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23/04/2010 - 16h18

Sandinistas atiram pedras contra vice-presidente na Nicarágua

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da France Presse, em Manágua (Nicarágua)
da Reportagem Local

Manifestantes sandinistas, que bloqueia há três dias a entrada do Parlamento da Nicarágua, atacaram pedras nesta sexta-feira contra o vice-presidente Jaime Morales. Nesta quinta-feira, os deputados da oposição encerraram o boicote às sessões, diante da pressão dos apoiadores da governista Frente Sandinista de Libertação Nacional.

Os deputados opositores boicotaram durante os últimos três meses as sessões do Congresso, como punição ao presidente Daniel Ortega, que ditou um questionado decreto que prorrogava o mandato de cerca de 25 funcionários de vários poderes do Estado, cuja competência cabe ao Parlamento. A oposição disse que o decreto usurpava poderes.

Para acabar com o boicote, os simpatizantes da frente governista realizaram nos últimos dias ataques com pedras e bombas caseiras a sede do Parlamento, onde os deputados da oposição só puderam entrar escoltados pela polícia.

O vice-presidente era da oposição, mas aliou-se ao presidente Daniel Ortega na última campanha eleitoral. Ele foi atacado quando deixava seu escritório, perto do Parlamento, em uma comitiva.

Morales descreveu os agressores como "vândalos", "valentões" e "assassinos", em declarações publicadas pela imprensa local.

"Nosso povo é civilizado, pacífico, os manifestantes (sandinistas) são bandidos e valentões, que agem motivados por alguns que querem levar a água ao seu moinho ou estão agindo como bandidos", disse, em uma entrevista ao jornal "El Nuevo Diario".

Segundo o jornal, Morales não denunciou seus agressores à polícia e preferiu ir à imprensa para que Ortega saiba o que está acontecendo no país. O jornal alega que os aliados do presidente escondem os fatos de Ortega, que passa a maior parte do tempo na sede da Presidência.

O vice-presidente lamentou ainda que estes atos de violência afetem a imagem do país no exterior e "criem o medo como se tivéssemos em uma anarquia".

 

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