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10/05/2010 - 07h39

Coreia do Sul detecta rastros de explosivos em navio naufragado

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da Reportagem Local
da France Presse, em Seul (Coreia do Sul)

O ministro sul-coreano da Defesa, Kim Tae-Young, confirmou nesta segunda-feira a presença de substâncias explosivas nos destroços do navio de guerra que afundou no último dia 26 de março, deixando ao menos 46 marinheiros mortos. O naufrágio ocorreu após uma grande explosão e a suspeita é de que tenha sido causada por um torpedo das forças da Coreia do Norte.

O navio de guerra Cheonan, de 1.200 toneladas, afundou em 26 de março passado, com 104 pessoas a bordo, depois de uma explosão próximo à fronteira marítima disputada com a Coreia do Norte. Ao todo, 58 tripulantes foram resgatados antes de o navio se partir ao meio. Outros 46 morreram.

O ministro Tae-Young confirmou as notícias da imprensa sobre rastros de explosivos do tipo RDX, utilizado em torpedos.

Ele não quis apontar culpados, embora as autoridades de Seul não escondam suspeitas de um ataque da Coreia do Norte.

Se confirmada a participação da Coreia do Norte, terá sido um dos incidentes mais graves entre os dois rivais desde o fim da Guerra da Coreia (1950-53), e colocará mais pressão política sobre o presidente sul- coreano, Lee Myung-bak -- embora analistas não antevejam um conflito armado.

Mas mesmo se a culpa for atribuída a Pyongyang, há pouco que Seul possa fazer, segundo analistas. Uma reação militar poderia prejudicar a rápida recuperação econômica sul-coreana, além de fortalecer internamente o regime comunista norte-coreano.

Sob o governo de Lee, a Coreia do Sul abandonou a ajuda incondicional ao Norte, de modo a pressionar o miserável vizinho a abrir mão de suas armas, especialmente as atômicas.

"A questão nuclear ainda não foi resolvida. Isso e o incidente do Cheonan servem para infligir um impacto negativo sobre o governo Lee", disse o analista político Lee Nam-young, da Universidade Sejong, em Seul.

A reclusa Coreia do Norte negou envolvimento com o naufrágio na costa oeste da península, cenário de duas letais batalhas navais na última década. Pyongyang acusou Lee de usar o incidente para obter benefícios políticos antes das eleições locais sul-coreanas de junho.

 

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