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12/04/2004
-
02h58
da Folha de S.Paulo
Em meio a um dos mais rigorosos esquemas de segurança já montados no Vaticano, o papa João Paulo 2º, 83, usou sua mensagem de Páscoa, ontem, para condenar o terrorismo e pedir aos líderes mundiais que levem a paz ao Iraque e a outras regiões em conflito, como a África.
Falando para milhares de pessoas na praça de São Pedro, em cerimônia transmitida pela TV e pelo rádio, o papa criticou a "lógica da morte" e fez um apelo: "Que [a humanidade] encontre a força para enfrentar o inumano e, infelizmente crescente, fenômeno do terrorismo".
Na semana passada, a imprensa italiana divulgou que agências de inteligência haviam alertado o Vaticano de que o papa, que foi baleado em 1981, poderia ser alvo de um atentado na Páscoa.
Por isso as celebrações foram marcadas por normas de segurança sem precedentes que incluíram a revista de fiéis e o aumento do número de guardas uniformizados e à paisana.
Como sempre, a praça de São Pedro estava enfeitada com flores e árvores, mas a atmosfera e o próprio João Paulo 2º estavam mais melancólicos do que no passado. Antes de desejar feliz Páscoa em 62 línguas --incluindo árabe e hebraico--, ele pintou o mais sombrio retrato do mundo de todos seus 26 anos de pontificado.
Em uma Roma nublada e mais fria que o usual nessa época do ano, o papa falou sobre um mundo "perturbado por tantas nuvens ameaçadoras" e que ainda espera por luz e paz. "Que a tentação de perseguir a revanche abra caminho para a coragem de perdoar; que a cultura da vida e do amor inverta a vã lógica da guerra."
Papa condena o terrorismo e pede a paz nas regiões em conflito
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Em meio a um dos mais rigorosos esquemas de segurança já montados no Vaticano, o papa João Paulo 2º, 83, usou sua mensagem de Páscoa, ontem, para condenar o terrorismo e pedir aos líderes mundiais que levem a paz ao Iraque e a outras regiões em conflito, como a África.
Falando para milhares de pessoas na praça de São Pedro, em cerimônia transmitida pela TV e pelo rádio, o papa criticou a "lógica da morte" e fez um apelo: "Que [a humanidade] encontre a força para enfrentar o inumano e, infelizmente crescente, fenômeno do terrorismo".
Na semana passada, a imprensa italiana divulgou que agências de inteligência haviam alertado o Vaticano de que o papa, que foi baleado em 1981, poderia ser alvo de um atentado na Páscoa.
Por isso as celebrações foram marcadas por normas de segurança sem precedentes que incluíram a revista de fiéis e o aumento do número de guardas uniformizados e à paisana.
Como sempre, a praça de São Pedro estava enfeitada com flores e árvores, mas a atmosfera e o próprio João Paulo 2º estavam mais melancólicos do que no passado. Antes de desejar feliz Páscoa em 62 línguas --incluindo árabe e hebraico--, ele pintou o mais sombrio retrato do mundo de todos seus 26 anos de pontificado.
Em uma Roma nublada e mais fria que o usual nessa época do ano, o papa falou sobre um mundo "perturbado por tantas nuvens ameaçadoras" e que ainda espera por luz e paz. "Que a tentação de perseguir a revanche abra caminho para a coragem de perdoar; que a cultura da vida e do amor inverta a vã lógica da guerra."
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