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16/05/2004
-
05h54
da Folha de S.Paulo
Observadores e assessores militares brasileiros das três forças têm participado de praticamente todas as missões de paz recentes da ONU. Mas contingentes militares maiores foram enviados em apenas alguns casos seletos -notadamente, por motivos até históricos, as missões nas ex-colônias portuguesas.
A primeira grande missão de paz envolveu o batalhão Suez, que, durante uma década (1957-67), participou do patrulhamento da fronteira entre Egito e Israel. A missão terminou quando os israelenses atacaram seus vizinhos árabes na Guerra dos Seis Dias. Passaram pelo batalhão 6.500 militares, entre os quais um que o Exército considera um traidor, o capitão Carlos Lamarca, que virou terrorista de esquerda.
Mais polêmica foi a participação de outro batalhão de infantaria na força de paz na República Dominicana (Faibras), em 1965 e 1966. A esquerda acusou o governo (então no início do regime militar) de ser conivente com a intervenção americana nesse país do Caribe. Ecos dessa crítica ainda existem hoje em relação à missão no Haiti entre militantes de esquerda, mesmo no PT.
Já as missões nas ex-colônias lusas não tiveram contestações e foram bem-sucedidas. Os brasileiros deixaram boa impressão em Angola durante a missão Unavem 3, de 1995 a 1997 -apesar de a paz ali só ter sido concluída depois da recente morte do líder guerrilheiro Jonas Savimbi.
A força foi a maior até hoje, constituída por um batalhão de infantaria (como agora, com a participação de uma companhia de fuzileiros navais), reforçado por uma companhia de engenharia. Passaram pela missão 4.200 militares.
A missão em Moçambique em 1994 foi bem menor --uma companhia de infantaria, 170 militares. Mas a paz ali foi imediata.
Na última ex-colônia portuguesa a ter conflito e missão da ONU, Timor Leste, a participação brasileira ainda permanece, e foi até aumentada agora (de 67 para 125 militares). Desde 1999, havia um pelotão de Polícia do Exército ali, que neste mês foi dobrado; 574 militares brasileiros já passaram pelo mais novo país do planeta.
Outros países participaram com mais tropas da missão em Timor --foi o caso da Austrália, que liderou a intervenção, de Portugal e de vários países asiáticos. O governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) foi criticado por ter enviado uma força bem menor do que seria de esperar para um país com história em comum.
A missão entre Equador e Peru, de 1995 e 1999, teve a participação de 191 militares.
Outros locais em que militares brasileiros atuaram foram Nova Guiné Ocidental (1962); Índia e Paquistão (1965-1966); América Central (1990-1992); El Salvador (1991-1995); Uganda e Ruanda (1993 e 1994); ex-Iugoslávia (1992-1995); Guatemala (1994-2000); Angola de novo (só com observadores e equipe médica, 1997-1998); Croácia (1996-2002).
Hoje existem militares brasileiros em Chipre (junto ao batalhão de infantaria argentino), na Costa do Marfim, em Guiné-Bissau e na missão de remoção de minas na Nicarágua, em Honduras, na Guatemala e na Costa Rica.
Brasil mandou soldados para várias missões
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Observadores e assessores militares brasileiros das três forças têm participado de praticamente todas as missões de paz recentes da ONU. Mas contingentes militares maiores foram enviados em apenas alguns casos seletos -notadamente, por motivos até históricos, as missões nas ex-colônias portuguesas.
A primeira grande missão de paz envolveu o batalhão Suez, que, durante uma década (1957-67), participou do patrulhamento da fronteira entre Egito e Israel. A missão terminou quando os israelenses atacaram seus vizinhos árabes na Guerra dos Seis Dias. Passaram pelo batalhão 6.500 militares, entre os quais um que o Exército considera um traidor, o capitão Carlos Lamarca, que virou terrorista de esquerda.
Mais polêmica foi a participação de outro batalhão de infantaria na força de paz na República Dominicana (Faibras), em 1965 e 1966. A esquerda acusou o governo (então no início do regime militar) de ser conivente com a intervenção americana nesse país do Caribe. Ecos dessa crítica ainda existem hoje em relação à missão no Haiti entre militantes de esquerda, mesmo no PT.
Já as missões nas ex-colônias lusas não tiveram contestações e foram bem-sucedidas. Os brasileiros deixaram boa impressão em Angola durante a missão Unavem 3, de 1995 a 1997 -apesar de a paz ali só ter sido concluída depois da recente morte do líder guerrilheiro Jonas Savimbi.
A força foi a maior até hoje, constituída por um batalhão de infantaria (como agora, com a participação de uma companhia de fuzileiros navais), reforçado por uma companhia de engenharia. Passaram pela missão 4.200 militares.
A missão em Moçambique em 1994 foi bem menor --uma companhia de infantaria, 170 militares. Mas a paz ali foi imediata.
Na última ex-colônia portuguesa a ter conflito e missão da ONU, Timor Leste, a participação brasileira ainda permanece, e foi até aumentada agora (de 67 para 125 militares). Desde 1999, havia um pelotão de Polícia do Exército ali, que neste mês foi dobrado; 574 militares brasileiros já passaram pelo mais novo país do planeta.
Outros países participaram com mais tropas da missão em Timor --foi o caso da Austrália, que liderou a intervenção, de Portugal e de vários países asiáticos. O governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) foi criticado por ter enviado uma força bem menor do que seria de esperar para um país com história em comum.
A missão entre Equador e Peru, de 1995 e 1999, teve a participação de 191 militares.
Outros locais em que militares brasileiros atuaram foram Nova Guiné Ocidental (1962); Índia e Paquistão (1965-1966); América Central (1990-1992); El Salvador (1991-1995); Uganda e Ruanda (1993 e 1994); ex-Iugoslávia (1992-1995); Guatemala (1994-2000); Angola de novo (só com observadores e equipe médica, 1997-1998); Croácia (1996-2002).
Hoje existem militares brasileiros em Chipre (junto ao batalhão de infantaria argentino), na Costa do Marfim, em Guiné-Bissau e na missão de remoção de minas na Nicarágua, em Honduras, na Guatemala e na Costa Rica.
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