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11/04/2004
-
17h12
da France Presse, em Buenos Aires
O ex-presidente argentino Carlos Menem (1989-99), 73, disse hoje que não irá cumprir uma ordem judicial para se apresentar à Justiça na próxima terça-feira.
Ele foi convocado a prestar esclarecimentos sobre as acusações de que teria cometido uma administração fraudulenta no período em que esteve no comando do país.
A decisão de Menem pode fazer com que a Justiça argentina emita uma ordem de prisão internacional contra ele, que já havia se recusado a participar uma outra audiência, em março deste ano.
O ex-presidente argentino afirmou que não irá se apresentar à Justiça argentina porque "acha que não tem garantias de contar com um julgamento justo". Seu caso está sendo analisado pelo juiz Jorge Urso.
Menem fez as declarações à imprensa de Santiago, no Chile, onde vive com sua mulher, a chilena Cecilia Bolocco e o filho de cinco meses.
O fato de viver em outro país justificaria a emissão de um pedido de prisão internacional. Na Argentina, fala-se da possibilidade de que se peça a sua captura à Interpol.
Menem é acusado de ter superfaturado o preço de várias obras públicas durante o seu mandato, entre elas a construção de duas penitenciárias federais.
O ex-presidente, no entanto, não parece disposto a colaborar com a Justiça, apesar de já ter sido advertido sobre o risco de virar um fugitivo internacional.
Há algumas semanas, Menem também se recusou a atender um pedido do juiz Norberto Oyarbide, que o investiga por sonegação.
Menem é acusado ainda de participação em lavagem de dinheiro, contrabando de armas e abuso de autoridade.
Em outras audiências, Menem conseguiu justificar sua ausência alegando problemas de saúde. Na última delas, alegou não poder comparecer por ter fraturado o braço após uma partida de golfe que o impediria de viajar até Buenos Aires.
Por duas vezes, o ex-presidente disse que se sente "totalmente perseguido pelo presidente argentino Néstor Kirchner e pelo ministro da Justiça Gustavo Béliz".
Em entrevista publicada hoje pelo jornal "La Nación", Menem afirma acreditar que o juiz Jorge Urso deve estar sendo muito "pressionado" para interrogá-lo.
Menem acusou Kirchner de fazer perseguição política, já que o ex-presidente pretende voltar ao cenário político nos próximos anos.
Na última eleição presidencial, do ano passado, Menem desistiu de disputar o segundo turno temendo uma derrota para Kirchner, que tinha mais de 70% das intenções de votos, segundo as pesquisas.
"Tenho muito vontade de ser presidente outra vez, Eu sei que tenho como tirar a Argentina dessa situação difícil. Por mais que alguns não queiram, eu vou seguir na política", disse Menem.
Menem se nega a ir à Justiça e pode virar fugitivo da Interpol
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O ex-presidente argentino Carlos Menem (1989-99), 73, disse hoje que não irá cumprir uma ordem judicial para se apresentar à Justiça na próxima terça-feira.
Ele foi convocado a prestar esclarecimentos sobre as acusações de que teria cometido uma administração fraudulenta no período em que esteve no comando do país.
A decisão de Menem pode fazer com que a Justiça argentina emita uma ordem de prisão internacional contra ele, que já havia se recusado a participar uma outra audiência, em março deste ano.
O ex-presidente argentino afirmou que não irá se apresentar à Justiça argentina porque "acha que não tem garantias de contar com um julgamento justo". Seu caso está sendo analisado pelo juiz Jorge Urso.
Menem fez as declarações à imprensa de Santiago, no Chile, onde vive com sua mulher, a chilena Cecilia Bolocco e o filho de cinco meses.
O fato de viver em outro país justificaria a emissão de um pedido de prisão internacional. Na Argentina, fala-se da possibilidade de que se peça a sua captura à Interpol.
Menem é acusado de ter superfaturado o preço de várias obras públicas durante o seu mandato, entre elas a construção de duas penitenciárias federais.
O ex-presidente, no entanto, não parece disposto a colaborar com a Justiça, apesar de já ter sido advertido sobre o risco de virar um fugitivo internacional.
Há algumas semanas, Menem também se recusou a atender um pedido do juiz Norberto Oyarbide, que o investiga por sonegação.
Menem é acusado ainda de participação em lavagem de dinheiro, contrabando de armas e abuso de autoridade.
Em outras audiências, Menem conseguiu justificar sua ausência alegando problemas de saúde. Na última delas, alegou não poder comparecer por ter fraturado o braço após uma partida de golfe que o impediria de viajar até Buenos Aires.
Por duas vezes, o ex-presidente disse que se sente "totalmente perseguido pelo presidente argentino Néstor Kirchner e pelo ministro da Justiça Gustavo Béliz".
Em entrevista publicada hoje pelo jornal "La Nación", Menem afirma acreditar que o juiz Jorge Urso deve estar sendo muito "pressionado" para interrogá-lo.
Menem acusou Kirchner de fazer perseguição política, já que o ex-presidente pretende voltar ao cenário político nos próximos anos.
Na última eleição presidencial, do ano passado, Menem desistiu de disputar o segundo turno temendo uma derrota para Kirchner, que tinha mais de 70% das intenções de votos, segundo as pesquisas.
"Tenho muito vontade de ser presidente outra vez, Eu sei que tenho como tirar a Argentina dessa situação difícil. Por mais que alguns não queiram, eu vou seguir na política", disse Menem.
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