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28/04/2010 - 11h11

Presidente indicará candidato de centro-direita como premiê na Hungria

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da Reuters, em Budapeste

O presidente húngaro, Laszlo Solyom, disse nesta quarta-feira que irá propor Viktor Orban, líder do partido de centro-direita Fidesz, como próximo primeiro-ministro do país e pedirá a ele que forme um governo.

O Fidesz conquistou maioria de dois-terços no Parlamento nas eleições realizadas no começo do mês, removendo os socialistas depois de oito anos no poder. Ele havia prometido em sua campanha restaurar a economia, atingida pela recessão, cortar impostos e criar empregos.

"Vou nomear Viktor Orban como primeiro-ministro na sessão inaugural (do Parlamento)", disse Solyom em coletiva de imprensa.

Orban disse ter aceitado a oferta com um sim "claro e audível". O Parlamento realizará sua primeira sessão no dia 14 de maio.

O Fidesz esteve no poder pela última vez entre 1998 e 2002.

Com a maioria das cadeiras no Parlamento, Orban pode formar o primeiro governo nos 20 anos de história pós-comunista da Hungria que não seja de coalizão. Assim, pode lançar profundas reformas estruturais e mudar a legislação, inclusive a constituição e as leis eleitorais.

Investidores irão querer em breve ver planos claros por parte do governo sobre como ele pretende cortar impostos e manter a estabilidade fiscal, reduzindo a dívida pública da Hungria, que atualmente corresponde a 80% do PIB.

O Fidesz ainda não revelou planos detalhados de como irá reestruturar o setor de governos locais, atualmente ineficiente, e reformar os sistemas de saúde e educação.

Orban disse que seu governo buscará uma parceria com o Fundo Monetário Internacional e a União Europeia --com quem um acordo financeiro vence em outubro-- e convencê-los sobre os planos do partido para impulsionar a economia.

A Hungria, que tem um histórico de déficits excessivos, estabilizou suas finanças com pesados cortes de gastos no ano passado, mas com o mercado observando de perto a trajetória de sua dívida, o novo governo não terá muita espaço de manobra fiscal, disseram analistas.

"Nossa opinião permanece que o Fidesz irá escolher trabalhar com o FMI, mas também reconhecemos um grande nível de incertezas na perspectiva fiscal", disse em comunicado o Morgan Stanley na segunda-feira.

 

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