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26/04/2010 - 15h16

Rei da Bélgica aceita renúncia do premiê Yves Leterme

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colaboração para Folha

Após a ausência de acordo entre as coalizões que representam as comunidades flamenga e francófona, o rei da Bélgica aceitou hoje a renúncia do primeiro-ministro, Yves Leterme, anunciada na quinta-feira passada, indicou um comunicado do Palácio Real. O Rei Albert 2º havia mantido sua decisão em suspenso nos últimos dias.

Ainda no sábado o rei belga encarregou o ministro das Finanças, Didier Reynders, de mediar as negociações entre francófonos e flamengos, dois dias depois do racha da coalizão que levou à renúncia do premiê Yves Leterme. Hoje Reynders pediu demissão do cargo, informou a agência Reuters.

Com o aceite, o governo que durou apenas cinco meses é finalizado e a não ser que o monarca apresente outra solução, o país deverá ter novas eleições em junho.

A crise política originada pelo vácuo no governo pode impactar as preparações para a presidência rotativa da União Europeia, que a Bélgica -- país que sedia o bloco, em Bruxelas -- assume em julho.

Economistas já se preocupam com a paralisia na administração no país de 10,6 milhões de habitantes e o que pode acontecer com os esforços para trazer a dívida nacional de volta abaixo de 100% do PIB.

O PIB belga caiu 3% no ano passado e deve crescer apenas 1% em 2010. O déficit orçamentário para este ano é estimado em 4,8% do PIB.

Histórico

A ruptura da coalizão ocorreu por causa de disputas por equilíbrio de poder entre representantes das comunidades valona (de língua francesa) e flamenga do país, que vêm causando problemas políticos para a Bélgica há décadas.

Desta vez, o racho ocorreu por causa de diferenças quanto aos direitos que se aplicam aos valões em Hal e Vilvorde, uma circunscrição flamenga situada na periferia da capital.

A área de Flandres, no norte da Bélgica, é mais rica que o sul, a Valônia, e seus partidos vêm pressionando para que a região tenha mais autonomia.

A divergência a respeito desta questão provocou na quinta-feira a renúncia do governo de Leterme, depois que o partido liberal flamengo Open VLD deixou a coalizão no poder, insatisfeito com o caminho das negociações.

Esta é a terceira queda de uma aliança governista a que a Bélgica assiste nos últimos três anos.

Com agências internacionais

 

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