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23/03/2004 - 19h58

Israel ameaça líderes palestinos e ataca alvo no Líbano

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da Folha Online

Israel disse hoje que todos os líderes militantes palestinos estão em sua mira, um dia depois que assassinou o fundador e líder espiritual do grupo extremista islâmico Hamas, xeque Ahmed Yassin, em um ataque com mísseis na Cidade de Gaza. Mais tarde, israelenses atacaram alvos no sul do Líbano, após disparos de mísseis palestinos contra Israel a partir do território libanês, informou a polícia libanesa.

Um helicóptero israelense disparou às 22h10 (17h10 em Brasília) um míssil no vale de Wadi al Sluki e outros dois helicópteros dispararam tiros de metralhadoras na região do vale e dos povoados de Chakra e Majdel Selm, no sul do Líbano. Um palestino teria morrido e outro teria ficado ferido no ataque, segundo a agência de notícias France Presse. Segundo a agência de notícias Reuters, dois palestinos morreram.

O Exército de Israel, no entanto, disse que os palestinos não chegaram a disparar contra Israel. Eles estariam preparando um ataque quando as forças israelenses os atacaram, diz um comunicado militar.

Ontem, a aviação israelense já havia bombardeado os arredores da vila libanesa de Kfarchouba, na fronteira com Israel, após do Hizbollah [grupo extremista islâmico libanês que recebe apoio sírio e iraniano] contra a zona das fazendas de Chebaa, ocupada por Israel.

Ameaça

Israel disse hoje que todos os líderes militantes palestinos estão em sua mira.

"Qualquer um na faixa de Gaza ou na Cisjordânia ou em qualquer lugar envolvido com um grupo terrorista sabe por ontem que não há impunidade", afirmou o ministro da Segurança Interna israelense, Tsahi Hagegbi. "Todos estão na nossa mira."

"Não há imunidade para ninguém. E isso significa qualquer um até a última pessoa", declarou.

Hanegbi não deu nenhum nome, mas disse que a lista de líderes militantes marcados para morrer incluía "aqueles que aparecem na TV", uma referência velada a Abadel al Rantissi e Mahmoud al Zahar, importantes autoridades do Hamas.

Rantissi e Zahar falam inglês e freqüentemente dão entrevistas a redes de TV árabes e estrangeiras.

Yassin, 67, paraplégico, morreu ontem durante um ataque de helicópteros pouco depois das 5h (0h em Brasília) quando saía de cadeira de rodas, empurrada por dois seguranças, de uma mesquita do bairro de Sabra, em Gaza.

Um helicóptero israelense disparou três foguetes contra ele e seus guarda-costas. O ataque provocou outras sete mortes e deixou mais 15 feridos, incluindo dois dos três filhos do líder fundamentalista.

Autoridades israelenses disseram que o assassinato é o início de uma guerra contra militantes islâmicos. O Hamas reivindicou a autoria da maioria dos atentados antiisraelenses dos últimos anos.

Membros do Hamas prometeram "levar a morte para cada casa israelense" para se vingar da morte de Yassin.

Gaza

Hoje, embarcações da Marinha israelense abriram fogo contra a costa da Cidade de Gaza, segundo testemunhas.

O alvo do ataque em Gaza não foi informado.

Membros das forças de segurança palestinas disseram que não há informações sobre mortos ou feridos e que duas embarcações e um helicóptero israelenses estavam na área de Gaza. Os alvos seriam barcos de pesca e instalações costeiras palestinas.

O Exército israelense não comentou a operação.

Com agências internacionais

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