Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
07/04/2010 - 11h31

Colombianos presos por espionagem tinham documentos militares, diz Chávez

Publicidade

da Ansa, em Caracas

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, disse que alguns dos colombianos detidos recentemente por suposta espionagem contra o sistema elétrico traziam identificações do Exército da nação vizinha."Não estou acusando o Exército colombiano nem seu governo, porque as carteiras poderiam ser falsas, mas terão que explicá-las", assegurou.

Segundo ele, um dos presos, chamado Luis, admitiu ter sido médico da instituição militar. Chávez enfatizou que as autoridades venezuelanas descobriram "evidências" de que os cidadãos do outro país poderiam estar espionando para "sabotar" o desempenho das termoelétricas e hidroelétricas nacionais.

Computadores, equipamentos de comunicação por satélite, uma empresa "de fachada" na cidade de Barinitas e fotografias de instalações energéticas em vários locais do país foram encontrados, informou a presidência venezuelana.

O governo também sugeriu que os apagões que vêm sendo registrados na Venezuela nos últimos meses foram provocados por "sabotagens".Chávez fez a denúncia em um conselho de ministros transmitido por uma emissora estatal de televisão, e classificou o caso como "um movimento muito estranho".

"Não acredito que seja isolado. Forma parte de algo maior, mas esse algo maior tem a ver com o desespero do império [Estados Unidos], que o faz mais perigoso" indicou.

As autoridades venezuelanas confirmaram ontem a prisão de oito colombianos antes da Semana Santa no estado de Aragua, e, com o avançar da investigação, a detenção de outros seis em Barinas. Na semana passada, as ações haviam sido denunciadas pelo jornal colombiano "El Tiempo".

Caracas mantém as relações diplomáticas com Bogotá "congeladas" desde julho do ano passado, quando o presidente venezuelano foi acusado de contrabandear armas para grupos guerrilheiros.

O acordo assinado entre Colômbia e Estados Unidos em outubro de 2009, que permite o envio de efetivos norte-americanos a sete bases militares da nação sul-americana, também contribuiu para o aprofundamento da crise diplomática.

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página