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23/05/2004
-
19h08
da Folha Online
O líder do Congresso Nacional Iraquiano, Ahmad Chalabi, desmentiu neste domingo as acusações de funcionários americanos de que ele estaria transmitindo informações secretas ao Irã sobre a ocupação dos Estados Unidos no Iraque.
"Jamais transmiti informações ao Irã", disse. Ele também criticou o processo de transição por que passa o Iraque.
A rede de TV CBS, citando "autoridades graduadas do governo americano", disse que Chalabi teria passado informações secretas sobre os EUA para o Irã. "As provas mostram que Chalabi deu pessoalmente a membros da inteligência iraniana informações tão sensíveis que poderiam causar a morte de americanos", disse a rede em um noticiário noturno. Não houve confirmação independente da notícia.
Um assessor de Chalabi qualificou de "absurdas" as acusações e afirmou que elas eram parte de uma estratégia da CIA para enfraquecer o líder.
Os EUA não mantêm relação diplomática com o Irã, país que o presidente George W. Bush colocou no chamado "Eixo do Mal" com o Iraque e a Coréia do Norte.
Na terça-feira, Washington anunciara a suspensão de um auxílio de US$ 340 mil mensais ao Congresso Nacional Iraquiano, grupo liderado por Chalabi que fazia, do exílio, oposição à ditadura de Saddam Hussein. Segundo relatório do Congresso, o Departamento de Estado deu ao iraquiano US$ 33 milhões desde março de 2000. O Pentágono e outras agências do governo também fizeram doações.
Mas, desde a derrubada do regime, em abril de 2003, o líder do CNI -impopular em seu país- vem perdendo prestígio junto à administração americana.
Chalabi, um empresário xiita sentenciado a 22 anos de prisão na Jordânia por seu envolvimento em um escândalo bancário em 1992, foi uma das principais fontes de informação para os EUA sobre o suposto arsenal de destruição em massa de Saddam, até hoje não encontrado. Muito do que ele dissera se mostrou falso.
Autoridades dos EUA reclamam também de sua interferência na investigação que apura a corrupção no programa de troca Petróleo por Comida, gerido pela ONU durante os 13 anos em que o Iraque esteve submetido a sanções econômicas, de 1991 a 2003.
Com agências internacionais
Especial
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"Jamais transmiti informações ao Irã", diz líder iraquiano
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O líder do Congresso Nacional Iraquiano, Ahmad Chalabi, desmentiu neste domingo as acusações de funcionários americanos de que ele estaria transmitindo informações secretas ao Irã sobre a ocupação dos Estados Unidos no Iraque.
"Jamais transmiti informações ao Irã", disse. Ele também criticou o processo de transição por que passa o Iraque.
A rede de TV CBS, citando "autoridades graduadas do governo americano", disse que Chalabi teria passado informações secretas sobre os EUA para o Irã. "As provas mostram que Chalabi deu pessoalmente a membros da inteligência iraniana informações tão sensíveis que poderiam causar a morte de americanos", disse a rede em um noticiário noturno. Não houve confirmação independente da notícia.
Um assessor de Chalabi qualificou de "absurdas" as acusações e afirmou que elas eram parte de uma estratégia da CIA para enfraquecer o líder.
Os EUA não mantêm relação diplomática com o Irã, país que o presidente George W. Bush colocou no chamado "Eixo do Mal" com o Iraque e a Coréia do Norte.
Na terça-feira, Washington anunciara a suspensão de um auxílio de US$ 340 mil mensais ao Congresso Nacional Iraquiano, grupo liderado por Chalabi que fazia, do exílio, oposição à ditadura de Saddam Hussein. Segundo relatório do Congresso, o Departamento de Estado deu ao iraquiano US$ 33 milhões desde março de 2000. O Pentágono e outras agências do governo também fizeram doações.
Mas, desde a derrubada do regime, em abril de 2003, o líder do CNI -impopular em seu país- vem perdendo prestígio junto à administração americana.
Chalabi, um empresário xiita sentenciado a 22 anos de prisão na Jordânia por seu envolvimento em um escândalo bancário em 1992, foi uma das principais fontes de informação para os EUA sobre o suposto arsenal de destruição em massa de Saddam, até hoje não encontrado. Muito do que ele dissera se mostrou falso.
Autoridades dos EUA reclamam também de sua interferência na investigação que apura a corrupção no programa de troca Petróleo por Comida, gerido pela ONU durante os 13 anos em que o Iraque esteve submetido a sanções econômicas, de 1991 a 2003.
Com agências internacionais
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