até que ponto podemos considerar o Hezbollah anti-semita, além dele ser anti-sionista?

(03:52:44) Marcelo Ninio: Argentino, acho que o Gawendo pode responder melhor a sua pergunta, mas pelo que venho acompanhando pela imprensa, o apoio é muito grande à ofensiva

(03:53:12) Socialista fala para MichelGawendo: Você acha que Hugo Chavez poderá tomar atitudes contra o governo Israelense para obter apoio dos países árabes para poder a Venezuela entrar no Cnoselho de Segurança e se tornar uma dor de cabeça ao governo BUSH e as suas relações com Israel, que já não são muito boas?

(03:53:18) MichelGawendo: JORNALISTAPUC: o objetivo declarado do Hizbollah é a destruição de Israel. Portanto, anti-semita.

(03:53:37) Bezerra fala para Marcelo Ninio: O que os EUA está fazendo para ajudar os cívis?

(03:54:45) Marcelo Ninio: Bezerra, os EUA montaram uma grande operação de retirada para seus cidadãos no país. Quanto à ajuda aos civis libaneses, ela é limitada à ação das agências da ONU

(03:54:45) MichelGawendo: Socialista: acho muito difícil a Venezuela entrar no Conselho de Segurança e atrapalhar as relações entre Estados Unidos e Israel. Hugo Chávez tem carisma, mas não tem peso político suficiente.

(03:54:51) Argentino 38 fala para Marcelo Ninio: Como os Israelitas justificam as enormes diferenças em numero de baixas de ambos os lados?...não configura uma reação exagerada?

(03:55:04) Socialista fala para MichelGawendo: Você acha que pode aumentar visivelmente o número de atentados suicidas contra Israel e EUA devido a esse conflito, podendo surgir os chamados mártires que farão a chamada Jihad, com o qual poderá desestabilizar a segurança dos países do Ocidente aliados dos EUA e Israel?

(03:55:54) Marcelo Ninio: Argentino, os israelenses afirmam que o Hizbollah usa civis como escudos humanos. O Hizbollah nega.

(03:57:05) MichelGawendo: Socialista: acho que os atentados suicidas já provocaram mudanças nas sociedades democráticas nos últimos anos. A tática divide a sociedade e coloca os governos em dilemas morais. Acho que o número de atentados não vai aumentar devido ao conflito atual. Vai apenas continuar crescendo, devido a uma briga mais ampla.

(03:57:11) Lia fala para Marcelo Ninio: Olá Michel. Como Israel é recebe diversos peregrinos de vários países, como está atualmente....tem peregrinos chegando na Terra Santa?

(03:57:44) zahar pergunta para MichelGawendo: Acuado no Oriente Medio, o Hezbolah pode estender seus ataques a judeus fora de israel, por exemplo, no Brasil?

(03:57:50) Marcelo Ninio: Lia, essa eu deixo para o nosso repórter na Terra Santa

(03:58:07) andré fala para Marcelo Ninio: Vcs acreditam que as declarações do lider da Al Qaeda irá ter alguma consequência ainda nesse período de ataques??

(03:59:10) MichelGawendo: Lia: não há peregrinos nas cidades da Galiléia, como Tiberíades e Nazaré. Os hotéis estão vazios e as viagens foram canceladas. Em Jerusalém, o turismo caiu um pouco, mas só um pouco.

(03:59:38) MichelGawendo: zahar: há ameaças de atentados contra alvos judaicos e israelenses no mundo inteiro, sim.

(03:59:53) MichelGawendo: obrigado, espero que tenham aproveitado. boa tarde!

(03:59:59) Marcelo Ninio: André, acho que não terá nenhuma conseqúência militar, mas pode inflamar as populações de países árabes contra Israel e aumentar a radicalização na região. Acho que é essa a intenção da Al Qaeda

(04:00:17) Marcelo Ninio: Obrigado pela participação. Um abraço a todos

(04:00:24) Adriana/UOL: O Bate-papo UOL agradece a presença de Michel Gawendo e Marcelo Ninio e de todos os internautas. Até o próximo!

 

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