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Camisas vermelhas dizem lutar até o fim na Tailândia; general é ferido
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da Reportagem Local
Um dos líderes da Frente Unida para Democracia contra Ditadura, movimento de oposição formado pelos camisas vermelhas, afirmou nesta quinta-feira que os manifestantes lutarão até o fim pela queda do governo da Tailândia. Os confrontos deixaram ao menos um general opositor ferido e um manifestantes morto, segundo relato do jornal "Bankok Post".
Jatuporn Prompan disse ainda que o major general Khattiya Sawadipol, que apoia os camisas vermelhas, está em estado estável de saúde, após ser ferido a tiro na cabeça em novos confrontos com as forças de segurança.
O militar -- atingido por um disparo no mesmo momento em que os camisas vermelhas lançavam foguetes a partir das barricadas, para alertar para a aproximação de soldados-- foi levado a um hospital que fica na área controlada pela frente antigovernamental.
Minutos antes de ser atingido na cabeça, o general supervisionou sob escolta as medidas de segurança adotadas pelos camisas vermelhas em frente ao distrito financeiro da capital.
O governo acusa o general Khattiya, de 58 anos, de ser um dos principais adversários da reconciliação, considerando-o um terrorista. Ele seria um aliado de Thaksin Shinawatra, o ex-primeiro-ministro no exílio derrubado por um golpe militar em 2006, e cujo legado é defendido por muitos dos manifestantes antigovernamentais.
Em abril passado, autoridades tailandesas expediram uma ordem de busca e captura contra Khatttiya, após acusá-lo pelas mortes de vários militares durante confrontos entre soldados das forças de segurança e manifestantes.
"Se o governo quer nos dispersar, que o faça logo. Nós vamos lutar até o fim", disse Prompan.
Enquanto o líder discursava, guardas do movimento lançavam grandes fontes de luz no topo dos prédios ao redor, para evitar que atiradores atacassem o grupo.
A imprensa cita relatos de que parte da cúpula dos camisas vermelhas permaneceu o tempo tempo dentro de um contêiner atrás do palco, cercado de seguranças.
Vítima
O jornal "Bankok Post" afirma que ao menos uma pessoa foi morta e outras dez ficaram feridas em confrontos entre as forças de segurança e os manifestantes, do lado de fora do Parque Lumpini.
Os manifestantes, segundo o jornal, lançaram pedras em câmeras de segurança, montaram bloqueios com grades de metal e tentaram provocar as tropas, que observavam a cena de cerca de 30 metros de distância.
O jornal diz ainda que os soldados chegaram a disparar balas de borracha como aviso.
Emergência
O governo do premiê Abhisit Vejjajiva, que chegou a antecipar as eleições, mas voltou atrás, lançou nesta quinta-feira uma grande operação de repressão aos camisas vermelhas, que há mais de dois meses fazem protestos diários pela queda do governo, que consideram antidemocrático.
Às 22h40 no horário local, o governo decidiu estender o decreto de emergência para outras 15 Províncias do norte e nordeste, como Chiang Mai, Udon Thani e Nakhon Ratchasima.
A ideia é evitar que os manifestantes, parte da classe rural tailandesa, consigam se unir em uma grande manifestação na capital Bancoc, segundo o porta-voz do governo Panitan Wattanayagorn.
A medida já era aplicada em Bancoc e em outra Província vizinha desde 7 de abril de 2010. O decreto dá ao Exército poder de negociar com os manifestantes e coloca restrições às liberdades civis.
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