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Conselho da ONU sugere que Israel pague indenização a palestinos
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Colaboração para a Folha Online
Israel deveria pagar indenização aos palestinos por perdas e danos sofridos na guerra do último ano na faixa de Gaza, sugeriu nesta quinta-feira o Conselho de Direitos Humanos da ONU (Organização das Nações Unidas). O grupo, formado por 47 países e com sede em Genebra, não pediu pagamentos similares por parte dos palestinos.
O embaixador israelense Aharon Leshno-Yaar disse que a decisão é enviesada e difamatória, e não ajudaria em nada na reaproximação de palestinos e israelenses.
A proposta, do Paquistão, foi apoiada nesta quinta-feira por uma maioria de 29 votos. Foram seis votos contrários --dos Estados Unidos e mais cinco países europeus-- e 11 abstenções. Um país, o Gabão, não votou.
O Conselho, na prática, é dominado por um bloco de países em desenvolvimento, no qual a Organização da Conferência Islâmica tem forte influência, e que obtém rotineiramente o apoio de China, Rússia e Cuba.
A resolução também sugere que o Comitê Internacional da Cruz Vermelha investigue o suposto uso de fósforo branco por Israel no conflito de três semanas, que acabou em janeiro de 2009. O uso do composto é proibido pelas leis internacionais.
Outras resoluções
Na última quarta-feira (24), o Conselho também aprovou três outras resoluções condenando Israel por suas políticas nos territórios sírios e palestinos sob ocupação. . Os Estados Unidos votaram contra as três.
Uma das resoluções sobre as 'graves violações dos direitos humanos' cometidas por forças israelenses exigia o fim da ocupação nos territórios palestinos capturados na guerra de 1967 e o fim das agressões contra civis palestinos e o seu patrimônio cultural.
O texto, aprovado por 31 votos a nove, com sete abstenções, pede também o fim de todas as operações militares em terras palestinas e a suspensão do bloqueio econômico à faixa de Gaza.
Os Estados Unidos e a União Europeia (UE), cujos sete integrantes do Conselho costumam votar em uníssono, se opuseram, por considerar a resolução desequilibrada.
Outra resolução diz que Israel deve parar de fazer construções em todos os assentamentos em territórios ocupados, além de tomar medidas para desocupar os já existentes. Nesse caso, foram 45 votos favoráveis, já que a União Europeia aderiu, e só os EUA mantiveram sua oposição.
O terceiro documento condena Israel pelo que diz serem violações sistemáticas de direitos humanos nas colinas do Golã, um território sírio sob ocupação. Os EUA votaram 'não' e 15 países, inclusive os da UE, se abstiveram.
Os EUA, que atualmente têm atritos com Israel por causa da ampliação dos assentamentos judaicos, disseram no Conselho que as três resoluções não contribuem para a paz no Oriente Médio.
A delegação norte-americana afirmou ainda que o Conselho continua sendo usado como plataforma para atacar Israel, enquanto violações em outros países permanecem ignoradas.
O Reino Unido, que na última terça-feira (23) expulsou um diplomata israelense suspeito de envolvimento em um caso de falsificação de passaportes britânicos, votou a favor das resoluções relativas aos direitos dos palestinos e ao fim dos assentamentos, mas se absteve no caso de Golã.
Com Associated Press e Reuters
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