Candidato presidencial da Colômbia minimiza supostos laços entre Venezuela e Farc

O ex-prefeito de Bogotá e segundo lugar nas pesquisas pela eleição presidencial na Colômbia, Antanas Mockus, minimizou nesta sexta-feira as possíveis relações entre as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) e outros países, em especial a Venezuela.

Em entrevista a uma emissora de televisão local, Mockus considerou que qualquer laço da guerrilha com nações vizinhas "é um fator pequeno" se comparado "aos 40 anos de narcotráfico na Colômbia, quando se permitiu que as Farc se fortalecessem".

Mauricio Dueñas/Efe

Candidato à Presidência da Colômbia, Antanas Mockus avança nas pesquisas de voto; ele venceria no segundo turno contra governista

O tema é central à agenda do atual presidente, Alvaro Uribe, que protagonizou uma campanha militar extensa contra a guerrilha.

Mockus, candidato do Partido Verde (PV), admitiu contudo que o grupo armado mantenha "conexões pontuais" com outros países e afirmou que é "duríssimo" no combate às Farc e "prudente" sobre a relação com a Venezuela.

Atualmente, os laços diplomáticas entre Bogotá e Caracas estão congelados. O presidente Uribe tem acusado o seu par venezuelano, Hugo Chávez, de permitir a presença de guerrilheiros no território de seu país.

Em declarações à Rádio Caracol, Mockus ainda relacionou sua ascensão nas pesquisas de intenção de voto com as campanhas que têm sido realizadas por meio de redes sociais, como Facebook e Twitter.

De acordo com levantamento divulgado ontem pelo Centro Nacional de Consultoria, o candidato do PV tem 34% das preferências e está empatado tecnicamente com o governista Juan Manuel Santos, do Partido Social da Unidade Nacional, que tem 35%.

A pesquisa desta quinta-feira foi a primeira na qual Mockus aparece na frente de Santos em um eventual segundo turno: 50% a 44%.