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14/04/2010 - 10h27

Polônia deve marcar eleições em junho; funeral do presidente será domingo

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da Reportagem Local

As eleições presidenciais polonesas deverão ocorrer no próximo dia 20 de junho, anunciou nesta quarta-feira o chefe da Chancelaria do Parlamento, Lech Czapl. O pleito foi antecipado após a morte do presidente, Lech Kaczynski, em um acidente com o avião presidencial no último sábado (10), que deixou outros 95 mortos, incluindo a primeira-dama e vários membros de alto escalão do governo.

A data oficial ainda não foi marcada e uma interpretação das disposições constitucionais afirma que se a data não for anunciada antes de 19 de abril, as eleições deverão ser realizadas obrigatoriamente no dia 20 de junho.

O presidente do Parlamento e chefe de Estado interino, Bronislaw Komorowski, candidato da Plataforma Cidadã para as eleições presidenciais, por enquanto é o único candidato, já que o acidente de Smolensk matou dois de seus dois rivais: o próprio presidente e o socialista Jerzy Szmajdzinski, vice-presidente do Parlamento.

As pesquisas realizadas antes da tragédia indicavam que Komorowski sairia vitorioso e que as possibilidades de reeleição de Kaczynski eram praticamente nulas, diante da queda de sua popularidade, com 70% da população contrária a sua política.

Komorowski é o candidato da PO, liderada pelo liberal primeiro-ministro polonês, Donald Tusk.

Os meios de imprensa poloneses cogitam a possibilidade que Jaroslaw Kaczynski, irmão gêmeo do falecido presidente, assuma a candidatura da formação conservadora Lei e Justiça (PiS), embora há quem considere que a tragédia familiar poderia antecipar sua retirada da política.

Nesta segunda-feira (12), Komorowski começou a designar a alguns dos substitutos dos altos funcionários falecidos na tragédia aérea, na qual a Polônia perdeu, além de seu presidente, três senadores, quinze deputados, o governador do Banco Nacional, o Defensor público e chefes do Exército.

A Polônia continua imersa na semana de luto decretada após a tragédia aérea, que se estende até a meia-noite de 18 de abril.

Até lá, milhares de cidadãos passarão pelo velório de Kaczynski e de sua mulher Maria, no Salão de Colunas do Palácio Presidencial.

Acidente

A catástrofe aérea ocorreu neste sábado, quando o avião presidencial caiu quando se preparava para aterrissar no aeroporto russo de Smolensk.

Na aeronave estava a delegação de Kaczysnki que iria participar de uma cerimônia em lembrança dos 20 mil oficiais e soldados poloneses assassinados pelos serviços secretos de Stalin, em Katyn (Rússia), há 70 anos.

O avião Tupolev do presidente Kaczynski caiu em uma área de densa névoa perto do aeroporto Smolensk, no oeste da Rússia.

As causas da tragédia ainda permanecem incógnitas. Uma avaliação preliminar da delegação técnica russa, que examinou as gravações do voo, apontou que o avião não teve problemas técnicos.

Um estudo preliminar do conteúdo das caixas-pretas do avião Tupolev-154 indica que os pilotos foram responsáveis pelo acidente ao ignorar alerta para não aterrissar, devido aos problemas de visibilidade.

As imprensas polonesa e russa não descartam que os pilotos cumprissem uma ordem direta de Kaczynski, aguardado por milhares de pessoas na floresta de Katyn para prestar homenagens. O governo polonês, contudo, disse que neste momento nada indica que os pilotos do avião tivessem sofrido pressões para aterrissar.

Após a tragédia, a Polônia decretou uma semana de luto oficial, que suspendeu as atividades culturais e esportivas no país, assim como fechou cinemas e discotecas.

Com agências internacionais

 

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