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30/05/2004 - 11h23

Futuro governo do Iraque deve ser anunciado em 48 horas

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da France Presse, em Bagdá

O administrador civil americano Paul Bremer, o emissário da ONU Lajdar Brahimi e membros do atual executivo iraquiano se reuniram neste domingo em Bagdá para dar os últimos ajustes na lista do futuro governo do Iraque, que deve ser anunciado nas próximas 48 horas. O gabinete será encarregado de governar o país a partir de 30 de junho.

O primeiro-ministro deve ser Iyad Allaoui. Este xiita, próximo a Washington, foi escolhido na sexta-feira pelo conselho de governo e a ONU, sem fazer objeções ou ocultar sua surpresa.

O posto de presidente interino deve ser ocupado pelo chefe tribal sunita Ghazi Al-Yaouar, segundo o curdo Mahmoud Osmane, membro do conselho de governo transitório.

"Yaouar será sem dúvida alguma o presidente, a não ser que os americanos lhe bloqueiem o caminho", declarou Osmane à AFP, pouco antes do começo das negociações.

O posto de presidente poderá ser ocupado por Yaouar, atual presidente em exercício do conselho de governo, e outro membro do executivo iraquiano, Adnane Pachachi, mas segundo Osmane, o primeiro é o favorito dos representantes políticos iraquianos.

Um dos dois cargos de vice-presidente deve ser para Roj Nuri Shawis, do Partido democrático do Curdistão, segundo um dirigente iraquiano.

Os xiitas Ibrahim al-Jaafari, do partido Al-Dawa, e Adel Abdel Mahdi, do Conselho supremo da revolução islâmica no Iraque (CSRII), disputam o segundo posto, de acordo com esta fonte.

Trégua

Enquanto são realizadas estas delicadas negociações, a situação no centro do país, onde supostamente impera desde a quinta-feira uma trégua, continua muito delicada.

Milicianos xiitas atacaram com foguetes uma patrulha americana acusada de violar a trégua em Najaf.

Explosões e disparos foram registrados desde a manhã deste domingo em Najaf e pareciam vir da parte norte do imenso cemitério da cidade, onde se encontram entrincheirados os milicianos, bem como da praça da Revolução de 1920, palco de confrontos nas últimas semanas.

Em Mossul (norte), uma mulher e sua filha morreram no sábado quando um morteiro caiu sobre sua casa situada perto de um acampamento militar dos Estados Unidos.
 

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