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07/04/2004
-
16h22
da Folha Online
Os ataques realizados por marines (fuzileiros navais) americanos contra uma mesquita em Fallujah, a 50 km oeste da capital Bagdá, nesta quarta-feira, foram feitos com a utilização de mísseis e bombas de 225 kg guiadas a laser, de alto poder de destruição. De acordo com testemunhas, cerca de 40 pessoas teriam morrido no ataque.
Os marines travaram um confronto de seis horas em um local próximo à mesquita. Segundo o marine tenente-coronel Brennan Byrne, um helicóptero Cobra lançou um míssil na base da torre da mesquita e um F-16 soltou uma bomba.
Ainda de acordo com Byrne, o confronto teria começado quando um veículo da Marinha foi atingido por uma explosão, provavelmente provocada por uma granada, ferindo cinco marines. Testemunhas afirmaram que o ataque aconteceu quando pessoas se reuniram para as orações da tarde.
Bombardeios
Marines americanos bombardearam nesta quarta-feira uma mesquita em Fallujah, a oeste da capital Bagdá. De acordo com testemunhas, cerca de 40 pessoas morreram no ataque.
As informações foram divulgadas pelas agências de notícias Associated Presse e France Presse. Até o momento os EUA não confirmaram as mortes. Ontem um ataque matou 12 marines em Ramadi (oeste de Bagdá).
No ataque de hoje, um helicóptero teria lançado três mísseis contra a mesquita Abdul Aziz al Samarrai, destruindo parte do muro que a cercava. O bombardeio não causou danos à construção principal.
Um repórter da Associated Press também disse ter visto corpos de pessoas mortas e feridas sendo transferidos do local.
Nesta quarta-feira, batalhas entre guerrilhas xiitas e membros da coalizão continuaram acontecendo em várias frentes. Os confrontos já causaram a morte de 35 soldados da coalizão e mais de 160 iraquianos desde domingo.
Perdas
Ontem um ataque em Ramadi, 110 km a oeste de Bagdá, matou 12 marines americanos, no que se transformou em uma das mais custosas baixas para os EUA desde o início da Guerra do Iraque, em 20 de março de 2003.
A Casa Branca disse que tais baixas [dos marines] não vão enfraquecer a determinação americana no país: "Nossa resolução é firme, não pode ser abalada e nós vamos vencer", disse o porta-voz Scott McClellan.
Moqtada al Sadr, 30, contrário à presença americana no Iraque, vem tentando persuadir os xiitas a incrementar os ataques contra a coalizão e angariar novos membros que possam aderir à "luta anti-EUA".
Em três dias de luta em Bagdá (capital) e, até o momento, em outras seis cidades no centro e no sul do país, a milícia armada Al Mahdi, que apóia Al Sadr, mostra-se como a mais poderosa e mais bem organizada força de ataque contra a coalizão até agora.
Ameaça
As forças de coalizão lideradas pelos Estados Unidos no Iraque jurou "destruir" a milícia armada Al Mahdi, que apóia o líder xiita Moqtada al Sadr. Eles estão em confrontos há quatro dias em várias cidades do Iraque.
"Vamos atacar a milícia armada Mahdi para destruí-la. Nossas operações de ofensiva serão precisas, poderosas e terão êxito", afirmou o general americano Mark Kimmitt, chefe adjunto das operações militares da coalizão, em uma entrevista coletiva em Bagdá.
A milícia armada Al Mahdi enfrenta desde domingo as forças da coalizão em combates que provocaram a morte de mais 160 iraquianos e 30 americanos, assim como centenas de feridos.
"Sabemos cada vez mais sobre Al Mahdi, como opera, onde opera e contra quem", precisou o general Kimmitt. O oficial americano também acrescentou que a calma não voltará ao Iraque até que Al Sadr se renda.
"Se Al Sadr quiser reduzir a violência e acalmar as coisas, pode fazê-lo. Pode se render na delegacia local e comparecer perante a justiça", afirmou.
Na segunda-feira (5), a administração americana no Iraque ordenou a prisão de Al Sadr, considerado um "fora da lei" pelo administrador americano Paul Bremer. Al Sadr se disse "orgulhoso" por tal declaração e afirmou, por meio de um porta-voz, que "nunca" será capturado pela coalizão.
