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Rússia suspende adoções de crianças por famílias dos EUA
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da Reportagem Local
A Rússia anunciou na quinta-feira a suspensão de todas as adoções de crianças russas por famílias dos EUA, em resposta ao caso de Artyom Savelyev, 7, que, na semana passada, foi colocado sozinho em um voo Washington-Moscou com um bilhete de sua mãe adotiva americana dizendo que ele tinha "problemas psicopáticos" e que ela não queria mais tê-lo como filho.
O porta-voz da Chancelaria russa Andrei Nesterenko disse ontem que não haverá novas adoções até que seja assinado um acordo bilateral --a ser redigido com a ajuda de uma equipe do Departamento de Estado americano, que deve ir a Moscou nos próximos dias--, "com ferramentas efetivas para que autoridades russas e americanas possam monitorar as condições de vida das crianças adotadas e evitar que tragédias recentes ocorridas nos EUA se repitam".
Até ontem, no entanto, havia divergências: o Ministério da Educação da Rússia, incumbido das adoções, não confirmou o congelamento dos processos. P.J. Crowley, porta-voz do Departamento de Estado americano, disse que estava recebendo "informações conflitantes" sobre o assunto.
O embaixador dos EUA em Moscou, John Beyrle, disse à CNN que famílias americanas envolvidas em adoções de crianças russas não deveriam se preocupar, pois duvidava que a suspensão tivesse efeito de longo prazo.
O caso de Artyom chocou a população e as autoridades russas. O menino --chamado de Justin Hansen por sua família adotiva-- chegou desacompanhado ao aeroporto de Moscou na quinta passada, com um bilhete de sua mãe adotiva, Torry, dizendo que ele era instável e violento e que ela fora enganada pelo orfanato russo que cuidara da adoção, seis meses antes. Um homem pago pela família levou-o do aeroporto ao Ministério da Educação russo. Nancy, a avó adotiva de Artyom, alega que o menino tinha ameaçado queimar a casa da família, em Shelbyville, Tennessee, "com todos dentro".
Segundo Serguei Lavrov, chanceler russo, o caso foi "a gota-d'água" --três crianças russas foram mortas nos últimos quatro anos após supostos abusos de pais adotivos nos EUA.
Há pendentes cerca de 3.000 pedidos de adoção de crianças russas por americanos. Alguns candidatos a pais adotivos nos EUA organizaram um abaixo-assinado on-line, com cerca de 11 mil nomes, pedindo aos presidentes Barack Obama e Dmitri Medvedev que mantenham os processos de adoções. "É do interesse das crianças que os dois países cheguem a um acordo que permita a continuidade das adoções", disse Crowley.
Segundo a Chancelaria americana, 1.586 crianças russas foram adotadas nos EUA em 2009.
Com agências internacionais
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