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EUA avaliam adiar retirada de tropas do Iraque após terror matar 119
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da Reportagem Local
Oficiais americanos em Bagdá e em Washington confirmaram à agência Associated Press que, embora o prazo final para a retirada de metade das tropas do Iraque continue sendo o fim de agosto, o início desse movimento, antes previsto para maio, poderá ser adiado para junho.
O motivo, dizem os militares, é o risco de que a incerteza política no país leve à violência. Anteontem o Iraque viveu o dia mais violento do ano, com uma série de atentados --no norte, oeste e sul do país, contra alvos xiitas e sunitas-- que mataram ao menos 119 pessoas.
Os políticos iraquianos negociam há mais de dois meses a formação do governo que sucederá o do atual premiê, Nuri al Maliki. Desde a eleição parlamentar de março passado, que deixou o Parlamento sem maioria ampla, o grupo de Maliki e o de seu principal rival, o ex-premiê Iyad Allawi, que foi o mais votado, disputam coligações. Na semana passada, o Estado de Direito, liderado por Maliki, anunciou um acordo com xiitas que pode originar um gabinete de composição similar à do atual --o que deve irritar os sunitas.
Um funcionário graduado do Pentágono afirmou considerar "prudente" manter tantos militares quanto possível em terra pelo maior tempo possível.
Em janeiro, o general Ray Odierno, chefe das tropas americanas no Iraque (então com 96 mil homens), disse que a ideia era retirar em média 12,5 mil homens por mês, a partir de maio. Há uma semana, entretanto, havia ainda 92 mil homens, o que representaria a retirada de, em média, 10,5 mil por mês.
O major Stephen Lanza, porta-voz-chefe dos EUA no Iraque, afirmou que as tropas estão "nos trilhos" para cumprir com o prazo dado pelo presidente Barack Obama, mas se recusou a elaborar sobre o ritmo da retirada. "Ainda há terroristas que querem acabar com o progresso do Iraque, e os ataques de segunda-feira são um exemplo disso."
Ontem, o brigadeiro Ralph Baker, um dos três vice-comandantes das tropas americanas no Iraque, disse considerar que as ações indicam que a rede terrorista Al Qaeda "não está derrotada". "Em termos relativos, o efeito desses casos será insignificante. Eles não irão incendiar a violência sectária, não vão impedir a formação do governo. E, com base no que vemos, eles [membros da Al Qaeda] estão sendo rejeitados pela população iraquiana."
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