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Otan aceita transferir segurança para governo afegão, mas rejeita prazo de saída
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da Reportagem Local
Os ministros de Relações Exteriores dos países da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) concordaram nesta sexta-feira em iniciar o processo de transferência do controle da segurança no Afeganistão para Cabul, mas ressaltaram que não há pressa para as tropas internacionais deixarem o país.
O secretário-geral da aliança, Anders Fogh Rasmussen, afirmou que a transição seria gradual e baseada em condições --não uma agenda.
Ele não deu datas ou prazos e ressaltou ainda a necessidade dos aliados providenciarem mais tropas de treinamento, para garantir que as forças afegãs serão capazes de garantir a segurança do país.
"Não será uma retirada. Não será uma corrida rumo à saída", disse Rasmussen, em uma entrevista a jornalistas depois da reunião dos ministros em Tallinn, capital da Estônia.
O fracasso no passado do governo afegão em assumir a segurança em regiões das quais os militantes do grupo islâmico radical Taleban foram expulsos é visto como uma grande ameaça a estratégia da Otan e ao objetivo de reduzir o número de militares estrangeiros --que atualmente passa de 120 mil.
"O que acontecerá é que nós vamos entregar a responsabilidade aos afegãos e nossos soldados vão assumir um papel mais de apoio, mas eu prevejo que as forças de segurança afegãs precisaram de nossa assistência por um longo tempo", disse Rasmussen. "Será um processo gradual".
Os 28 membros da Otan apoiaram o plano apresentado pelo presidente americano, Barack Obama, no ano passado, para um aumento substancial no número de tropas para vencer a crescente insurgência taleban e treinar as forças afegãs.
O objetivo de Obama é permitir que Washington comece a retirar algumas tropas americanas do país até julho de 2011, um objetivo que sempre pareceu ambicioso diante da força taleban no país, mesmo após oito anos de guerra.
A Otan quer agora persuadir os países a dar mais fundos para o Exército afegão. Até meados de abril, apenas 274 milhões de euros foram depositados no fundo destinado aos militares --contra um orçamento mínimo estimado em US$ 1,8 bilhão.
Com Reuters
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