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12/04/2010 - 11h31

Colômbia expulsa policial venezuelano em meio a acusações

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da Reuters

A Colômbia expulsou no domingo um policial venezuelano que estava ilegalmente em território colombiano havia seis meses. Oito colombianos permanecem detidos em Caracas depois de, recentemente, a Venezuela os ter acusado de espionar sua rede elétrica.

O Departamento Administrativo de Segurança (DAS) informou que desde outubro do ano passado houve seis casos de membros da força pública venezuelana expulsos por estarem na Colômbia irregularmente.

A expulsão de Héctor José Fuenmayor Chacin, membro ativo da Polícia Municipal de Maracaibo, foi feita pelo posto de controle de Paraguachón, onde o policial foi entregue a funcionários do Escritório do Serviço Administrativo de Identificação e Estrangeiros (Saime).

Na semana passada o presidente venezuelano, Hugo Chávez, acusou oito colombianos detidos na Venezuela de realizar atividades de espionagem da rede elétrica do país, que passa por uma crise que prejudica a popularidade de Chávez.

O presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, acusou a Venezuela de violar os direitos humanos com as detenções dos colombianos e pediu a organismos internacionais como a OEA e a ONU que acompanhem os casos.

A Colômbia lembrou que, enquanto ela cumpre os compromissos de entregar os efetivos das Forças Armadas da Venezuela em 36 horas, Julio Enrique Tocora, um agente do DAS que foi detido depois de atender a um convite de um funcionário do Saime, continua preso e incomunicável há oito meses.

As relações diplomáticas e comerciais entre Bogotá e Caracas estão congeladas desde junho do ano passado por decisão do presidente Chávez, em represália por um acordo militar que a Colômbia fechou com os Estados Unidos.

Chávez, o mais contundente crítico de Washington na região, denunciou a suposta intenção dos EUA de instalar uma plataforma para invadir seu país desde a Colômbia.

Relação conflituosa

A disputa atual entre Bogotá e Caracas é vista como a pior desde 1987, quando os dois países, que dividem uma fronteira de 2.219 quilômetros de extensão, estiveram a ponto de iniciar um conflito armado, depois de uma embarcação de guerra da Colômbia ter sido interceptada pela Marinha venezuelana em uma zona marítima que é alvo de uma disputa por limites.

Durante a crise diplomática atual ocorreram assassinatos de colombianos em território venezuelano, acusações de espionagem e prisões de membros das forças de segurança dos dois países.

Também ocorreram assassinatos de integrantes das Forças Armadas venezuelanas perto da fronteira com a Colômbia, destruição de pontes na fronteira, sobrevoos de aeronaves militares e a expulsão maciça de garimpeiros colombianos que trabalhavam na Venezuela.

 

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