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07/04/2004 - 17h17

Três suspeitos podem ter escapado de explosão suicida em Madri

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da Folha Online

A polícia espanhola procura três extremistas islâmicos que teriam escapado da explosão que matou sete suspeitos de participação nos ataques de 11 de março e um policial, no último sábado, no subúrbio de Leganés, em Madri.

De acordo com a polícia, os três suspeitos já estavam sendo procurados e tinham ligações com os sete militantes islâmicos radicais que se suicidaram detonando uma bomba no apartamento em Leganés.

O juiz que investiga os ataques de 11 de março em Madri, que deixaram 191 mortos e cerca de 1.500 feridos, acusou formalmente mais dois suspeitos nesta quarta-feira. A polícia espanhola já deteve 18 pessoas, a maioria delas de Marrocos.

Os dois últimos suspeitos mandados para a prisão são acusados de pertencerem a um grupo terrorista, informaram as autoridades judiciais que investigam o caso. Um outro suspeito foi preso na terça-feira, afirmou hoje um porta-voz do Ministério do Interior, sem dar mais detalhes sobre a prisão.

Mesmo com o ritmo acelerado das investigações, as autoridades de segurança da Espanha estão em estado de alerta, depois que um novo ataque a uma linha de trem foi desarticulado na última sexta-feira.

Junto com os corpos dos sete terroristas que se suicidaram detonando uma bomba, no sábado, fora encontrados dinheiro, documentação, mapas, explosivos e material "suficiente para preparar um novo 11 de março", segundo autoridades judiciais. A polícia acredita que uma série de atentados estava sendo planejada para a Semana Santa.

O Ministério do Interior espanhol confirmou a conclusão da busca de indícios entre os escombros do apartamento.

Atentado suicida

No último sábado, supostos terroristas detonaram explosivos dentro de um apartamento no bairro de Leganés, em Madri. A polícia fazia uma ação em busca de supostos terroristas. A explosão destruiu as paredes laterais dos dois primeiros andares do prédio.

Antes de se suicidar, os militantes teriam se colocado "em círculo, ao redor de um deles que usava, preso ao seu corpo, um cinto artesanal" carregado com explosivos.

Dos sete corpos encontrados no local, apenas quatro foram identificados, o do tunisiano Serhan ben Abdejmajid Fakhet, apelidado de "o tunisiano", considerado o "cérebro" dos atentados; o marroquino Jamal Ahmidan, apelidado "o chinês", considerado o chefe de operações do grupo; o marroquino Abdennabi Kunjaa, apelidado "Abdallah" e Asri Rifaat Anuar.

Conselho islâmico

O chefe da Associação de Trabalhadores Imigrantes Marroquinos em Madri, Mustafa Mirabat, defendeu a criação de um conselho para supervisionar as mesquitas e atividades de líderes muçulmanos como uma forma de combater os extremistas que incitam a violência no país.

"Algumas mesquitas são usadas por extremistas para incitar a violência e eles só vão adotar um tom moderado quando souberem que estão sendo vigiados", afirmou Mirabat. "Todas as mesquitas na Espanha devem ser transparentes, afinal não estamos falando de casas particulares, mas de locais de culto", acrescentou.

Mirabat disse que vai pedir ao futuro governo do socialista Jose Luis Rodriguez Zapatero que monte um conselho islâmico nos moldes do Conselho Francês da Fé Muçulmana, criado em 2003 para melhorar o diálogo entre o Estado francês e os líderes muçulmanos.

Com agências internacionais

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