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28/04/2004
-
16h38
da Folha Online
Um marroquino suspeito de participação nos atentados de 11 de março em Madri, quando explosões em linhas de trens deixaram 191 mortos, foi indiciado por suposto envolvimento nos ataques de 11 de Setembro, em Nova York e Washington. É o primeiro suspeito ligado aos dois episódios.
Amer Azizi, 36, teria organizado uma reunião na Espanha em 2001 em que autores do plano dos ataques aos Estados Unidos, incluindo o suposto piloto suicida Mohamed Atta, discutiram os detalhes finais da ação, informou o juiz espanhol Baltasar Garzon.
Azizi já havia sido indiciado no ano passado, acusado de pertencer à rede terrorista Al Qaeda, de Osama bin Laden. O novo indiciamento, no entanto, acusa Azizi de ajudar no planejamento do 11 de Setembro.
Garzon acusou Azizi de assassinatos múltiplos --"tantas mortes e danos quanto os que foram cometidos [no 11/9]", nas palavras do juiz.
Azizi teria hospedado os participantes da reunião e teria participado do planejamento transmitindo mensagens entre eles. O marroquino seria ainda o braço direito de Imad Yarkas, preso em novembro de 2001 acusado de liderar uma célula da Al Qaeda baseada na Espanha que teria providenciado dinheiro e apoio logístico para os terroristas que fizeram os ataques de 11 de Setembro.
O juiz espanhol afirmou que o novo indiciamento tem como base informações do Reino Unido, da Turquia e dos Estados Unidos.
Em 11 de setembro de 2001, ataques com aviões às torres gêmeas do World Trade Center, em Nova York, e ao Pentágono, nas cercanias de Washington, deixaram cerca de 3.000 feridos.
11/3
O Ministério do Interior espanhol divulgou uma foto de Azizi neste mês, dizendo que ele era suspeito dos atentados de 11 de março. Mas ele não foi formalmente acusado e o juiz responsável pela investigação, Juan del Olmo, não expediu um mandado de prisão contra ele.
Azizi está foragido desde que saiu da Espanha em novembro de 2001, depois que mais de dez suspeitos da Al Qaeda foram presos.
Zacarias Moussaoui, cidadão francês, é o único acusado nos EUA de ter participado da preparação do 11 de Setembro. Ele ainda será julgado.
O único suspeito de participar do 11 de Setembro condenando saiu da prisão no mês passado, na Alemanha, tendo cumprido menos de dois anos de sua pena de 15, porque os juízes decidiram que as provas não eram suficientemente consistentes para mantê-lo preso. O marroquino Mounir el Motassaqed, 30, havia sido condenado por participação em mais de 3.000 assassinatos e por fazer parte de uma organização terrorista.
No novo indiciamento, Garzon afirma que Azizi esteve em uma reunião em Istambul, na Turquia, em 2000, com um dos principais suspeitos dos ataques de Madri, o marroquino Said Berraj. Segundo a polícia, Berraj pode ser um dos sete terroristas que se suicidaram detonando uma bomba no bairro de Leganes, em Madri, no dia 3 de abril.
Com Associated Press
Especial
Saiba mais sobre os ataques terroristas na Espanha
Juiz espanhol liga suspeito de atentados em Madri ao 11/9
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Um marroquino suspeito de participação nos atentados de 11 de março em Madri, quando explosões em linhas de trens deixaram 191 mortos, foi indiciado por suposto envolvimento nos ataques de 11 de Setembro, em Nova York e Washington. É o primeiro suspeito ligado aos dois episódios.
Amer Azizi, 36, teria organizado uma reunião na Espanha em 2001 em que autores do plano dos ataques aos Estados Unidos, incluindo o suposto piloto suicida Mohamed Atta, discutiram os detalhes finais da ação, informou o juiz espanhol Baltasar Garzon.
Azizi já havia sido indiciado no ano passado, acusado de pertencer à rede terrorista Al Qaeda, de Osama bin Laden. O novo indiciamento, no entanto, acusa Azizi de ajudar no planejamento do 11 de Setembro.
Garzon acusou Azizi de assassinatos múltiplos --"tantas mortes e danos quanto os que foram cometidos [no 11/9]", nas palavras do juiz.
Azizi teria hospedado os participantes da reunião e teria participado do planejamento transmitindo mensagens entre eles. O marroquino seria ainda o braço direito de Imad Yarkas, preso em novembro de 2001 acusado de liderar uma célula da Al Qaeda baseada na Espanha que teria providenciado dinheiro e apoio logístico para os terroristas que fizeram os ataques de 11 de Setembro.
O juiz espanhol afirmou que o novo indiciamento tem como base informações do Reino Unido, da Turquia e dos Estados Unidos.
Em 11 de setembro de 2001, ataques com aviões às torres gêmeas do World Trade Center, em Nova York, e ao Pentágono, nas cercanias de Washington, deixaram cerca de 3.000 feridos.
11/3
O Ministério do Interior espanhol divulgou uma foto de Azizi neste mês, dizendo que ele era suspeito dos atentados de 11 de março. Mas ele não foi formalmente acusado e o juiz responsável pela investigação, Juan del Olmo, não expediu um mandado de prisão contra ele.
Azizi está foragido desde que saiu da Espanha em novembro de 2001, depois que mais de dez suspeitos da Al Qaeda foram presos.
Zacarias Moussaoui, cidadão francês, é o único acusado nos EUA de ter participado da preparação do 11 de Setembro. Ele ainda será julgado.
O único suspeito de participar do 11 de Setembro condenando saiu da prisão no mês passado, na Alemanha, tendo cumprido menos de dois anos de sua pena de 15, porque os juízes decidiram que as provas não eram suficientemente consistentes para mantê-lo preso. O marroquino Mounir el Motassaqed, 30, havia sido condenado por participação em mais de 3.000 assassinatos e por fazer parte de uma organização terrorista.
No novo indiciamento, Garzon afirma que Azizi esteve em uma reunião em Istambul, na Turquia, em 2000, com um dos principais suspeitos dos ataques de Madri, o marroquino Said Berraj. Segundo a polícia, Berraj pode ser um dos sete terroristas que se suicidaram detonando uma bomba no bairro de Leganes, em Madri, no dia 3 de abril.
Com Associated Press
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