Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
26/05/2004 - 01h39

Chuva mata 502 pessoas no Haiti e na República Dominicana

Publicidade

da France Presse, em Santo Domingo (República Dominicana)

Ao menos 502 pessoas morreram na ilha caribenha La Hispaniola devido às chuvas torrenciais que castigam o território, sendo 358 vítimas fatais no Haiti e 144 na República Dominicana, onde também foram registrados 122 feridos e 236 desaparecidos, informou nesta terça-feira à tarde a Defesa Civil.

Apenas na localidade haitiana de Fonds Vérettes, que fica ao nordeste de Porto Príncipe, faleceram 158 pessoas. A cidade conta com 45.000 moradores, a maioria agricultores, e já havia registrado dezenas de mortos durante a passagem do ciclone George em 1998 e da tempestade tropical Gordon em 1994.

Outras 200 morreram ao serem arrastadas pelas águas no departamento do Sudeste, o mais devastado pelas chuvas, na fronteira com a República Dominicana.

As inundações também causaram danos consideráveis às culturas básicas, como as plantações de milho e bananas, que alimentam a população local. Na manhã de hoje, um helicóptero da força multinacional interina decolou da capital para avaliar os prejuízos e encaminhar os primeiros socorros.

Na República Dominicana, além dos 144 mortos, as inundações deixaram 13.170 desabrigados nos últimos dias, segundo números preliminares do mais recente boletim da Comissão Nacional de Emergências (CNE).

"Até agora, contabilizamos 135 mortos (apenas) em Jimaní", disse o porta-voz da CNE, José Luis Germán, ao ler a nota esta tarde.

De acordo com estes dados, do total de 144 mortos, 135 pertencem a Jimaní, cidade mais atingida e situada na província Independencia (280 quilômetros a oeste de Santo Domingo), na fronteira com o Haiti, onde o rio Soleil transbordou na madrugada de segunda-feira.

A enchente, causada por sete dias consecutivos de fortes chuvas, pode ter provocado um número bem maior de mortos, já que há centenas de desaparecidos, segundo moradores e jornalistas.

O nível máximo de alerta foi decretado na área atingida, enquanto os socorristas prosseguiam as buscas nesta terça-feira, empilhando os corpos no necrotério local.

"As pessoas não identificadas por suas famílias deverão ser enterradas em valas comuns, por motivos de saúde pública", declarou o presidente da Comissão Nacional de Emergência (CNE), Radhames Lora Salcedo.

Nas demais regiões do país, as chuvas torrenciais mataram outras sete pessoas e provocaram danos materiais significativos. Algumas localidades sofreram cortes no abastecimento de água e de luz. Os prejuízos agrícolas também são consideráveis.

De acordo com o jornal "Listin", de Santo Domingo, trata-se da pior tragédia provocada por chuvas na história da República Dominicana, superando o ciclone George, que devastou a região em setembro de 1998.

No restante do Caribe, as chuvas parecem ter causado apenas danos materiais. Em Guadalupe, dez dias de chuva consecutivos provocaram inundações de casas e a interrupção do tráfego nas estradas.

A estrada que liga as duas principais cidades da ilha, Pointe-à-Pitre e Basse-Terre, ficou praticamente paralisada por mais de quatro horas na segunda-feira.
 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página