Com agências internacionais
Especial
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EUA usam bombas de alto poder de destruição em ataque no Iraque
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Os ataques realizados por marines (fuzileiros navais) americanos contra uma mesquita em Fallujah, a 50 km oeste da capital Bagdá, nesta quarta-feira, foram feitos com a utilização de mísseis e bombas de 225 kg guiadas a laser, de alto poder de destruição. De acordo com testemunhas, cerca de 40 pessoas teriam morrido no ataque.
Os marines travaram um confronto de seis horas em um local próximo à mesquita. Segundo o marine tenente-coronel Brennan Byrne, um helicóptero Cobra lançou um míssil na base da torre da mesquita e um F-16 soltou uma bomba.
Ainda de acordo com Byrne, o confronto teria começado quando um veículo da Marinha foi atingido por uma explosão, provavelmente provocada por uma granada, ferindo cinco marines. Testemunhas afirmaram que o ataque aconteceu quando pessoas se reuniram para as orações da tarde.
Bombardeios
Marines americanos bombardearam nesta quarta-feira uma mesquita em Fallujah, a oeste da capital Bagdá. De acordo com testemunhas, cerca de 40 pessoas morreram no ataque.
As informações foram divulgadas pelas agências de notícias Associated Presse e France Presse. Até o momento os EUA não confirmaram as mortes. Ontem um ataque matou 12 marines em Ramadi (oeste de Bagdá).
No ataque de hoje, um helicóptero teria lançado três mísseis contra a mesquita Abdul Aziz al Samarrai, destruindo parte do muro que a cercava. O bombardeio não causou danos à construção principal.
Um repórter da Associated Press também disse ter visto corpos de pessoas mortas e feridas sendo transferidos do local.
Nesta quarta-feira, batalhas entre guerrilhas xiitas e membros da coalizão continuaram acontecendo em várias frentes. Os confrontos já causaram a morte de 35 soldados da coalizão e mais de 160 iraquianos desde domingo.
Perdas
Ontem um ataque em Ramadi, 110 km a oeste de Bagdá, matou 12 marines americanos, no que se transformou em uma das mais custosas baixas para os EUA desde o início da Guerra do Iraque, em 20 de março de 2003.
A Casa Branca disse que tais baixas [dos marines] não vão enfraquecer a determinação americana no país: "Nossa resolução é firme, não pode ser abalada e nós vamos vencer", disse o porta-voz Scott McClellan.
Moqtada al Sadr, 30, contrário à presença americana no Iraque, vem tentando persuadir os xiitas a incrementar os ataques contra a coalizão e angariar novos membros que possam aderir à "luta anti-EUA".
Em três dias de luta em Bagdá (capital) e, até o momento, em outras seis cidades no centro e no sul do país, a milícia armada Al Mahdi, que apóia Al Sadr, mostra-se como a mais poderosa e mais bem organizada força de ataque contra a coalizão até agora.
Ameaça
As forças de coalizão lideradas pelos Estados Unidos no Iraque jurou "destruir" a milícia armada Al Mahdi, que apóia o líder xiita Moqtada al Sadr. Eles estão em confrontos há quatro dias em várias cidades do Iraque.
"Vamos atacar a milícia armada Mahdi para destruí-la. Nossas operações de ofensiva serão precisas, poderosas e terão êxito", afirmou o general americano Mark Kimmitt, chefe adjunto das operações militares da coalizão, em uma entrevista coletiva em Bagdá.
A milícia armada Al Mahdi enfrenta desde domingo as forças da coalizão em combates que provocaram a morte de mais 160 iraquianos e 30 americanos, assim como centenas de feridos.
"Sabemos cada vez mais sobre Al Mahdi, como opera, onde opera e contra quem", precisou o general Kimmitt. O oficial americano também acrescentou que a calma não voltará ao Iraque até que Al Sadr se renda.
"Se Al Sadr quiser reduzir a violência e acalmar as coisas, pode fazê-lo. Pode se render na delegacia local e comparecer perante a justiça", afirmou.
Na segunda-feira (5), a administração americana no Iraque ordenou a prisão de Al Sadr, considerado um "fora da lei" pelo administrador americano Paul Bremer. Al Sadr se disse "orgulhoso" por tal declaração e afirmou, por meio de um porta-voz, que "nunca" será capturado pela coalizão.
Com agências internacionais
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