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03/05/2004 - 10h42

Sharon diz que "decisões difíceis" terão que ser tomadas

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da Folha Online

O premiê de Israel, Ariel Sharon, afirmou que "decisões difíceis" terão que ser tomadas depois que seu plano de retirada unilateral foi rejeitado pelos membros de seu partido, o Likud (direita), em referendo no domingo (2).

O vice-premiê israelense, Ehud Olmert, no entanto, afirmou que a desocupação é "inevitável" e "não tem como ser detida". O ministro da Justiça Yosef Lapid disse que Sharon não mudou sua posição.

Sharon afirmou que não vai renunciar ao cargo, mas não deixou claro se vai ou não dar prosseguimento ao plano, apesar da rejeição apontada pelo Likud.

"Parece-me que essa sessão do Knesset (Parlamento) será muito interessante, uma sessão durante a qual teremos de tomar decisões difíceis [referindo-se ao plano de retirada unilateral de Gaza e parcial da Cisjordânia]", disse Sharon, em discurso aos membros da bancada do Likud no Parlamento.

Sharon disse mais uma vez que vai consultar ministros e parlamentares do Likud, assim como outros partidos, para decidir o que fazer daqui para frente.

"Eu quero enfatizar que o povo de Israel nos escolheu para acharmos o caminho para a calma, segurança e paz e para melhorar a economia de Israel", disse Sharon. "Eu pretendo fazer isso. Não há outro motivo para estarmos no Knesset."

O plano de Sharon prevê a desocupação da faixa de Gaza e de partes da Cisjordânia. O projeto prevê também a permanência dos maiores blocos de acampamentos judaicos na Cisjordânia. No referendo realizado ontem, 59,5% dos membros do Likud rejeitaram o plano.

"Inevitável"

Olmert disse que a alternativa ao plano é a violência.

"Não há dúvida de que a desocupação é inevitável e não pode ser detida. No fim vai acontecer porque a alternativa é mais assassinatos, terrorismo e ataques, sem que nós tenhamos uma resposta sábia sobre o que 7.500 judeus estão fazendo no meio de 1,2 milhão de palestinos", disse à rádio Israel.

Sharon tem a opção de buscar outras formas de aprovar o plano. Ele pode submetê-lo, por exemplo, ao Parlamento ou a um referendo nacional.

O ministro da Justiça israelense disse que falou com Sharon e que o premiê teria assegurado que não mudou sua posição. Os dois devem se reunir nesta terça-feira.

"Sharon prometeu atender ao nosso pedido de convocar um debate sobre o assunto no gabinete", disse Lapid. "Não podemos deixar a situação política congelada".

O governo dos Estados Unidos reiterou seu apoio ao plano de Sharon. "Vamos consultar o premiê e o governo de Israel sobre como prosseguir", disse o porta-voz da Casa Branca Scott McClellan, em nota.

O líder da oposição Shimon Peres defendeu a antecipação das eleições em Israel.

"Queira ou não queira, Sharon não recebeu o mandato de seu partido [para o plano] e o país deve ter uma oportunidade de se pronunciar sobre o assunto. Propomos a dissolução do Knesset e a celebração de novas eleições", disse Peres.

Com agências internacionais

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