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05/05/2010 - 09h57

Falhas de segurança permitiram "quase-fuga" de suspeito, diz NYT

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colaboração para Folha

De acordo com o jornal americano "New York Times" houve ao menos duas falhas de segurança que permitiram a Faisal Shahzad, 30, embarcar num voo da companhia aérea Emirates com destino a Dubai após 24h de
investigações sobre o atentado frustrado na Times Square, em Nova York, já terem indicado seu potencial envolvimento.

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Oficiais do FBI (Polícia Federal americana), do departamento de Segurança Nacional e de outras agências federais disseram nesta quarta-feira (5) que primeiro, uma equipe do FBI perdeu o paradeiro de Shahzad após tê-lo rastreado em Connecticut -- através do celular..

As autoridades não precisaram por quanto tempo ficaram sem saber dos rastros do suspeito, antes que ele pudesse dirigir até o Aeroporto Internacional John F. Kennedy, em Nova York.

Reuters
O paquistanês naturalizado americano Faisal Shahzad, 30, pode pegar até prisão perpétua por atentado frustrado em Nova York
O paquistanês naturalizado americano Faisal Shahzad, 30, pode pegar até prisão perpétua por atentado frustrado em Nova York

O fato é que neste meio tempo os investigadores perderam a chance de saber que ele tentava viajar ao exterior, diz o "Times".

Os policiais e agentes federais só tiveram confirmação disto após terem recebido a lista definitiva de passageiros na agência federal de Proteção de Alfândegas e Fronteiras pouco antes da decolagem da aeronave, e puderam agir muito em cima da hora.

A companhia aérea Emirates também falhou porque já estava de posse de uma lista "no fly" emitida pelo governo federal, que solicitava a todas as linhas aéreas que checassem os nomes antes de realizar o embarque.

Caso a checagem tivesse sido feita com eficiência, a própria Emirates poderia ter alertado as agências federais e a polícia quando Shahzad fez a reserva e pagou em dinheiro seu bilhete, algumas horas antes do embarque.

Prisão sem alarde

Passageiros que estavam no voo da Emirates junto com Shahzad disseram que o piloto anunciou que uma pessoa seria retirada da aeronave, mas só souberam depois sobre a ligação do homem com os ataques frustrados.

Os demais passageiros, que chegaram em Dubai na quarta-feira (noite de terça-feira em Brasília), disseram que o avião circulou por cerca de cinco minutos antes do anúncio. Foi pedido que eles identificassem suas bagagens de mão.

O empresário do Colorado Robert Woodward disse que não houve pânico e que a prisão foi feita em silêncio. Ele disse que um segurança do aeroporto lhe contou depois sobre a conexão com o frustrado ataque à Times Square.

Autoridades planejavam prender Shahzad, que estava sendo seguido desde o meio da tarde, em sua casa em Connecticut, mas perderam-no de vista, disseram duas pessoas próximas às investigações à Associated Press.

Shahzad admitiu ter tentado detonar explosivos na Times Square, e também confessou que recebeu treinamento com explosivos em um acampamento na região paquistanês de Waziristão, reduto da milícia radical Taleban, segundo os documentos judiciais.

Anteriormente, o Taleban havia assumido a autoria da tentativa de ataque. Em um vídeo divulgado na internet, o grupo afirma que o atentado foi realizado em represália à morte recente de dois líderes da rede terrorista Al Qaeda no Iraque e aos ataques de aviões não-tripulados no Paquistão.

No entanto, os americanos ainda dizem oficialmente que "não há evidência alguma" que possa sustentar a autoria dos talebans paquistaneses ou de outros terroristas estrangeiros.

Com agências internacionais

 

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