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13/04/2004
-
19h52
da France Presse, em Washington
da Folha Online
O governo dos Estados Unidos considerou nesta terça-feira o plano israelense de retirada da faixa de Gaza "uma oportunidade histórica" para fazer avançar o processo de paz, na véspera da reunião na Casa Branca entre o presidente George W. Bush e o primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon.
"Uma oportunidade histórica se apresentou com o anúncio do plano de retirada da Faixa de Gaza", declarou o porta-voz do departamento de Estado Richard Boucher, informando que o governo Bush pretende apoiar a proposta israelense para fazer avançar o plano de paz elaborado pelos Eua, a Rússia, a União Européia e a ONU e que prevê a criação de um Estado palestino.
"A perspectiva de uma retirada israelense é realmente uma oportunidade de avançar e desejamos apoiá-la", afirmou Boucher.
No entanto, Boucher destacou que os Estados Unidos querem discutir vários pontos do plano de Sharon, que, segundo os dirigentes palestinos, passará por cima do plano de paz, ao permitir que Israel mantenha o controle de seis importantes colônias na Cisjordânia.
O porta-voz deu a entender que o apoio americano ao plano israelense não afetará as negociações sobre o estatuto definitivo de um Estado palestino, e principalmente sobre suas fronteiras.
Apoio
Sharon, que chegou hoje a Washington, quer obter dos Estados Unidos o mais claro apoio possível para seu plano de retirada unilateral dos assentamentos judaicos da Faixa de Gaza - um apoio indispensável para que seu partido, o Likud (direita), aceite a iniciativa.
A Autoridade Nacional Palestina denunciou as declarações de Sharon, qualificando-as de "receita para destruir o processo de paz".
"O que Sharon diz é extremamente grave e o mundo tem de saber o que pretende conseguir como recompensa por manter a ocupação e a colonização", declarou o ministro palestino encarregado das negociações, Saeb Erekat.
Sharon será recebido na Casa Branca, depois do encontro de segunda-feira entre o presidente Bush e o colega egípcio Hosni Mubarak, e às vésperas da chegada a Washington do primeiro-ministro britânico, Tony Blair, e do rei Abdullah II da Jordânia.
Contrapartida
O primeiro-ministro israelense quer que, em troca da histórica desocupação de Gaza, Israel não tenha que ceder aos palestinos toda a Cisjordânia, num futuro acordo de paz.
Os dirigentes israelenses esperam que Bush conceda seu apoio oficial ao plano e que se comprometa em relação a vários outros pontos, excluindo, por exemplo, qualquer possibilidade de retorno dos refugiados palestinos às terras das quais foram expulsos em 1948, por ocasião da criação de Israel.
Esperam também que Bush aceite o traçado modificado do muro de separação que Israel constrói na Cisjordânia, antes de englobar várias grandes colônias de povoamento israelense, consideradas importantes para a segurança do Estado hebreu.
EUA consideram retirada de Gaza uma "oportunidade histórica"
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da Folha Online
O governo dos Estados Unidos considerou nesta terça-feira o plano israelense de retirada da faixa de Gaza "uma oportunidade histórica" para fazer avançar o processo de paz, na véspera da reunião na Casa Branca entre o presidente George W. Bush e o primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon.
"Uma oportunidade histórica se apresentou com o anúncio do plano de retirada da Faixa de Gaza", declarou o porta-voz do departamento de Estado Richard Boucher, informando que o governo Bush pretende apoiar a proposta israelense para fazer avançar o plano de paz elaborado pelos Eua, a Rússia, a União Européia e a ONU e que prevê a criação de um Estado palestino.
"A perspectiva de uma retirada israelense é realmente uma oportunidade de avançar e desejamos apoiá-la", afirmou Boucher.
No entanto, Boucher destacou que os Estados Unidos querem discutir vários pontos do plano de Sharon, que, segundo os dirigentes palestinos, passará por cima do plano de paz, ao permitir que Israel mantenha o controle de seis importantes colônias na Cisjordânia.
O porta-voz deu a entender que o apoio americano ao plano israelense não afetará as negociações sobre o estatuto definitivo de um Estado palestino, e principalmente sobre suas fronteiras.
Apoio
Sharon, que chegou hoje a Washington, quer obter dos Estados Unidos o mais claro apoio possível para seu plano de retirada unilateral dos assentamentos judaicos da Faixa de Gaza - um apoio indispensável para que seu partido, o Likud (direita), aceite a iniciativa.
A Autoridade Nacional Palestina denunciou as declarações de Sharon, qualificando-as de "receita para destruir o processo de paz".
"O que Sharon diz é extremamente grave e o mundo tem de saber o que pretende conseguir como recompensa por manter a ocupação e a colonização", declarou o ministro palestino encarregado das negociações, Saeb Erekat.
Sharon será recebido na Casa Branca, depois do encontro de segunda-feira entre o presidente Bush e o colega egípcio Hosni Mubarak, e às vésperas da chegada a Washington do primeiro-ministro britânico, Tony Blair, e do rei Abdullah II da Jordânia.
Contrapartida
O primeiro-ministro israelense quer que, em troca da histórica desocupação de Gaza, Israel não tenha que ceder aos palestinos toda a Cisjordânia, num futuro acordo de paz.
Os dirigentes israelenses esperam que Bush conceda seu apoio oficial ao plano e que se comprometa em relação a vários outros pontos, excluindo, por exemplo, qualquer possibilidade de retorno dos refugiados palestinos às terras das quais foram expulsos em 1948, por ocasião da criação de Israel.
Esperam também que Bush aceite o traçado modificado do muro de separação que Israel constrói na Cisjordânia, antes de englobar várias grandes colônias de povoamento israelense, consideradas importantes para a segurança do Estado hebreu.
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