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Obama diz querer relação positiva com a China; Pequim sinaliza aproximação
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da Folha Online
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse ao novo embaixador da China em Washington que quer "desenvolver ainda mais" uma relação positiva com o país asiático. Horas depois, as declarações renderam um elogio de Pequim, que disse querer uma reaproximação com os EUA, após o esfriamento das relações por tensões sobre venda de armas a Taiwan e sanções ao Irã.
"O presidente enfatizou a necessidade de Estados Unidos e China trabalharem juntos e com a comunidade internacional em questões globais críticas, incluindo a não-proliferação e a busca do crescimento sustentável e equilibrado", afirma o comunicado divulgado pelo porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs.
Obama recebeu nesta segunda-feira as credenciais do embaixador chinês Zhang Yesui.
Horas depois, o porta-voz da chancelaria chinesa, Qin Gang, indicou que o regime local quer baixar o tom. "A China aprecia a posição positiva do presidente Obama e do subsecretário de Estado Steinberg na promoção das relações China-EUA", disse Qin a jornalistas em Pequim.
Ele não citou detalhes do encontro da véspera, mas disse que o governo "levou a sério a reiteração por parte dos EUA dos seus compromissos por princípio nas questões de Taiwan e Tibete".
China e EUA têm vivido uma fase de atritos por conta de questões como o controle chinês sobre a internet, a venda de armas dos EUA a Taiwan e o recente encontro de Obama com o líder espiritual do Tibete, o dalai-lama.
Os EUA também se queixam de que a China mantém sua moeda, o iuan, artificialmente desvalorizada, barateando seus produtos de exportação. A China tem reagido com irritação a essas acusações, causando preocupação nos mercados.
A China pleiteia a reintegração de Taiwan e diz combater um movimento separatista no Tibete. Os EUA pedem a Pequim que resolva as duas disputas por meio do diálogo.
"Recentemente, houve turbulências gratuitas nas relações China-EUA, e isso não atende aos nossos interesses bilaterais comuns", afirmou Qin.
"[Manter] saudáveis as relações China-EUA atende aos interesses fundamentais de ambos os nossos países e dos seus povos, e é benéfico para a paz, a estabilidade e a prosperidade da região Ásia-Pacífico e do mundo", afirmou.
Qin não disse, no entanto, se o presidente Hu Jintao irá à cúpula nuclear convocada por Obama para os dias 12 e 13 de abril.
No dia 15, o Departamento do Tesouro deve divulgar um relatório rotulando a China como "manipuladora cambial". A eventual ausência de Hu no evento nuclear poderá ser vista como uma reação antecipada a tal crítica.
Com Reuters e France Presse
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