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12/05/2010 - 17h53

Novo chanceler britânico deve visitar Washington na sexta-feira

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Colaboração para a Folha

O novo secretário de Relações Exteriores do Reino Unido, o conservador William Hague, deve encontrar-se com a secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, em Washington na sexta-feira (14), informaram oficiais nesta quarta-feira. Será sua primeira viagem desde que o novo governo britânico assumiu o poder.

Hague foi nomeado secretário após o partido de centro-direita Conservador e o pequeno Liberal Democrata chegarem a um acordo e formarem o primeiro governo de coalizão britânico desde 1945, após as eleições inconclusivas da semana passada.

Alto membro do Partido Conservador, Hague disse que suas prioridades incluem o conflito no Afeganistão, onde o Reino Unido mantém 9.500 soldados, e a disputa com o Irã sobre seu programa nuclear.

"O comportamento do Irã nos últimos anos tem sido inaceitável para a grande maioria da comunidade internacional e este será um dos assuntos da minha primeira visita internacional, que será uma visita a Hillary Clinton no final desta semana", disse.

"Nos falamos. A senhora Clinton foi minha primeira ligação nesta tarde", disse ele à rede Sky News.

Os EUA e seus aliados, incluindo o Reino Unido, pressionam por uma nova rodada de sanções contra o Iraque. Eles alegam que o programa nuclear iraniano pretende desenvolver armas nucleares, mas Teerã nega a acusação.

Um porta-voz da chancelaria britânica disse que Hillary convidou Hague a Washington. "Sujeito a arranjos de viagem, esperamos queseja na sexta-feira", disse. "Eles têm muitos assuntos para discutir; Afeganistão, Irã, Oriente Médio."

Já o Departamento de Estado americano disse que foi uma proposta do chanceler britânico, imediatamente aceita por Hillary.

EUA, Reino Unido e Afeganistão

O Reino Unido é um dos aliados mais próximos dos EUA. O Partido Conservador britânico, maior partido da coalizão, é tradicionalmente pró-americano, mas afirmou repetidamente durante a campanha eleitoral que sua relação com os EUA seria "sólida, mas não servil".

A afirmação foi uma resposta a uma percepção difundida entre os britânicos de que o governo anterior, do Partido Trabalhista, seguiu a liderança americana durante a guerra do Iraque sem muito questionar.

O presidente dos EUA, Barack Obama, disse nesta quarta-feira que tinha falado com o novo primeiro-ministro David Cameron, que reafirmou o comprometimento britânico com a estratégia americana no Afeganistão.

Mark Sedwill, alto representante civil da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) no Afeganistão, disse não esperar uma mudança radical da política britânica no Afeganistão sob o novo governo.

Durante a campanha eleitoral, Cameron disse que não iria estabelecer um prazo artificial para a retirada das tropas britânicas do Afeganistão, mas disse que elas deveriam começar a voltar para casa nos próximos cinco anos. Os liberais-democratas afirmaram que uma estratégia bem sucedida deveria permitir às tropas britânicas voltar para casa nos próximos cinco anos.

Ex-embaixador britânico no Afeganistão, Sedwill disse: "Se você ler com cuidado as declarações [dos partidos], eles deixam claro que isso depende das condições".

Ele disse que o foco das forças da Otan iria mudar das operações de linha de frente para treinamento e apoio às forças afegãs, e disse esperar que o Reino Unido continue tendo um papel ativo nessas áreas.

Com agências internacionais

 

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