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03/05/2004
-
03h42
da Folha de S.Paulo
Ao menos nove militares dos EUA foram mortos ontem no Iraque --seis deles num ataque de morteiro contra uma base militar não identificada e dois em emboscada perto da cidade de Kirkuk (norte)-- após abril ter se tornado o mês mais sangrento para as tropas dos EUA no Iraque, com ao menos 129 mortes.
As últimas mortes de soldados americanos elevaram a cerca de 560 o número de militares dos EUA mortos em combate no Iraque desde a invasão do país, em março último.
O rápido aumento no número de mortes está reduzindo o apoio nos EUA à guerra e também ao presidente George W. Bush, que tenta a reeleição em novembro.
Em Fallujah --cidade sunita ao norte de Bagdá e um dos maiores focos de ataques contra os ocupantes--, insurgentes seguiram ontem pelo segundo dia celebrando nas ruas o recuo das tropas americanas, que passaram a missão de patrulhamento a tropas iraquianas comandadas por um ex-general da Guarda Republicana do ex-ditador Saddam Hussein, o general Jasim Mohamed Saleh.
Segundo o comando americano, Saleh terá seu passado investigado antes de ganhar um papel mais permanente na cidade. Líderes xiitas, oprimidos sob Saddam (sunita), vêm reclamando da liderança de Saleh.
O general iraquiano pareceu contradizer os americanos ontem ao dizer que não há combatentes estrangeiros em Fallujah, como afirmam as forças de coalizão.
Para os EUA, cerca de 200 ou mais estrangeiros, possivelmente ligados a grupos terroristas islâmicos como a Al Qaeda, estão entre os estimados 2.000 insurgentes que resistem à entrada de forças americanas na cidade sunita.
Pelo segundo dia seguido, os soldados comandados por Saleh e ex-membros do Exército iraquiano, desmantelado após a queda do regime, fizeram vista grossa diante das comemorações de insurgentes armados pela "vitória" contra os americanos.
Segundo os EUA, Saleh é um de vários meios sendo avaliados para acabar com o impasse em Fallujah, cercada e bombardeada há semanas após a morte e mutilação de quatro americanos na cidade. Os combates já mataram centenas de pessoas e aumentaram a hostilidade dos iraquianos em relação às tropas americanas.
Sul
As forças americanas lutam também no sul xiita (60% da população iraquiana) contra as milícias do clérigo xiita radical Moqtada al Sadr.
Seus seguidores se ergueram contra as tropas da coalizão ocupante em várias cidades, incluindo Bagdá, e ontem atiraram foguetes contra base militar da coalizão no sul do país, sem causar vítimas.
Uma ofensiva contra as forças de Al Sadr em Hilla deixou dois iraquianos mortos e levou à prisão de um assessor do clérigo radical, segundo testemunhas.
Os EUA prometem prender ou matar Al Sadr, que está foragido na cidade sagrada de Najaf e é acusado de matar um outro clérigo xiita no ano passado.
Com agências internacionais
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EUA perdem mais 9 em combates; Fallujah segue celebrando "vitória"
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Ao menos nove militares dos EUA foram mortos ontem no Iraque --seis deles num ataque de morteiro contra uma base militar não identificada e dois em emboscada perto da cidade de Kirkuk (norte)-- após abril ter se tornado o mês mais sangrento para as tropas dos EUA no Iraque, com ao menos 129 mortes.
As últimas mortes de soldados americanos elevaram a cerca de 560 o número de militares dos EUA mortos em combate no Iraque desde a invasão do país, em março último.
O rápido aumento no número de mortes está reduzindo o apoio nos EUA à guerra e também ao presidente George W. Bush, que tenta a reeleição em novembro.
Em Fallujah --cidade sunita ao norte de Bagdá e um dos maiores focos de ataques contra os ocupantes--, insurgentes seguiram ontem pelo segundo dia celebrando nas ruas o recuo das tropas americanas, que passaram a missão de patrulhamento a tropas iraquianas comandadas por um ex-general da Guarda Republicana do ex-ditador Saddam Hussein, o general Jasim Mohamed Saleh.
Segundo o comando americano, Saleh terá seu passado investigado antes de ganhar um papel mais permanente na cidade. Líderes xiitas, oprimidos sob Saddam (sunita), vêm reclamando da liderança de Saleh.
O general iraquiano pareceu contradizer os americanos ontem ao dizer que não há combatentes estrangeiros em Fallujah, como afirmam as forças de coalizão.
Para os EUA, cerca de 200 ou mais estrangeiros, possivelmente ligados a grupos terroristas islâmicos como a Al Qaeda, estão entre os estimados 2.000 insurgentes que resistem à entrada de forças americanas na cidade sunita.
Pelo segundo dia seguido, os soldados comandados por Saleh e ex-membros do Exército iraquiano, desmantelado após a queda do regime, fizeram vista grossa diante das comemorações de insurgentes armados pela "vitória" contra os americanos.
Segundo os EUA, Saleh é um de vários meios sendo avaliados para acabar com o impasse em Fallujah, cercada e bombardeada há semanas após a morte e mutilação de quatro americanos na cidade. Os combates já mataram centenas de pessoas e aumentaram a hostilidade dos iraquianos em relação às tropas americanas.
Sul
As forças americanas lutam também no sul xiita (60% da população iraquiana) contra as milícias do clérigo xiita radical Moqtada al Sadr.
Seus seguidores se ergueram contra as tropas da coalizão ocupante em várias cidades, incluindo Bagdá, e ontem atiraram foguetes contra base militar da coalizão no sul do país, sem causar vítimas.
Uma ofensiva contra as forças de Al Sadr em Hilla deixou dois iraquianos mortos e levou à prisão de um assessor do clérigo radical, segundo testemunhas.
Os EUA prometem prender ou matar Al Sadr, que está foragido na cidade sagrada de Najaf e é acusado de matar um outro clérigo xiita no ano passado.
Com agências internacionais
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