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16/04/2004 - 20h38

Vaticano pode mediar negociações sobre reféns no Iraque

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da France Presse, em Roma
da Folha Online

O Vaticano está prestes a desempenhar o papel de mediador para tentar obter a libertação dos estrangeiros tomados como reféns no Iraque, anunciaram nesta sexta-feira prelados de alto escalão.

"A Santa Sé está disposta, como sempre esteve ao longo dos séculos, a oferecer seus esforços de pacificação e de mediação quando solicitada", disse à Rádio Vaticano o cardeal Renato Martino, presidente do Conselho Pontifical Justiça e Paz e considerado como o "ministro da paz" do papa.

"Não há dúvida de que nas circunstâncias atuais uma solicitação não seria recusada", acrescentou o cardeal, que igualmente insistiu na necessidade de a ONU desempenhar um papel importante no Iraque.

Martino afirmou também, num encontro dedicado à ONU, que o Vaticano "se engajou ao longo dos séculos a favor da paz e desempenhou o papel de mediador entre dois Estados em guerra", recusando-se todavia a dizer se negociações estavam já em curso com a ajuda do Vaticano.

"Em teoria, tudo é possível mas na realidade a situação é difícil porque não se sabe muito bem quem detém os reféns italianos ou os outros. É difícil achar o interlocutor com quem tratar eventualmente", disse por sua vez o arcebispo Fernando Filoni, núncio apostólico (embaixador do Vaticano) em Bagdá.

"Se houver vontade política de negociar, conforme nossos princípios, estamos prontos a dar nossa ajuda na medida de nossas possibilidades", assinalou Filoni interrogado pela Rádio Vaticano.

Em uma outra entrevista, o cardeal Martino destacou que a única "saída" no Iraque era a de que a "palavra fosse dada rapidamente às Nações Unidas, mas com o acordo do povo iraquiano e um pleno reconhecimento de poderes à ONU".

O papa João Paulo 2º já tinha sugerido em sua mensagem de Páscoa que a ONU deveria desempenhar um papel fundamental na resolução da crise iraquiana, sem citar, no entanto, o nome da organização internacional.
 

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