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16/04/2004 - 13h11

Agência anuncia primeiro encontro entre rebeldes e EUA no Iraque

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da Folha Online

Militares e oficiais civis americanos teriam se encontrado nesta sexta-feira com líderes da cidade de Fallujah (50 km a oeste de Bagdá), palco da nova onda de violência que atinge o Iraque.

Esta seria a primeira tentativa de negociação direta envolvendo americanos, desde que começou o cerco dos EUA aos rebeldes, em 5 de abril.

Apesar das informações, ainda não há confirmações oficiais sobre o encontro, nem por parte dos líderes rebeldes nem pelo governo americano.

Segundo o major ameicano, identificado apenas como T.V. Johnson, os americanos estariam na cidade para agir com uma "mente aberta", tentando oferecer uma "chances de negociações diplomáticas".

De acordo com a agência Associated Press, 11 membros da delegação de Fallujah estavam presentes no encontro.

Trégua

Os marines pararam as operações ofensivas em Fallujah por uma semana e os insurgentes anunciaram um cessar-fogo no último domingo (11) para tentar negociar. A trégua foi bastante tensa por causa de confrontos noturnos entre os dois lados.

Ao primeiro sinal de um possível progresso nas negociações no Iraque, autoridades religiosas das mesquita em Fallujah teriam chamado a polícia e o Corpo de Devesa Civil iraquiano para retomarem suas postos hoje.

Muitos membros da polícia e das foras de segurança abandonaram seu trabalho durante os últimos 11 dias.

Antes da trégua, as forças de coalizão lideradas pelos Estados Unidos haviam lançado uma operação na cidade no início do mês em resposta ao assassinato e mutilação de quatro americanos.

Ataques

Apesar das possíveis negociações, confrontos em várias cidades do Iraque mataram ao menos 28 pessoas e deixaram 57 feridas nas últimas 24 horas, segundo informações de fontes médicas iraquianas e dos EUA. As ações acorreram em Fallujah, Mossul e Kufa.

Em Falluajh, ao menos 15 iraquianos morreram e mais de 20 teriam se ferido durante confrontos com tropas americanas na cidade sunita de Fallujah na noite desta quinta-feira (o Iraque está sete horas à frente do horário brasileiro), segundo fontes médicas.

Várias áreas da cidade sofreram nesta manhã bombardeios lançados por aviões de combate e helicópteros dos EUA que causaram graves danos materiais em Fallujah, onde vivem cerca de 250 mil pessoas, segundo informações da agência de notícias Reuters.

O bombardeio colocou fim ao cessar-fogo acertado no começo desta semana, depois de dias de intensos combates que causaram cerca de 800 mortes entre civis iraquianos.

Mossul

Oito iraquianos morreram e outros 17 ficaram feridos em ataques com morteiros em Mossul, ao norte do Iraque. A informação foi divulgada nesta sexta-feira pelo general Mark Kimmitt, vice-diretor de operações do Exército americano no Iraque.

Segundo o general, um obus de morteiro teria sido apontado contra uma estação policial e outro contra uma base da coalizão na cidade. Os ataques aconteceram na noite de ontem.

Kufa

Nesta sexta-feira, em Kufa (também ao sul), confrontos entre militantes xiitas e as forças americanas deixaram ao menos cinco pessoas mortas e 20 feridas. Próximo ao local da batalha, o líder rebelde Moqtada al Sadr fazia um pronunciamento em sua primeira aparição pública em aproximadamente dez dias.

As informações são de Seif al Din Youssef, um médico de um hospital de Kufa. Ele também afirmou que muitas das vítimas estão seriamente feridas. "Elas têm ferimentos de bala ou machucados causados por explosões. Há civis entre os feridos", disse.

Tropas americanas

O Pentágono anunciou ontem a permanência de 20 mil soldados americanos por mais três meses no Iraque. A informação foi passada pelo próprio secretário da Defesa, Donald Rumsfeld, em uma entrevista à imprensa transmitida ao vivo.

Com o anúncio, os EUA dão aos comandantes americanos no Iraque um poder de fogo extra, que eles acreditam ser necessário dada a situação da segurança no país.

Com agências internacionais

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