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24/04/2004 - 19h57

Espanha e Marrocos vão unir forças para combater terrorismo

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da Folha Online

José Luis Rodríguez Zapatero, primeiro-ministro espanhol, anunciou neste sábado um compromisso com o rei marroquino Mohammed 6ª para combater o terrorismo, numa tentativa de reatar os laços diplomáticos entre os dois países, que estavam enfraquecidos.

Essa foi a primeira viagem internacional de Zapatero, eleito logo após os atentados de 11 de março em Madri, que causaram 191 mortos e deixaram mais. Ele participou da inauguração de um memorial para as vítimas de um atentado suicida em Casablanca.

"Estamos comprometidos em reforçar nossa cooperação para combater todas as formas de extremismo e terrorismo internacional", disse Zapatero em uma entrevista à imprensa.

Ele disse que a Espanha e o Marrocos têm "um relacionamento vital" e afirmou que os governos terão um diálogo mais "atencioso" a partir da agora.

Durante os últimos quatro anos, o relacionamento entre as duas nações foi afetado por uma crise diplomática que, lentamente, começa a se dissolver. O terrorismo --um inimigo comum dos dois países-- tem servido como incentivo para a reaproximação.

A Espanha e o Marrocos são separados geograficamente pelo Estreito de Gibraltar. Os dois países, entretanto, estiveram envolvidos em uma série de disputas diplomáticas, que variavam desde direitos de pesca até imigração ilegal.

Protocolo

Zapatero almoçou com o rei Mohammed 6º no palácio real, em Casablanca. Depois os dois governantes inauguraram uma placa de mármore onde está escrito o nome das 33 pessoas mortas em uma série de ataques suicidas simultâneos no Marrocos, no dia 16 de maio de 2003. A maioria das vítimas morreu em um restaurante da "Casa de Espanha", uma associação espanhola.

Dez meses depois, em 11 de março, atentados simultâneos em quatro trens de Madri deixaram 191 pessoas mortas. Os quase 20 suspeitos presos têm nacionalidade marroquina. Investigadores espanhóis acreditam que o Grupo Islâmico Combatente Marroquino está por trás dos atentados.

"Eles [os terroristas] não são muçulmanos verdadeiros. Eles são inimigos do Marrocos que não querem que nosso país avance na democracia", disse Moulay Larbi Alaoui, pai de uma das vítimas dos ataques de Casablanca.

Com agências internacionais

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